Originalmente publicada no meu primeiro
livro, “O Histórias do Terceiro Tempo”, é a história de três colegas de uma
empresa multinacional que, vivendo cada um em seu país, encontraram-se e
fizeram uma amizade tão improvável quanto duradoura.
Duas coincidências me fizeram tomar
a decisão de publicá-la aqui, hoje. A primeira foi o desejo de meu neto
carioca, o Bruno, mencionado no texto, de, ontem, rever o filme, depois de muito
tempo sem vê-lo. A segunda foi meu sobrinho mais velho, com quem eu não falava
há mais de um ano, comentar em telefonema de hoje que a história foi muito
apreciada por seu irmão.
Portanto,
do “Histórias do Terceiro Tempo”, transcrevo abaixo “Los Tres Caballeros”. Apesar
do título, o idioma é o Português.
LOS
TRES CABALLEROS
Quando observo o
Bruno, meu neto de quatro anos neste ano de 2007, assistindo, todo animado, à
fita de vídeo do filme “Você já foi à Bahia?”, fico cismando sobre as coisas
estranhas da vida.
Ele tinha apenas dois
anos quando lhe mostrei o filme pela primeira vez, para me livrar da repetição
cansativa do desenho animado das histórias de uma vaquinha que era o DVD que
ele tinha aqui em casa. Como ele já gostava muito de música e de dançar
acompanhando os filmes e CDs, resolvi arriscar e ver se ele gostava.
O filme, um desenho
animado musical de Walt Disney, foi feito na ocasião da segunda guerra mundial,
com o objetivo de aproximação simpática dos Estados Unidos com a América
Latina; tem, como temas principais, as visitas do Pato Donald à Bahia (daí o
nome em Português) e ao México. Na primeira, o anfitrião foi o papagaio Zé
Carioca e, na segunda, o galo Panchito (mexicano), mas também com a companhia
do Zé. Daí o nome original do filme – Los Tres Caballeros.
Pois o Bruno gostou e
continua pedindo para assistir ao filme quando vem visitar os avós. De início
ele se interessava pela música e danças, sua preferida era a da Adelita,
heroína revolucionária do folclore mexicano; mas, depois, passou a se divertir
também com as estripulias dos três personagens, especialmente do Donald.
Mas por que eu disse
que fico cismando sobre as coisas estranhas da vida? Por que eu tenho essa fita
em casa?
Agora começa minha
história – a história de três caras que a vida fez encontrarem-se e tornarem-se
amigos.
Em 1967 eu trabalhava na IBM, em São Paulo, já fazia sete anos. Era então Gerente do “Centro Educacional”, setor responsável pelo treinamento em Informática que a Empresa dava ao pessoal de seus clientes (o Gerente de Informática de um deles, de gozação, me chamava de “Magnífico Reitor”). Além dos cursos aos clientes eu coordenava também o treinamento técnico do próprio pessoal IBM, profissionais e gerentes. Naquele ano, a IBM decidiu dar um curso puxado, no mundo inteiro, aos seus gerentes da área de vendas, para desenvolver o uso de teleprocessamento pelos clientes, ou seja, o uso de terminais ligados ao computador central de cada Empresa, o que era um passo difícil em matéria de tecnologia. Especialmente treinado nos Estados Unidos para esse trabalho, um grupo de gerentes técnicos foi incumbido de dar o curso em todos os países em que a IBM operava. Para o Brasil, vieram o Jorge Martinez, do México, e o Fernando Villanueva, do Chile. Como eu era o coordenador, acabei fazendo também o papel de anfitrião em São Paulo, até no fim de semana, pois o curso durou quinze dias. Fiz as honras da casa, proporcionando-lhes um tour no fim de semana e acabei até levando-os à casa de meu sogro no bairro do Pacaembu, de modo que eles conheceram minha família. Meu domínio do Espanhol facilitou a comunicação e fizemos boa camaradagem.
