segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Notícias da Primavera

Cara leitora ou prezado leitor:

Em meio ao intenso noticiário sobre estas eleições, tão importantes para o destino de nosso país, ofereço um rápido intervalo com duas notícias do blogueiro "que vos escreve".



Crônicas Selecionadas

No ano passado, depois de quase dois anos de blog, resolvi fazer uma primeira seleção de crônicas e reuni-las em um livro, o “Crônicas Selecionadas 2012-2013”, publicado na versão impressa (distribuída pela Amazon.com) e na versão digital, disponível na amazon.com.br e na Livraria Cultura.

Neste ano, resolvi repetir a dose, reunindo em outro livro as crônicas do blog publicadas de julho de 2013 a julho de 2014. Já está disponível, na versão digital, na amazon.com.br. O título do livro é “O Meia Lua”.

Abaixo, a capa do e-book.



Desta vez, consegui publicar as ilustrações das crônicas, em cores, como no blog. Para quem usa o Kindle Paperwhite, elas aparecem em preto e branco, em várias tonalidades de cinza.
Como não quero manter todas as crônicas na rede, indefinidamente, aquelas reunidas em livro são retiradas do blog.


Mais uma primavera

Mencionei meus oitenta anos em duas crônicas de 2012. Neste final de setembro, já cheguei, portanto, aos oitenta e dois. Fizemos uma reunião de família muitíssimo agradável. Minha filha ofereceu a casa e minhas duas noras brasileiras me presentearam com um bolo “sui generis”, bastante ilustrativo, mostrando o vovô Washington em sua atividade preferida:



Recebi muitos cumprimentos, por telefone, e-mails e mensagens no Facebook, mas algo inusitado aconteceu: um ex-colega da IBM, companheiro de departamento no início dos anos 1970 e que eu não vejo há uns quinze anos, me telefonou no dia do meu aniversário, contando que estava lendo meu “O Projeto 3.7 e Nós”. Disse que estava gostando e comentou que não sabia que eu escrevia – mostrou-se admirado. A conversa prosseguiu sobre outros assuntos e, quando se falou em idade, verificamos que estávamos aniversariando no mesmo dia. Nenhum dos dois se lembrava disso e o fato de ele me telefonar naquele dia foi por pura casualidade. Fiquei impressionado e estou contando esta história para todo mundo.


