tag:blogger.com,1999:blog-5409133431528632592024-03-28T17:48:21.668-07:00Escritos do WashingtonLivros, crônicas e outros escritosWashingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.comBlogger92125tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-78908718407479406852024-03-15T11:59:00.000-07:002024-03-16T07:00:33.707-07:00O casal de idosos e o celular<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Há vários meses, Leilah, minha esposa, e eu estávamos
sentados em nossa saleta, extensão do “living room”, onde passamos uma parte da tarde, a “happy hour” (ao anoitecer), e onde assistimos ao cinema em casa na
televisão. Lá, também, temos a tranquilidade para conversar sobre os mais
diversos assuntos. Desta vez, o assunto foi nossa habilidade em usar o telefone
celular.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Comecei assim:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">- Leilah, não me conformo com a dificuldade que
tenho no uso do celular, pois lido há tanto tempo com computadores – desde
quando entrei na IBM em 1959 – e continuo fazendo muita coisa no computador,
especialmente no que se relaciona com meus escritos, correspondência e
planilhas de cálculo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Leilah comentou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">- Bem, comigo acontece coisa parecida. Nada,
porém, tão estressante como a troca de celular que fiz há dois meses. Você
acompanhou, você até teve de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>me acalmar.
Lembra-se que naquele livro do Renato Alves ele menciona a troca de celular como
uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>atividade altamente perturbadora?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">- É mesmo. Houve a agravante dos técnicos da
loja fazerem a transferência de dados do aparelho velho para o novo em
duplicidade – com milhões de fotografias que você não queria perder. E nosso genro gastou um tempão para resolver o problema para
você.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">- E, depois, ainda tive aquela dificuldade em
receber telefonemas no celular novo. Os filhos reclamavam: “Mãe, tentei chamar
a senhora mas seu telefone deu ‘fora de área’”. Descobrimos, então, que as
ligações eram dirigidas pela nossa rede interna (wifi) ao telefone
velho, que estava ligado, funcionando como um pequeno computador ligado à
internet; como ele não era mais um telefone, a ligação não acontecia.
Resolvemos, mas não foi fácil...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">- Reconheço, claro, que o celular é uma
ferramenta extraordinária, de alcance global, e já não podemos dispensá-lo. Uso
muito os recursos de telefonia móvel, da troca de mensagens pelo WhatsApp, do
e-mail, da internet, todos de alcance mundial, além da leitura de e-books e
alguns outros aplicativos. Confesso, entretanto, que opero melhor com o teclado
do computador, pois sou desajeitado ao tocar a tela do celular com meus velhos
dedos. Há, ainda, a necessidade de atenção redobrada ao passar os dedos pela tela,
pois é muito fácil fazer algo indesejado (por exemplo, chamar acidentalmente
uma pessoa pelo WhatsApp). O corretor ortográfico deste aplicativo, altamente
intrometido, também requer uma atenção especial, especialmente quem procura
escrever normalmente, corretamente, suas mensagens.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Leilah mantém a conversa:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">- Depois de toda longa experiência com a
informática, lidando com sistemas variados na gerência de TI de empresas e,
depois, nos serviços de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>consultoria, eu
não me conformo em não dominar o dispositivo. Tento aprender. Não tenho
problemas no uso do computador e do Ipad, embora encontre dificuldades com
alguns sites de compras que me dão trabalho, mas a incompetência é deles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E a conversa prosseguiu com comentários sobre a
habilidade dos mais jovens – e até das crianças – no uso dos celulares, com o
que, se já não estivéssemos conformados com as dificuldades físicas trazidas
pela idade, ficaríamos humilhados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No final da conversa concluímos que nosso consolo
é que as cabeças continuam boas, escrevemos bem e tiramos muito proveito do
fantástico aparelho.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></b></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Hoje, volto a pensar no proveito que estamos tirando,
Leilah e eu, do nosso uso dos celulares, muito desse uso forçado pelas
organizações, públicas e privadas, com as quais interagimos. E me admiro de
quanto dependemos dos pequenos e poderosos aparelhos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lembrei-me de crônica que publiquei em 2017, em
que menciono os benefícios que tínhamos – e continuamos tendo – com o uso dos
celulares. Abaixo, transcrevo parte daquela crônica:</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Passei a relacionar mentalmente o que temos