Em 1967 eu trabalhava na IBM, em São Paulo, já fazia sete anos. Era então Gerente do “Centro Educacional”, setor responsável pelo treinamento em Informática que a Empresa dava ao pessoal de seus clientes (o Gerente de Informática de um deles, de gozação, me chamava de “Magnífico Reitor”). Além dos cursos aos clientes eu coordenava também o treinamento técnico do próprio pessoal IBM, profissionais e gerentes. Naquele ano, a IBM decidiu dar um curso puxado, no mundo inteiro, aos seus gerentes da área de vendas, para desenvolver o uso de teleprocessamento pelos clientes, ou seja, o uso de terminais ligados ao computador central de cada Empresa, o que era um passo difícil em matéria de tecnologia. Especialmente treinado nos Estados Unidos para esse trabalho, um grupo de gerentes técnicos foi incumbido de dar o curso em todos os países em que a IBM operava. Para o Brasil, vieram o Jorge Martinez, do México, e o Fernando Villanueva, do Chile. Como eu era o coordenador, acabei fazendo também o papel de anfitrião em São Paulo, até no fim de semana, pois o curso durou quinze dias. Fiz as honras da casa, proporcionando-lhes um tour no fim de semana e acabei até levando-os à casa de meu sogro no bairro do Pacaembu, de modo que eles conheceram minha família. Meu domínio do Espanhol facilitou a comunicação e fizemos boa camaradagem.
Naquela ocasião, eu
andava um tanto inquieto com relação ao meu trabalho na IBM, pois já tinha
desenvolvido bastante o treinamento a clientes em São Paulo e estava procurando
novos desafios. Entretanto, treinamento e visitas à IBM nos Estados Unidos eram
uma oportunidade rara, mesmo para gerentes; precisava haver uma razão
específica para os diretores aprovarem uma viagem dessas. Até 67, além de
treinamento e reuniões no Brasil, eu tinha apenas participado de uma convenção
em Caracas e feito dois cursos internacionais em Buenos Aires. Com quase cinco
anos na gerência do Centro Educacional e com a responsabilidade adicional de
coordenação de cursos a executivos de clientes em São Paulo, eu vinha havia
algum tempo pleiteando uma visita à matriz americana para observar e discutir
as novas diretrizes, organização, métodos e recursos que poderíamos vir a
aplicar na IBM do Brasil. Não estava fácil, pois a prioridade era para os
programas de venda – por exemplo, a preparação do representante IBM junto à
Petrobrás.
“Eis senão quando”,
surgiu a necessidade de enviar um profissional do Brasil ao México para um
curso sobre um software aplicativo de controle de estoques, sofisticado, que
poderia trazer novos negócios à IBM – o IMPACT (Inventory Management Program
for Accounting and Control – os americanos gostam muito de acrônimos). Fui
convidado para assistir ao curso em Cuernavaca, cidade próxima à Capital, onde
a IBM tinha um centro de treinamento para executivos. Aceitei, mas vendi a
ideia de estender a viagem para a Cidade do México para visitar o Departamento
de Educação da IBM do México, do qual o Jorge Martinez era gerente, e para Nova
York, para fazer a visita ao Departamento de Educação da matriz internacional,
a IBM World Trade Co., visita esta que eu vinha propondo havia tempo. O
acréscimo de despesas não era muito, pois a viagem ao México era via Miami.
Assim foi que, em
outubro de 1967, fiz o curso em Cuernavaca, visitei a IBM do México e, no fim
de semana, conheci a Cidade do México, que estava em grandes preparativos para
as Olimpíadas de 1968.
O Jorge foi muito
hospitaleiro. Um pouco mais alto e mais forte do que eu, com jeitão de árabe
rico, sempre muito bem vestido, me levou para jantar em restaurantes muito bons
(um deles, o do Lago, em Chapultepec). Designou pessoas de seu grupo para me
atender no trabalho, pois enfrentou um problema muito sério naquela semana: um
dos seus instrutores morreu em Caracas, onde estava em viagem a serviço.
Ao me despedir, contei
ao Jorge que ia a Nova York. Ele
resolveu, então, ligar para um grande amigo seu da IBM de lá e sugerir que nos
encontrássemos. Fez o telefonema e ficou acertado que eu ligaria para o seu
amigo quando chegasse. Deu-me o número do telefone do Bill Ouweneel e insistiu
para que eu o chamasse, pois, disse, ele era ótima pessoa.
Foi, portanto, minha
primeira vez em Nova York.
Não tive problemas,
pois aproveitei as dicas dos colegas que haviam estado lá antes. Hospedei-me
num hotel na Lexington Avenue, antigo mas razoavelmente confortável. Encontrei
dois colegas do Brasil e fizemos alguns programas juntos, inclusive o passeio
de barco em torno da ilha de Manhattan (Circle Line). Cumpri minha agenda de
trabalho na IBM, em Nova York e Poughkeepsie, atendido por um colega simpático,
o Brad Foss, que depois eu iria encontrar em Chicago, quando trabalhei lá.