Washington Luiz Bastos Conceição









sábado, 13 de setembro de 2014

O Dia dos Pais e O Neto Blogueiro

Em meio às tristezas de agosto, um dia de trégua – o Dia dos Pais. Trégua, porque ele provocou uma reunião da família; e reuniões de família se tornaram, para nós, os mais velhos, cada vez mais importantes.
Parece-me (não vou pesquisar) que essa comemoração seguiu a do Dia das Mães e que foi, também, muito estimulada pelo comércio. Não me importo com essa origem e nem com a quantidade de e-mails que recebo nas semanas que precedem o segundo domingo de agosto (no Brasil), pois eles servem até de lembrete para mim. Este ano, recebi muitas sugestões de presentes da área de perfumaria e comparei com as sugestões para o Dia das Mães, dentre as quais se destacam os telefones celulares com os mais variados recursos.
A melhor comemoração é, certamente, um almoço em família; juntando filhos e netos aos avós, melhor ainda. E as crianças, com seu extraordinário desenvolvimento de hoje em dia, são uma atração especial: homenageiam o pai e os avós com declarações ou, mesmo, com pequenos discursos. Desde cedo, adquirem um vocabulário relativamente amplo, na escola, em casa, em sua maior convivência com adultos e, até, ao assistir a filmes na televisão. Claro, às vezes se confundem, como um garoto de uns nove anos que, ao cumprimentar o pai, o chamou “meu pai preferido” em uma reunião de uma família amiga nossa – e deu aos tios, grandes gozadores, a chance de animarem a festa mais um pouco. 
Este ano, nossa família comemorou o Dia dos Pais com um almoço em casa de minha filha. Estávamos Leilah, minha esposa, eu, os filhos e noras daqui e Bruno, o neto carioca (o ramo americano comemora o Dia dos Pais em outra data). A reunião foi muito agradável, com a habitual entrega de presentes, aperitivos e um ótimo almoço. O destaque da tarde foi o discurso do Bruno (onze anos no dia 15 próximo), preparado por ele na véspera. Leu, em grande estilo, para um auditório atento. 
Na escola, Bruno tem aulas de apresentação e até algumas de teatro. Lê muito os livros apreciados por sua geração, em geral ilustrados, desenha e também escreve histórias, altamente influenciadas pelos filmes de aventuras. Para ele, ficção é sinônimo de ficção científica; sugeriu que eu escrevesse uma história de aventuras intergalácticas. É um dos leitores de meus livros e crônicas – e divulga os escritos do avô.
Bruno e Vovô - Os blogueiros
No sábado, ele, em minha casa, resolveu escrever o que chamou de crônica, para ler no dia seguinte. Usando o computador da Leilah, digitou e imprimiu o texto rapidamente, usando fontes de tamanho grande e negrito para destaques.
Seu texto me surpreendeu, tanto pelo uso de algumas palavras menos comuns, quanto por algumas considerações sobre a data e a condição de pai. No final, uma mensagem que contém uma preocupação de pré-adolescente.
Transcrevo-o abaixo, sem qualquer edição de minha parte, embora eu tenha sido tentado a melhorar a pontuação. As pausas necessárias ele fez na leitura.
“A crônica do neto blogueiro
Queridos vovô e pai: lhes fiz essa crônica como presente de dia dos pais, agora é a minha vez de blogar um pouquinho. 
Um domingo, a família reunida. Os pais são tratados como soberanos. As mães já tiveram o seu dia mas eu, a criança, aguardo impacientemente, porem sei que o dia vai chegar, mas bom vamos falar dos pais por que é o dia deles. 
Os pais, dia deles ganham presente de acordo com a data dia dos pais. Daí eu pensei “Os pais só ganham camisas, calças e cartões. Mas porque não uma crônica?" Por isso estou escrevendo isso agora. 
Os pais são bem legais sabe, os melhores amigos do mundo. Sempre te dão dicas e são dicas que funcionam; os pais e os filhos sempre brigam, mas isso é para deixar para traz e agora deixa-los curtir o momento de rei, porque isso só dura um dia. 
O final da crônica está a caminho, mas eu só quero dizer: curtam pais curtam porque a época soberana está acabando, depois tem o autor aqui que vira soberano.
Bruno Mellone Ribeiro Conceição”
Washington Luiz Bastos Conceição 


Nota:
O caro leitor ou a prezada leitora pode me achar um avô “babado” e, provavelmente, terá toda a razão. Porém, mais uma vez, ouso me comparar aos grandes Zuenir e Veríssimo que, de vez em quando, relatam falas e feitos das respectivas netas. Na última quinta, dia 11, em sua coluna do “O Globo”, Veríssimo conta que Lucinda, sua neta de seis anos, ao lhe mostrar a maneira correta de tomar uma casquinha de sorvete sem pingar na roupa, lhe disse: “Aprenda com uma profissional...”.



quarta-feira, 30 de abril de 2014

Centenário de Caymmi


Na semana passada minha cunhada ligou de São Paulo para informar que na televisão estavam apresentando um programa sobre Caymmi. Ela, irmã de minha mulher, conheceu-me jovem e já admirador, fã de carteirinha, do baiano. O programa era um dos vários que estão sendo apresentados nestes dias em comemoração ao centenário dele, que ocorre hoje, neste 30 de abril.
Entre as homenagens, no último domingo, o jornal O Globo publicou, em seu segundo caderno, vários artigos sobre Caymmi, destacando o músico, o pintor, o baiano, o carioca, o mineiro, o patriarca. Acrescentaram sua condição de mineiro porque, fiquei sabendo agora, ele tinha uma casa em São Pedro de Pequeri, em Minas Gerais, onde nasceu Stella Maris, sua esposa. Pequeri era, como publicou o jornal, “seu espaço de calma na maturidade ao lado de Stella”. A coluna de Caetano Veloso também foi dedicada a Caymmi. Para completar, foram relacionados discos de sua obra e curiosidades sobre o compositor.
Venho juntar-me aos que estão homenageando esse artista ímpar de nossa música popular. Fiz minha “Reverência a Caymmi” em meu primeiro livro e a transcrevi em crônica, neste blog, no ano passado, no mês de seu nonagésimo nono aniversário. Contudo, sinto que, hoje, não tenho o que acrescentar, a não ser a satisfação de ver celebrado seu centenário de nascimento e de ver reconhecida, pela mídia e por outros artistas, a obra notável do grande baiano.