feito, nós mesmos, eu e minha mulher, por meio do WhatsApp: comunicamo-nos
rapidamente com os filhos e amigos, individualmente e em grupos, tanto para
tratarmos de assuntos sérios como para “bater um papo” à distância (alguns
estão mesmo longe, em outro país); complementamos as consultas médicas
informando o profissional sobre a evolução de um tratamento, pedidos ou
resultados de exames ou um mal-estar súbito (já enviei, certa vez, foto de um
pequeno ferimento na perna para primeira avaliação da geriatra); fazemos
pedidos de pequenas compras às diaristas, para trazerem na vinda para nossa
casa (o que é muito conveniente para idosos).<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Bem, até agora falei só do WhatsApp, mas
lembremo-nos de que o celular é, também, computador de bolso ligado à internet,
gravador de som, câmera fotográfica e de vídeo, e relógio. E mais, uma coleção
de livros, prontos para você ler onde quiser, quando quiser, bastando para isso
baixar um aplicativo tipo “Kindle”.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Como câmera, temos utilizado muito o celular
para registrar e ilustrar comunicações de eventos; almoços e festas de
aniversário, por exemplo. Este recurso serve também para ilustrar mensagens nas
mais variadas atividades profissionais. Recentemente, na reforma de um
apartamento, usamos fotos para registrar as condições dos tubos de água. Em
outra oportunidade, para envernizar uma bancada em nossa sala, tivemos de
desconectar os fios de uma instalação de aparelhos de televisão e de som, com
seus periféricos; fotografamos previamente a situação das conexões originais
para reconstituí-las corretamente.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Como computador, o celular tem substituído,
pelo menos parcialmente, os desktops e laptops. Um dos companheiros de nosso
almoço periódico de aposentados ex-IBM declarou que todo trabalho e leitura que
fazia no computador faz agora no celular.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Ligado à internet, o aparelho oferece uma
enciclopédia de bolso.”<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Curioso, não destaquei ao seu uso original de
comunicação telefônica móvel...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sei que não contei novidade alguma, quase todas as
pessoas que conheço fazem semelhante e amplo uso do celular; e as crianças, intensamente, com jogos de todo tipo. Para nós idosos, porém, está implícita a
comparação: como fazíamos antes? Era muito diferente.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Hoje, quase sete anos depois, tenho algo a
acrescentar?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Certamente, o uso dos aplicativos se tornou mais
abrangente e intensivo, há operações de bancos, por exemplo, que exigem o uso
do celular, além do computador, o que obriga as pessoas a adquirirem o
aparelho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Intensificou-se o abuso das chamadas indesejadas
(SPAM’s) e, terrivelmente, as tentativas de golpes de toda a natureza, criativas
e perigosas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na troca de mensagens e vídeos, há dúvidas sobre a
veracidade da informação e desconfiança dos vídeos que podem ser produtos
enganosos de Inteligência Artificial. Temos de estar sempre atentos.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em resumo, a consideração básica é: o uso do
celular traz vantagens para os idosos? Analisando os benefícios e dificuldades,
o balanço é positivo?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando vejo a satisfação da Leilah ao se comunicar
com os netos distantes e, particularmente, quando recebe um vídeo do
neto carioca que está estudando em Paris, não tenho dúvida.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;"><i>Washington Luiz Bastos Conceição</i><o:p></o:p></span></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></b></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><b><span style="font-family: verdana;">Notas:</span></b></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><b>!. </b>O título do livro de Renato Alves, mencionado em nosso diálogo, é: "Os segredos para ter memória forte e cérebro sempre jovem".</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;">2. Para ler minha crônica publicada em 2017, o link é:</span></p><p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><a href="https://washingtonconceicao.blogspot.com/2017/08/pequeno-poderoso-e-indispensavel.html" style="font-family: verdana;">http://washingtonconceicao.blogspot.com/2017/08/pequeno-poderoso-e-indispensavel.html</a></p><br /><p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-18009558445559225352024-02-01T12:09:00.000-08:002024-02-01T12:47:13.098-08:00Almoço de velhos amigos<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Era uma quarta-feira ensolarada de janeiro último, fazia
muito calor no Rio (a Cidade Maravilhosa), especialmente naquele horário, cerca
do meio-dia. O motorista do Uber estava me conduzindo ao clube em que eu encontraria
amigos, levando-me pelas avenidas das praias do Leblon, Ipanema e Copacabana.