Eu havia chegado a
Nova York num fim de semana. Na segunda à noite, sem muito palpite, liguei para
o Ouweneel. Esperava um atendimento cordial, talvez a marcação de um encontro
na hora do almoço, pois a informação que eu tinha era de que os americanos não
eram de “fazer sala” para colegas de fora. Em geral, moravam no subúrbio e
tinham de tomar o trem para casa às seis da tarde. Mas o Bill me surpreendeu –
me convidou para jantar no dia seguinte, no apartamento dele. Casado, sem
filhos, era dos poucos que moravam em Manhatan, nem tinha automóvel (quando
precisava, alugava). Se não me falha a memória, levei umas flores para a Joan,
mulher dele, que também trabalhava na IBM, na Divisão de Máquinas de Escrever.
Ambos claros e altos, ela loira, cabelo cortado curto, ele, descendente de
holandeses, branquíssimo, com um rosto jovem e uma calva precoce, rapava a
cabeça à maneira do Yul Brinner. Muito simpáticos e atenciosos, os dois. Foi um
jantar muito fino e muito agradável; falamos, claro, do Brasil e eles me
mostraram um belo livro, ilustrado, com coisas nossas, em que Pelé figurava com
destaque.
Como eu iria voltar ao
Brasil no sábado à noite, me levaram para visitar o Museu de Arte Moderna – o
MoMA – e apreciar, principalmente, Guernica e obras de escultura de Picasso.
Almoçamos no museu e eles ainda me acompanharam à Schwartz, loja famosa de
brinquedos onde comprei presentes para as crianças. Naquela semana fiz dois
grandes amigos, mas não podia adivinhar como nossa amizade iria ser tão
duradoura e com acontecimentos tão imprevisíveis.
Programa concluído em
Nova York, voltei a São Paulo com informações importantes para meu trabalho
aqui no Brasil, com as histórias da viagem e com presentes para a família, como
era de praxe.
Durante 1967, mantive
contato com o Jorge e o Bill por correio interno IBM (o e-mail surgiria
muitíssimo mais tarde) e por cartões de Natal, até que, no início de 1968, fui
designado para um trabalho em Chicago, num projeto especial da IBM, que durou
cerca de dois anos. Era a preparação de lançamento de um computador compacto, o
menor e mais barato jamais produzido pela IBM, e que iniciaria, de certa forma,
a introdução dos sistemas eletrônicos nas pequenas e médias empresas. Muito
antes dos PC´s, lançados na década de 1980, o Sistema/3 viria a ser um dos
maiores sucessos de venda da IBM no mundo todo. Entretanto, àquela altura, por
causa da lei antitruste americana, o projeto era ultra confidencial, uma das
razões dos participantes do projeto, um grupo internacional, ficarem instalados
em Chicago, em um edifício não IBM.
Mudei-me para Chicago
em maio de 1968, com a família: Leilah e três filhos (Luiz, sete anos; Cássio,
cinco; e Francisco, dois e meio). Jurema ainda não havia nascido.
Comuniquei a mudança
aos dois amigos, usávamos o telefone, e tínhamos a expectativa de
reencontrar-nos. Bill e Joan foram nos visitar nos feriados de Thanksgiving, em
novembro de 1968, após visitarem os pais dele em Indiana. Foi muito simpática e
agradável a visita deles; nessa ocasião, a Leilah os conheceu e a amizade se
estendeu e se consolidou.
Visitamos o Jorge em
nossa viagem de volta dos Estados Unidos ao Brasil, em 1969, quando fizemos a
proeza - o casal (a Leilah grávida) e os filhos - de fazer o trajeto, com uma
enorme bagagem, pela costa oeste dos Estados Unidos para conhecer São
Francisco, Los Angeles, Disneyland (ainda não existia a Disneyworld); depois,
fizemos escala no México, para a Leilah poder apreciar a arquitetura, os
museus, as pirâmides, o balé, enfim, tudo de bonito e diferente que aquele país
oferecia e oferece ao visitante. O Jorge, como de hábito, nos recebeu muito
bem, foi um cicerone atencioso, fazendo questão de nos levar, com sua mãe, a
Puebla, sua cidade natal. Um bonito passeio.