Se você, cara leitora ou prezado leitor, quiser ler ou reler a crônica a que me referi, clique no link abaixo:

 Washington Luiz Bastos Conceição




 

sábado, 5 de abril de 2014

Os fazedores de chuva


O trabalho de vendas é fundamental para qualquer organização de negócios.

Corro o risco dos leitores caçoarem de mim, com um comentário do tipo: “O que deu no Washington? Só agora, depois de velho, que ele descobriu isso?”, ou talvez com uma pergunta pior, que usávamos quando garotos, meus amigos e eu. Os americanos me dariam um prêmio pelo “Understatement of the year”, em nível universal.

Bem, vou melhorar a declaração: Como todo mundo está cansado de saber, o trabalho de vendas é fundamental para qualquer organização de negócios. 

Então, pergunto: por que pessoas que vendem, seja que produto for, substituem no cartão de visitas e nos currículos a palavra “vendedor” por inúmeras variações? Variações do tipo: representante comercial, consultor de vendas, consultor de negócios, especialista de marketing e outros que as empresas considerem mais enobrecedoras da função básica do profissional, que é vender. Ocorreu que, pela forma de atuação de vendedores em alguns tipos de negócio, “vendedor” passou a ser sinônimo de pessoa que faz venda agressiva, sem compromisso de bom atendimento ao cliente. Tipicamente, na ocasião da venda, ele não esclarece o cliente sobre suporte ou certas características do produto que “a vítima” vai descobrir somente depois de receber ou de começar a utilizar o produto. Como, por exemplo, restrições de garantia e certas funções do produto que requerem o pedido de dispositivos adicionais; pior ainda, a inadequação total do produto às necessidades do cliente. Nessa ótica, “vendedor” passou a ter, infelizmente, um significado muito próximo de “camelô”.

É importante ressaltar que esta visão não é uma exclusividade brasileira. Nos Estados Unidos, por exemplo, os vendedores do tipo acima descrito são qualificados na categoria “vendedor de carros usados”. Entretanto, pelo menos até alguns anos atrás, o título “Salesman” ou “Sales Representative” foi preservado. A qualificação de assessor ou consultor, por exemplo, era adicional.




Sobre o assunto, o que pensava eu, um bom aluno da Escola Politécnica de São Paulo, quando se formou, jovem, em 1955? Pensava que o engenheiro era um profissional visceralmente técnico; que, considerando tudo que havia aprendido no curso – com muito esforço, diga-se de passagem – deveria escolher, dentre as oportunidades daquele tempo, uma especialização de sua preferência e, então, trabalhar e se desenvolver nela.

Algum tempo após a formatura, fiquei sabendo que dois colegas estavam trabalhando em vendas, um de máquinas para terraplenagem e outro, de materiais de construção. Eu, que trabalhava em Engenharia Civil, principalmente em projetos de redes urbanas de abastecimento de água, fiquei muito admirado, fiquei com a impressão de que eles tinham desprezado tudo aquilo que aprendêramos na Escola. Não me parecia uma especialização, pois eles não estavam trabalhando em pesquisa ou projeto daqueles produtos e achava que, para vender, eles não tinham de conhecer profundamente o que ofereciam. Para mim, tinham deixado de ser engenheiros para ser vendedores, profissão que não requeria todo o estudo que havíamos tido.

