Cara leitora ou prezado leitor: Mais uma vez,
relato uma experiência vivida pelo casal, com o duplo objetivo de contar um
causo e de transmitir uma experiência nossa. Neste caso, não deverá haver
novidade para a maioria dos leitores, mas se servir de dica para alguém já me
darei por satisfeito.
O casal de idosos (Leilah, minha esposa, e eu)
após a pandemia Covid-19, está vivendo nas condições do que se chamou “novo
normal”. Em nosso caso, não muito diferente do isolamento social, por causa de
nossas dificuldades de locomoção e necessidade de acompanhamento em locais
públicos.
Quanto a viagens, a última que havíamos feito foi
para Franca, estado de São Paulo, em 2019.
Este ano, contudo, tínhamos o importante
compromisso de participar da comemoração, em São Paulo, do octogésimo
aniversário da irmã da Leilah. Foi um projeto um tanto complexo para nós, que
envolveu a preciosa ajuda de Jurema, minha filha, e Alexandre, seu marido, que
foram nossos acompanhantes, ou seja, nos levaram com eles.
Houve momentos de incerteza quanto à realização da
viagem, porque Leilah teve de receber seu marcapasso antes de viajar e, na
semana anterior à data da viagem, o casal teve um forte resfriado. Vencidos os
obstáculos, voamos para a cidade em que Leilah nasceu e na qual me criei.
Era 5 de julho de 2023. Leilah e eu descemos às
onze e meia para a portaria de nosso edifício e chamamos o Uber. Jurema e
Alexandre saíram da casa deles e nos esperaram no embarque do aeroporto Santos
Dumont. Chegamos ao meio-dia e meia. O encontro deu certo.
Eu estreei o uso da cadeira de rodas no saguão do
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Ao meu lado, Leilah, em outra
cadeira de rodas, já tinha essa experiência.
Observando o intenso movimento de pessoas no aeroporto, a maioria dos passageiros empurrando malas de quatro rodas, alguns com carrinhos cheios de malas, quase todos usando roupas esportivas e tênis, com o celular na mão, pareceu-me que, em relação à nossa última viagem o ambiente todo não estava muito diferente. Talvez, apenas, mais uso do celular e os códigos QR para providências como imprimir cartões de embarque.
Jurema e Alexandre fizeram o check-in e o despacho
das malas, enquanto Leilah e eu esperávamos nas respectivas cadeiras de rodas,
trazidas por uma acompanhante da Latam.
Para o embarque, tivemos de aguardar os condutores
das cadeiras que iriam nos levar ao embarque e até o avião, passando pela
revista da polícia. Demorou algum tempo, mas tínhamos chegado com antecedência
– o embarque estava marcado para a uma e meia.
Para mim foi uma sensação diferente ser conduzido
pelo aeroporto, entrando e saindo de elevador. Na hora da revista, tivemos de
passar pela porta lateral, evitando o controle eletrônico, pois os dois temos
marcapasso implantado; tivemos de nos submeter à revista manual, tirando os
sapatos. Sempre com a assistência de Jurema e Alexandre, foi passada nossa
bagagem de mão, celulares e casacos. Não houve problema, fomos tratados com
atenção. Conduzidos ao portão de embarque, esperamos algum tempo mas fomos os
primeiros a entrar no avião e nele devidamente acomodados.
Dentro do avião, as novidades foram: a capacidade maior dos compartimentos de bagagem (havia passageiros com malas nada pequenas que foram devidamente acomodadas); a substituição do lanche rápido da ponte aérea Rio-São Paulo por um copo d’água com alguns poucos gramas de “chips” de batata doce; a permissão para uso do celular (no modo avião) e as tomadas na frente das poltronas para os carregadores de celular.
O voo foi de curta duração (uns quarenta e cinco minutos) tranquilo, sem turbulências, e o pouso no aeroporto de Congonhas foi normal. Como não havia “finger” disponível, o desembarque dos passageiros foi feito por escada e transporte por ônibus, mas nós, Leilah, eu e nossos acompanhantes, baixamos do avião por um “ambulift” e fomos transportados até a área de desembarque.
Um ambulift (fonte: Google) |
A viagem de volta foi feita nos mesmos moldes e,
também, foi tranquila.
Foi, para mim, quase uma aventura, uma situação diferente de
minhas viagens anteriores e me fez lembrar, comparando, as viagens frequentes
que eu fazia, a trabalho ou de férias, principalmente para o exterior, quando
os sistemas e serviços do aeroporto e das companhias aéreas eram muito
diferentes do que temos hoje.
Planejamos nova viagem para São Paulo, ainda este ano, por motivo semelhante. Pelo sucesso da experiência, estamos confiantes.
Washington Luiz Bastos Conceição
Bom saber que correu tudo bem! Parabéns para a Ciumara!
ResponderExcluirQue coisa boa, amigos, saber de vcs viajando!! Com o devido planejamento e suporte se somando à voglia do casal, outras boas viagens os aguardam!
ResponderExcluirNos trouxe GRANDE ALEGRIA estarmos com vocês estes dias em S.Paulo. Voltem sempre...
ResponderExcluirRegina e Roberto.
De D. Isette:
ResponderExcluirBoa noite, Washington, acabei de ler a sua crônica! Vocês viveram uma experiência nova mesmo! Muito importante é que vão repetir… Aplaudo e parabenizo!!! Aproveitem a viagem com a carinhosa companhia desse casal ! Abraços para Leilah e você.
De Jurema:
ResponderExcluirPapi, vocês já estão craques! Eu li a crônica, boa papai! Destaco o serviço da LATAM que foi excelente. Dá um pouco de ansiedade porque eles nos levam para área de embarque em cima do laço. Tendo, ainda, que passar na área de segurança, tempo este que é variável.
Da prima Thais:
ResponderExcluirParabéns pela bravura de enfrentar uma nova situação, ao invés de se resignar às inevitáveis limitações físicas decorrentes da passagem do tempo. Obrigada por compartilhar essa aventura.
Que maravilha saber dessa grande novidade.
ResponderExcluirAmo a riqueza de detalhes em sua escrita, mesmo num texto simples, me sinto nos seus livros e fazendo k trajeto com vcs!
Saudades grandes espero em breve vê-lós!