Acabo de publicar o e-book que reúne as crônicas da série “Um casal de idosos no tempo do vírus”.
Quando, em março de 2020, a população brasileira teve de entrar em isolamento social, Leilah, minha esposa, e eu, idosos octogenários, estávamos relativamente bem; em atividade em casa, visitando e recebendo os filhos, netos e amigos, fazendo os tratamentos médicos necessários e até exercícios físicos, programados para nossas condições específicas, na academia do clube. Enfim, estávamos levando uma vida normal para nossa idade. O isolamento social alterou profundamente nossa vida (como, aliás, aconteceu com todos os nossos conhecidos).
Diante de situação tão insólita, decidi registrar
o comportamento e atividades do casal no primeiro mês, por meio de uma crônica
publicada em meu blog. Com a continuidade do isolamento, passei a publicar
crônicas sobre o assunto que acabaram formando uma série. Meus depoimentos
incluíram muita atividade doméstica, nossa visão dos acontecimentos, nossa
reação às dificuldades do isolamento social, enfim nosso tipo de vida durante a
pandemia. Imaginei que, com pequenas variações, nossa situação seria semelhante
à de outros casais idosos, classe média, aposentados, residentes em uma cidade
grande, no Brasil.
Mais do que eu esperava, as pessoas que comentaram
as crônicas diziam, com frequência, que a situação delas era semelhante (“Durante
a leitura, parecia-me estar diante de um espelho a refletir a rotina daqui de
casa.”, escreveu um dos meus primos do Paraná). E vários desses leitores
não tinham perfil semelhante ao nosso.
Em março último, quando se completaram dois anos de
pandemia, escrevi a última crônica da série. Nestes três últimos meses,
constatei que entramos em uma fase cujas condições não vão se alterar tão cedo,
parecendo que este “modus vivendi” já é, por um bom tempo, o “novo normal”; pois, embora permaneça o risco da doença porque o vírus não foi neutralizado, a
vacinação prossegue, os protocolos estão menos rigorosos e as atividades das
pessoas estão sendo totalmente retomadas. Em nosso caso específico, entramos em
comportamento social prudente, menos rígido nos cuidados que tomávamos no
início do isolamento.
Como me pareceu importante publicar em livro o que
um casal idoso passou nessa temporada de isolamento social intenso, reuni nele as crônicas, mantendo as impressões e os sentimentos vividos e
comentados em cada fase da pandemia. Parece-me que a leitura das crônicas, em
sequência, deverá ser interessante mesmo para aqueles que tenham lido toda a
série.
Decidi publicar primeiro o e-book, de forma que as prezadas leitoras e caros leitores possam ter a conveniência de ler no seu celular, ou tablet, ou computador, bastando para tanto baixar o aplicativo Kindle, gratuitamente, nos seus dispositivos eletrônicos. O preço do e-book é bem baixo e a entrega da Amazon é imediata. No Brasil, ele está disponível na amazon.com.br; link:
Fora do Brasil, na amazon.com; link:
Como leitor habitual de e-books, não posso deixar de lembrar suas vantagens, entre elas a possibilidade de podermos ler, onde estivermos, qualquer dos livros de nossa biblioteca digital (por exemplo, na sala de espera de um médico, usando o celular). Também podemos ter o acesso imediato a dicionários digitais e a apresentação de imagens coloridas, algo que encarece muito o livro impresso.
Contudo, sei que muitos conhecidos meus preferem
ler livros impressos – querem senti-los fisicamente. Por essa razão estou
preparando também a versão impressa deste livro.
Abaixo, a capa do e-book e a descrição, resumida,
do conteúdo livro:
“Quando o Covid19 atacou a humanidade, Leilah e
Washington, octogenários, tiveram de se recolher ao isolamento social. Nessa
condição inédita, vivida no mundo todo, sobreviveram à fase mais grave da
pandemia. O livro registra o dia a dia dos dois no período de março de 2020 a
março de 2022, as dificuldades, sua forma de enfrentá-las, suas atividades e
seu controle pessoal para não se deixarem abater. Nos tempos mais difíceis,
analisavam aquela situação esdrúxula, estapafúrdia mesmo, que estavam vivendo,
sentindo-se infelizes por estarem privados de ver os filhos e netos, de estarem
com os amigos, de passearem livremente pela cidade maravilhosa. A pergunta se
repetia: “Até quando?”.
A expectativa do autor é que os fatos aqui
narrados venham a ser de interesse para nossos pósteros e que, para os
sobreviventes da pandemia, servirão de lembrança. Sim, para que não
esqueçamos.”
Washington Luiz Bastos Conceição
Incansável você! Parabéns pela energia e pelas memórias...
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