Com o tempo, à medida que ganhava experiência com as atividades em minha pequena empresa de Engenharia, passei a valorizar o trabalho de administração e de negociação com clientes e parceiros e senti que, por mais que o engenheiro tivesse responsabilidades técnicas, ele teria de lidar muito, e profissionalmente, com clientes, fornecedores, empregados e parceiros de negócios. Passei a encarar de forma diferente os trabalhos de administração, finanças, vendas e atendimento a clientes.

Quando fui trabalhar na IBM, minhas atividades passaram a ser de divulgação e venda de equipamentos de alta tecnologia (os “cérebros eletrônicos”) e de programação complexa, além do fornecimento do correspondente apoio técnico aos clientes. Venda de alto nível técnico e com apoio aos clientes, que exigiu sempre muito estudo, mas não deixava de ser venda.

Desde então, com crescentes responsabilidades gerenciais, minha vida profissional incluiu aprendizado, aplicação e transmissão de conhecimentos, o tempo todo, tanto nos 24 anos de IBM como nos 25 subsequentes, até minha aposentadoria.




Em resumo, em que consistem as atividades do vendedor? Qual sua abrangência?

Como diziam os professores de antigamente, “senão vejamos”:

Há processos de venda mais simples e há a chamada venda complexa, aquela que requer a aprovação de diferentes pessoas, em geral de diferentes níveis, dentro da organização cliente. A venda complexa envolve várias atividades.

O vendedor (que, ao longo desta crônica, também significa vendedora), devidamente preparado por sua empresa quanto aos produtos e procedimentos de venda, recebe um objetivo numérico para o período (para o ano, por exemplo) – é a “meta”. Ele pode ter um território definido e também ter uma carteira de clientes, que ele atende como representante de sua empresa. Habitualmente, o vendedor reclama com o “chefe”, acha a meta muito alta, mas, em geral, não tem jeito. Conheci um gerente que, em conversas desse tipo, imitava o gesto de um violinista para acompanhar o “choro” do vendedor.

Bem, não havendo outro jeito, o meu caro amigo vendedor tem de se preparar para a luta, que começa com seu planejamento. Ele tem de pesquisar e listar possíveis negócios, estimando, para cada um, o valor e o mês do fechamento. Se o total dos valores não for suficiente para atingir sua meta, terá de planejar um intenso trabalho de prospecção.

Para seu trabalho diário, ele tem de  programar (semanalmente, por exemplo) as visitas aos clientes, anotando os assuntos que serão tratados. Em função das visitas, o vendedor faz um plano de ação para cada negócio.

Ao longo do ano, o andamento do trabalho tem de ser controlado, mediante apuração dos resultados e comparação com o plano (planejado versus realizado). 
A venda propriamente dita envolve o “face a face”, o estudo, a proposta, a negociação e o fechamento do negócio. O vendedor deve selecionar as pessoas do cliente com quem vai tratar do assunto e entre elas deve estar o executivo que vai aprovar a compra; deve estabelecer o enfoque da venda; deve preparar a argumentação, a justificativa do negócio (que pode chegar a uma estimativa de retorno do investimento); fazer a proposta de uma forma combinada previamente nas reuniões com o cliente; negociar as condições no final e, todo o tempo, observar a reação das pessoas envolvidas, em particular quanto às propostas das empresas que estão concorrendo na venda.
Prezado leitor e cara leitora: Se você se interessou pelo assunto, ainda não desistiu da crônica, deve concordar comigo que, somente pelo que comentei até aqui, o trabalho de vendas complexas não é fácil. 

Para todas as atividades mencionadas, o vendedor tem de estar preparado, seja por experiência, seja por treinamento adequado. Pela característica de suas atividades junto aos clientes “no campo”, que o ocupam muito, não se pode esperar que ele tenha tempo para selecionar e ler livros, antigos ou recém-lançados, sobre técnicas de venda. Daí a necessidade de cursos para o seu desenvolvimento e a aplicação imediata no trabalho do conhecimento adquirido. Especialistas da própria Empresa ou instrutores contratados são encarregados desse treinamento.