Voltamos ao Brasil,
Jurema nasceu depois de quinze dias e fui transferido para a IBM Matriz no Rio,
promovido para uma gerência de produto, cujo principal objetivo era o marketing
do Sistema/3.
Antes de nossa volta,
mas depois da visita do Bill e da Joan a Chicago, recebi um telefonema do Bill
com uma notícia surpresa, daquelas que os americanos gostam de preparar assim:
“Guess what!”. Ele tinha sido convidado – e já tinha aceitado – para uma
designação temporária no Brasil para ser o Gerente do Departamento de Educação
da Matriz da IBM, no Rio! Estava fazendo um curso de imersão de Português, o
que viria a lhe tornar, no Brasil, uma grata exceção – um americano falando um
ótimo Português, fluente, com pouco sotaque. Frustrou um pouco as secretárias
aqui, pois estas gostavam de usar o seu Inglês, em geral muito bom.
Quando nos mudamos
para o Rio, os Ouweneel já estavam instalados, num bom apartamento em
Copacabana e a Joan até deu u’a mão para a Leilah na instalação do nosso
apartamento. Convivemos no Rio por cerca de dois anos e continuamos muito
amigos. Ambos aproveitaram o Rio e conheceram várias regiões do País fazendo
turismo interno – eu me lembro de que fizeram o roteiro histórico de Minas e
voltaram encantados. Voltaram aos Estados Unidos em 1971.
Ainda na década de 70,
estive com o Bill algumas vezes em Nova York, uma vez no Rio, viagens a
trabalho minhas e dele. Saímos da IBM aproximadamente na mesma época. Ao se
aposentar, ele e Katherine, sua nova esposa (ele havia se divorciado da Joan
havia vários anos) decidiram se mudar para Bellingham, uma pequena cidade
encantadora no estado de Washington, perto de Seattle e de Vancouver (Canadá).
Em 1994, visitamos o casal. Sua casa, muito confortável, fica de frente para o
mar, numa encosta tomada por um bosque. Fazia um pouco de frio, o que tornava a
casa muito aconchegante. O macarrão delicioso que Katherine preparou,
acompanhado de um ótimo vinho, foi um almoço inesquecível. Ela, professora que
se aposentara na mesma época em que o Bill deixou a IBM, passou a se dedicar
mais à alta cozinha, de tal forma que passara a treinar “chefs”. Ela deu à
Leilah sua receita de macarrão com salmão que passamos a usar no Brasil, com
total aprovação dos amigos.
Encontrei novamente o
Jorge quando estive no México em 1974, para outro curso internacional IBM em
Cuernavaca, desta vez para gerentes de gerentes, e visitei sua família. Ele
havia saído da IBM e se estabelecera com negócio próprio na área de
Informática, fornecendo equipamento e serviços complementares para instalações
de computadores, especialmente IBM. Nessa ocasião, estava noivo de Maria
Eugenia, o que me surpreendeu porque ele me parecia um solteirão convicto.
Em 1978, quando era
gerente de informática na Brasividro, empresa fabricante de louça vitrificada,
formada por uma associação da Nadir Figueiredo (brasileira) e Cristales
Mexicanos, Leilah foi a trabalho para Monterrey. Tirei férias na IBM e a
acompanhei. Esticamos uns dias para fazer um pouco de turismo naquele país tão
rico de história e tradições. Visitei o casal Jorge e família, pondo a vida em
dia. Depois desta viagem, só voltaríamos ao México em 2002, quando Jurema foi
trabalhar em Monterrey por dois anos.
Entre as visitas ao
Bill e ao Jorge, mantive com os dois uma correspondência rarefeita, mesmo
depois do advento do e-mail, baseada principalmente nos cartões de Natal, que
costumo escrever, imprimir e enviar a amigos e parentes, com um resumo de
minhas notícias do ano.
Em 2003, Leilah e eu
visitamos o Jorge na Cidade do México, quando ele estava no hospital, na UTI,
em estado muito grave, após uma queda acidental quando se exercitava na rua,
mas não tenho certeza de ele ter me reconhecido. Nosso encontro com seus
familiares, inclusive com Maria Eugenia, foi muito triste porque a expectativa
era das piores. Ele faleceu naquele ano.