Conversávamos sobre vários assuntos, até chegarmos ao futebol, quando trocamos
comentários sobre os jogos da Europa, especialmente do campeonato inglês que,
coincidentemente, são da preferência dos dois. Foi um passeio.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O encontro no clube era o almoço do nosso grupo de
amigos, ex-colegas da ÍBM, que já comentei na crônica “Almoço às Quintas”, publicada
em 2012 e que mencionei frequentemente em outras crônicas; especialmente,
aquelas reunidas no livro sobre um casal de idosos no tempo da pandemia Covid-19, quando
o isolamento social interrompeu nossos encontros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O espírito da reunião permanece, conforme descrevi
em 2012:<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Quando eu ainda estava em atividades de consultoria
junto a clientes, fui convidado por um ex-colega da IBM, grande amigo desde que
entramos, juntos, na Empresa, a participar de um almoço semanal de ex-colegas.
Como era realizado na Barra da Tijuca, em dia útil, não pude comparecer. Depois
de algum tempo, o local do almoço passou a ser o complexo Leblon-Ipanema e eu,
já aposentado, juntei-me ao grupo e agora participo dele com frequência, com
muito prazer.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">O almoço é realizado cada quinze dias, às
quintas feiras (excepcionalmente, às sextas). A lista geral de participantes é,
atualmente, de quinze colegas, mas o comparecimento médio é de cerca de oito,
variando de 6 a 10 comensais. As ausências são causadas por motivos vários, que
incluem viagens, visitas a filhos que moram no exterior e consultas médicas; em
alguns casos raros, até por impedimentos de trabalho.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">São todos maiores de 60 anos (há duas mulheres
que baixam o limite inferior) e vários passaram dos 70. Eu, hoje com 79, devo
ser o terceiro de cima para baixo. Felizmente, estamos, aparentemente, com a
cabeça funcionando bem, embora as dificuldades físicas causadas pela idade
afetem vários de nós.”<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E, mais adiante, escrevi:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Então, sobre o que conversamos? Os assuntos
vão desde as notícias da China, de seu desenvolvimento econômico, e da crise
econômica mundial, até as novidades da tecnologia de informação e de
comunicação, quando, frequentemente, um dos colegas é consultado, pois trabalha
dando suporte técnico a usuários de computadores. Este assunto revela algumas
preferências, como o caso de um deles que tem em seu computador 2 terabytes (trilhões
de bytes) de memória de discos, onde mantém uma enorme biblioteca de filmes. Embora
evitemos falar de política nacional, talvez por ser um assunto desagradável e
polêmico que poderia estragar a reunião, comentamos as reclamações que temos
como consumidores e contribuintes. Aliás, há no grupo um especialista em enviar
correspondência a jornais e a autoridades sobre maus serviços e descasos que
afetam o cidadão comum em nosso País.” <o:p></o:p></span></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Volto à quarta-feira ensolarada de janeiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Cheguei um pouco adiantado, sentei-me à mesa
esperando pelos colegas, e me pus a pensar nas mudanças que ocorreram nos doze
anos que se passaram desde que escrevi aquela crônica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dentre aqueles que participavam do grupo, temos a
lamentar profundamente seis falecimentos e constatar que, agora, alguns estão
tendo dificuldades físicas para comparecer aos almoços (há casos de filhos que fazem a gentileza de levar os pais). Contudo, com novas adesões, o total de
participantes do grupo se mantém e temos nos reunido pelo menos uma vez por
mês.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Outra mudança que tivemos foi quanto ao local do
almoço. Antes da pandemia, variávamos de restaurante, a escolha levando em conta a comida, o serviço, a localização e a disponibilidade de mesa redonda ou
quadrada para permitir uma comunicação melhor dos comensais. Ultimamente, fixamo-nos no restaurante do clube, perfeito para nossa reunião, pois somos muito
bem atendidos, a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>comida e bebidas são
muito boas, cada um faz sua escolha e as contas são individualizadas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E, muito importante, continuamos animados, os
assuntos das conversas se mantêm atuais e bastante variados. Dentre o que temos
discutido ultimamente destaca-se a inteligência artificial, uma vez que todos
são familiarizados com programação de computador e uso de aplicativos (alguns
discutem tecnologia demonstrando muito conhecimento). </span><span style="font-family: verdana;">Os cenários sociais e econômicos, no país e no
mundo, são comentados de leve, evitando-se possíveis polêmicas, ocorrências do
nosso tempo na IBM são lembradas e experiências vividas por um ou mais dos
participantes são narradas.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Menos sofisticados, surgem assuntos comuns de
nosso cotidiano, até as particularidades domésticas. Por exemplo, em um dos
almoços em que esposas compareceram, estávamos falando sobre dietas e eu
mencionei que, no café da manhã, costumo tomar dois ovos quentes com torradas.