Quando eu trabalhava na IBM, tive oportunidade de participar, como aluno e como instrutor, de vários desses cursos. Depois, em outras empresas, fiz apresentações e dei cursos em que passei o conhecimento adquirido em meu trabalho e na leitura de livros, alguns específicos sobre estratégia e técnicas de vendas e outros que tratam de desenvolvimento profissional. Foi uma experiência ótima e guardo com carinho livros excelentes sobre esses assuntos, ao lado de outros sobre sistemas e orientação gerencial.

Alguns dos livros
E quando se trata de vendas menos complexas?

Em vendas, mudou muita coisa. Em especial, vendas de lojas (de balcão) foram levadas para a internet, mediante uso de técnicas as mais avançadas. Tirando proveito da enorme capacidade de registro de dados, há hoje organizações que vendem qualquer produto, aproveitando fantásticos sistemas que foram montados, inicialmente, para um determinado tipo de produto. Você, caro leitor ou prezada leitora, já adivinhou que vou mencionar, como exemplo, a líder dessas organizações, a Amazon. Esta foi precursora da venda cruzada, com mensagens do tipo: “Caro cliente: outras pessoas que compraram o livro “x”, como você, também compraram os indicados abaixo: ... “; e, também, da venda de produtos similares àqueles já adquiridos pelo cliente. Exemplo deste último tipo de venda é a variedade dos livros em Espanhol que a Amazon passou a me oferecer depois que comprei alguns deles escritos nesse idioma.

E aqueles vendedores que nos atendem pessoalmente? No meu caso de cliente, os corretores de seguros são bons exemplos, embora eu trate com eles uma vez por ano, quando vencem as apólices. Nesta ocasião, refrescam nossa memória e atendem novas necessidades que tenhamos de uma forma satisfatória e amável. O maior cuidado deles é manter e utilizar bem seu arquivo de clientes (alguns mandam até cartão de aniversário). No caso do seguro saúde, fornecem esclarecimentos sobre cobertura e servem de intermediários   junto à seguradora, quando necessário. Os corretores de imóveis, aos quais recorremos de vez em quando, têm também de manter bons arquivos e de fazer prospecção contínua para levantar possiblidades de negócios – é um trabalho difícil, com uma concorrência muito acirrada.   




O que fazem todos os tipos de profissionais que mencionei? Vendem. E quem vende é vendedor. Profissão difícil, com muitos desafios, mas que pode proporcionar sucesso financeiro.

Um dos livros mostrados na ilustração acima, tem como título “How to become a Rainmaker”. O termo “rainmaker”, que passou a ser muito usado em livros de vendas, parece-me bem apropriado, pois os vendedores são mesmo “fazedores de chuva”, fazem as coisas acontecerem.

Washington Luiz Bastos Conceição 







sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Planejamento para o ano


Os propósitos, as promessas, os planos individuais de ano novo perderam a credibilidade, de uma forma geral. Viraram piada, porque muito pouco cada um cumpre daquilo que diz pretender fazer “no ano que vai nascer”.

Eu não faço promessas sobre alguns itens críticos pessoais, como intensificar as atividades físicas e perder peso, por exemplo. Contudo, um planejamento de meus escritos eu arrisco. É disto que trata minha notícia de hoje.



O Blog

Depois de ter comentado, em publicação anterior, a visitação a este blog, parece-me apropriado fazer, junto aos leitores, algumas considerações sobre o que pretendo realizar em 2014.

Tenho o firme propósito de manter minha abordagem de tratar de assuntos variados que, espero, sejam em sua maioria de interesse para os gentis leitores; e de evitar assuntos polêmicos, de forma a não criar conflitos com os amigos, pois escrevo para eles e quero continuar recebendo a visita de todos. Meus escritos continuarão sendo memórias, histórias baseadas em minha experiência de vida e comentários sobre aspectos da vida de hoje.

Sendo ano de Copa do Mundo no Brasil, vou contar algumas das histórias deste sofrido torcedor da seleção brasileira de futebol. Depois, virão as eleições, mas, por polêmico, prometo não me aventurar a tratar deste assunto.