Restou a lembrança de
nosso encontro em 2002, o projeto “Los Tres
Caballeros”, que aconteceu assim:
Costumamos visitar
Cássio, meu segundo filho, e família na Califórnia com certa frequência. Ao
planejar nossa viagem de 2002, entrei em contato com o Bill e comentei que ele,
Jorge e eu nunca tínhamos estado juntos, os três ao mesmo tempo. E eu os
conhecia havia trinta e cinco anos! Então, fiz uma brincadeira no e-mail
lembrando um filme de Disney, do tempo da segunda guerra, em que um americano,
um brasileiro e um mexicano se encontraram e ficaram amigos - o Pato Donald, o
Zé Carioca e o Panchito (Pancho Pistolas, segundo o Jorge). Ele conhecia o
filme “Los Tres Caballeros” e, com esse nome, nasceu nosso projeto: marcamos
encontro em Seattle, num fim de semana de maio. Leilah e eu voamos da
Califórnia; Jorge, da Cidade do México; o Bill
preparou o programa, reservou o hotel, marcou os jantares e, dirigindo
de Bellingham, nos esperou em Seattle.
A capa do estojo da fita de vídeo |
O hotel, o “Vintage Park”,
no centro da cidade, não poderia ser mais agradável e hospitaleiro. Ao nos
registrarmos, bastou nos apresentarmos como um dos “Três Caballeros”, pois o
Bill havia falado do encontro para o gerente e, com isso, conseguiu um desconto
e um tratamento muito simpático. Cada apartamento tinha o nome de uma vinícola
do estado, então o segundo maior produtor de vinho dos Estados Unidos (passara
Nova York) e toda tarde, às cinco, havia uma degustação grátis para os
hóspedes. O restaurante também era excelente.
Leilah era a única
mulher, pois Katherine tinha compromissos e não pôde ir e, só fiquei sabendo
lá, o Jorge e a Maria Eugenia estavam divorciados. Fizemos vários programas na
cidade, alguns os quatro, outros sem a Leilah quando ela saía com a Diane, que mora em Seattle. Esta,
mãe da Julia (minha nora americana), é extremamente gentil e fez questão de
fazer alguns passeios com a Leilah, entre outros, uma visita ao Museu de Arte
de Seattle.
Nossos programas se
concentraram no centro da cidade, incluindo a tradicional visita ao mercado de
peixe, a visita ao Benaroya Hall, sala de concertos da Orquestra Sinfônica de
Seattle, construída com as mais avançadas técnicas de som, e algumas lojas de
artigos eletrônicos. Os dois, Bill e Jorge, aproveitaram muito, entusiasmados,
parecia que voltavam a muitos anos atrás quando, mais jovens, se tornaram
amigos. Leilah e eu nos divertíamos com o jeito deles.
O jantar de despedida
foi no hotel “Four Seasons”, o preferido do Jorge. Jantar de alto nível que
fechou o programa de forma brilhante. No final do jantar, o Bill nos presenteou
o vídeo do filme.
A data e as assinaturas dos tres caballeros |
Cada vez que o Bruno termina de ver o filme, paro o vídeo, ejeto a fita e abro o estojo para guardá-la. Antes de fechá-lo, releio emocionado, na sua face interna, as assinaturas: “Jorge”, “Bill” e “Washington”, e a data: “16/05/02”.
Rio de Janeiro, setembro de 2007
Washington Luiz Bastos Conceição
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaro Washington, gosto muito de seus escritos. Parabéns!
ResponderExcluirGostaria de lhe mostrar um filme feito em 1959, na casa dos meus avós, na Rua Bahia, mas como não tenho seu e-mail, mando um link no qual poderá assisti-lo:
http://www.youtube.com/watch?v=l3k4QvMTbCE
Nessa época ainda não tinha irmãos, os demais meninos e meninas que aparecem são meus primos de primeiro e segundo graus. Com sua prodigiosa memória você poderá reconhecer meu pai, meu avô e um dos jabutis. Minha avó, infelizmente, não aparece no filme. Não sei se você chegou a conhecer a minha mãe, mas ela aparece bastante. É só uma pena que a qualidade do filme muitas vezes deixe a desejar. Bom, também, lá se vão 50 anos!
Um grande abraço!
Edison W. Junior
Caro Edison Junior:
ExcluirAssisti ao filme e foi um prazer rever seu pai. Infelizmente, não nos encontramos depois que deixamos o Roosevelt.
Para um filme originalmente feito em celuloide, até que a imagem está boa.
Um abraço e obrigado pela gentileza.
Washington
Washington