Uma das esposas me perguntou como eu os preparo e me admirei com o interesse e
a delicadeza dos amigos ao me ouvirem descrever o procedimento todo!<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Meus devaneios foram interrompidos pela chegada dos
colegas e começamos os “trabalhos”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nesse almoço tivemos menos participantes, estávamos
seis à mesa porque alguns amigos, que comparecem frequentemente, estavam viajando
e outros tiveram problemas de saúde.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Contudo, tivemos ótima conversa, bem animada como
sempre, sobre assuntos variados. Assunto novo foi o crescimento da produção
mundial de automóveis elétricos, com a observação de que esse aumento depende da
disponibilidade do lítio para a bateria - e um deles mencionou as reservas desse metal em alguns países. E, no final do almoço, decidi perguntar
aos colegas se eles leem e-books (leio e-books e estranho que poucas pessoas o
façam), comentando algumas vantagens que eles oferecem, como alternativa ao
livro impresso. A resposta de todos foi que não os leem; gostam do livro
impresso e não se dispõem a tentar usar o e-book (minha observação é que há uma relação de afeto do leitor com o livro impresso). O assunto levantou outras questões como, por
exemplo, a biblioteca que os colegas têm em casa e o que fazem com ela. Um
deles, que tem milhares de livros, usa um aplicativo disponível na internet para catalogá-los.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Foi mais uma de nossas reuniões extremamente
agradáveis, que durou, como de hábito, cerca de três horas.<span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É importante mencionar que, fundamental para a
manutenção de nossos encontros, é o nosso grupo no WhatsApp, onde nos
comunicamos diariamente, com mensagens, alguns diálogos e encaminhamentos de
notícias, fotos e vídeos que cada um julga de interesse dos amigos.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="mso-border-between: .5pt solid windowtext; mso-padding-between: 1.0pt; mso-padding-top-alt: 0cm; padding-top: 1pt; text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Notas:</span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">1.Cara senhora leitora ou prezado senhor leitor: se
quiser ler a crônica publicada em 2012, use o link:</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://washingtonconceicao.blogspot.com/2012/04/almoco-as-quintas.html">https://washingtonconceicao.blogspot.com/2012/04/almoco-as-quintas.html</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">2.Em cada almoço, tomamos uma fotografia do grupo
à mesa. Não reproduzi uma delas aqui, para evitar dificuldades com o direito de
imagem...</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">3.Hoje,
sou o mais velho do grupo; há outro nonagenário e, em julho, seremos três. Os
participantes mais recentes retêm um pouco nossa média de idade. Já há dois
bisavôs...<o:p></o:p></span></span></p><br /><p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-40589802125640683402024-01-04T12:40:00.000-08:002024-01-04T17:59:48.618-08:00 “An elderly couple no tempo do vírus” – edição bilingue na versão impressa<p style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Cara leitora ou prezado leitor:</span></i></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Venho anunciar a publicação do livro "An
elderly couple<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no tempo do vírus" em
versão impressa. A versão digital (e-book) está disponível desde outubro
último. O título foi uma forma de apresentá-lo como bilíngue.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Quando estudei Inglês e Espanhol, fiz muitos
exercícios de leitura. Depois, no trabalho e agora aposentado, tive e tenho o
hábito de ler livros publicados naqueles idiomas para manter o conhecimento
adquirido. Pelo que observo junto aos amigos, é provável que você faça algo