Como pano de fundo de minhas publicações no blog, permanecerá a mensagem (direta ou indireta) de que pessoas que desejem escrever, sejam crônicas ou livros, poderão fazê-lo e obter desta atividade uma grande satisfação pessoal.
 

Os Livros

Publiquei, até esta data, os livros: “Histórias do Terceiro Tempo”, em 2009; “Para você se animar a escrever seu livro”, em 2010; “O Projeto 3.7 e Nós”, em 2011; a versão deste último em Inglês, “The Project 3.7 and Us”, em 2012; e o “Crônicas Selecionadas 2012-2013”, em 2013.

Todos, publicados em versão impressa e como “e-books” (livros digitais).

Abaixo, as capas do recém-publicado “Crônicas Selecionadas 2012-2013”, nos dois formatos (impresso e e-book, respectivamente). O texto é o mesmo.


Resumo a seguir, para a cara leitora ou prezado leitor interessado no assunto, como procedi para realizar essas publicações, pois me parece uma informação útil, especialmente para quem pretende publicar livros impressos ou “e-books”.

Os dois primeiros livros foram impressos no Brasil, em gráficas especializadas em pequenas tiragens. Os outros dois estão disponíveis mediante o processo de impressão “on demand” (ou seja, por encomenda individual) no exterior. Este sistema reduz bastante o custo unitário do livro, o autor não tem a despesa de impressão de um lote inicial e não precisa manter um estoque de exemplares. Para o comprador do Brasil, o preço, incluindo o frete, é módico, mesmo considerando o patamar atual da taxa do dólar. Aguardo, esperançoso, que se tenha logo esse recurso no Brasil.

Para quem lê, o hábito prazeroso de ter um livro de papel nas mãos permanece, não há dúvida. Entretanto, vejo, desde algum tempo, e estou insistindo nisto, a leitura de livros digitais como uma alternativa muito boa.

Ler um livro ou uma revista em um “tablet” é bastante confortável, com a vantagem de regular a iluminação, o tamanho das letras, e de obter imagens ótimas, coloridas (as quais, em alguns casos, até se movimentam).

Minha esposa tem um Ipad e lê, habitualmente, livros e revistas, sentada confortavelmente numa poltrona, e até deitada. Recentemente, leu um “livrão” que, impresso, teria 640 páginas, sem qualquer esforço físico.

Lembremos que os “tablets” têm, também e principalmente, recursos de computador, em especial de acesso à internet, e com eles podemos tirar fotos e filmar.

 
Bem mais baratos, simples, e destinados especificamente à leitura são os “e-readers” (leitores de livros digitais). Há três meses, comprei (no Brasil) um Kindle Paper White, que é relativamente barato. Surpreendeu-me muito favoravelmente. Pequeno e leve, menor que um “pocket book", ótimo para se ler em qualquer lugar, é a melhor solução para ler na cama, quando sua iluminação própria substitui com vantagem a lâmpada de cabeceira; e não incomoda a pessoa que estiver ao seu lado e queira dormir. Mais uma característica agradável: sua bateria permanece carregada por muito mais tempo que as dos telefones celulares que temos em casa.

Tenho o hábito de ler, concomitantemente, mais de um livro (descobri que outras pessoas fazem o mesmo). Estou montando uma biblioteca no “e-reader”, de modo que posso mudar de livro rapidamente (sem procurar na estante ou por toda a casa). E mais, quando volto ao livro que estava lendo antes, ele é aberto exatamente na página em que interrompi a leitura. Como dizem hoje em dia: “Não é fofo?”.

 
Quanto ao meu trabalho com livros em 2014, obedecendo à minha inclinação de escrever memórias, estou trabalhando em um livro de histórias sobre a relação, minha e de minha família, com a Califórnia. Pretendo publicá-lo este ano.

Penso também em enfrentar o desafio de escrever ficção. Contos estão se esboçando na minha cabeça, mas não sei se serão atrativos para meus condescendentes leitores e se chegarão a formar um livro até o final do ano.




Espero continuar a receber a atenção de meus caros leitores e agradeço antecipadamente.


Washington Luiz Bastos Conceição