semelhante.</span><o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOYXm9CotwWssaqCL81sXRPwttHeKYKsfuiUNjW5OqTR8JccwUtOUsvtrjUe3P6Z0zJobmh6XS8BlJbGQn09tP4GCD0vxyCSJGMD_j9OF4e0w3QQ-rQrUWoehrFkNYRbDw60CqFb_CCQoXRKRN8GMSiCPF2FthHJBmEwuCKv_heP_5e4PXFzMFVnHZ7xgq/s4217/CapaImpressoCompletaF.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3053" data-original-width="4217" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOYXm9CotwWssaqCL81sXRPwttHeKYKsfuiUNjW5OqTR8JccwUtOUsvtrjUe3P6Z0zJobmh6XS8BlJbGQn09tP4GCD0vxyCSJGMD_j9OF4e0w3QQ-rQrUWoehrFkNYRbDw60CqFb_CCQoXRKRN8GMSiCPF2FthHJBmEwuCKv_heP_5e4PXFzMFVnHZ7xgq/w400-h290/CapaImpressoCompletaF.jpg" width="400" /></a></div><p></p><hr align="center" size="2" width="100%" /><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst">
</div><p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Após ter publicado “Um casal de idosos no tempo do
vírus” em Português, decidi publicar também sua versão em Inglês, por se tratar
de depoimento de um casal vivendo situação semelhante àquela por que passavam pessoas
no mundo todo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ocorreu-me, então, que a disponibilidade nos dois
idiomas seria útil para exercícios de leitura. Lembrei dos meus estudos, pensando
que teria sido mais fácil compreender os textos em Inglês se eu tivesse lido,
antes, os correspondentes em meu idioma.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pareceu-me, portanto, que, com as duas
publicações, pessoas que, entendendo Português, quisessem exercitar sua leitura
em Inglês, poderiam ler, crônica por crônica, primeiro no livro em Português e,
a seguir, no livro em Inglês. E vice-versa, aquelas que entendessem Inglês
poderiam exercitar sua leitura em Português com procedimento semelhante. Considerando o inconveniente das pessoas terem
de mudar de livro com frequência, decidi reuni-los em uma só publicação,
intercalando as crônicas correspondentes. O livro bilingue passou a ser, além
do relato da vida do casal no isolamento social, um instrumento didático
adicional para o aprendizado de ambos os idiomas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Portanto, para exercícios de leitura, o livro
bilingue deverá ser um recurso adicional para escolas de idiomas, treinamento
de colaboradores em empresas multinacionais e para autoestudo.<o:p></o:p></span></p><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É importante considerar que o assunto do livro, a
vida de pessoas durante a terrível pandemia que assolou o mundo todo, é de
interesse geral e tem valor histórico. Apresento o livro assim:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Quando o Covid19 atacou a humanidade, Leilah e
Washington, octogenários, tiveram de se recolher ao isolamento social. Nessa
condição inédita, vivida no mundo todo, o casal brasileiro, residente no Rio de
Janeiro, sobreviveu à fase mais grave da pandemia. O livro registra o dia a dia
dos dois no período de março de 2020 a março de 2022, as dificuldades, sua
forma de enfrentá-las, suas atividades e seu controle pessoal para não se
deixarem abater. Nos tempos mais difíceis, analisavam aquela situação esdrúxula,
estapafúrdia mesmo, que estavam vivendo, sentindo-se infelizes por estarem
privados de ver os filhos e netos, de estarem com os amigos, de passearem
livremente pela cidade maravilhosa. A pergunta se repetia: “Até quando?”.<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">A expectativa do autor é que os fatos aqui
narrados venham a ser de interesse para nossos pósteros e que, para os
sobreviventes da pandemia, sirvam de lembrança da luta insólita nesse tempo
sombrio. Sim, <b>para que não esqueçamos</b>.”</span></i></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Embora o e-book ofereça vantagens em comparação
com a versão impressa, a grande maioria das pessoas com as quais tenho abordado
o assunto prefere o livro impresso ou, simplesmente, não se interessou ainda
por e-books. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No Brasil, a versão impressa, fornecida por
encomenda, está disponível na Amazon.com.br (que também oferece o e-book) e na Loja Uiclap (na
internet).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em outros países, as duas versões do livro estão
disponíveis nas respectivas lojas Amazon.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">O prazer de quem escreve é ser lido. Se este
livro bilingue interessar a escolas de idiomas e a empresas, além dos meus
leitores habituais, ficarei muito satisfeito.</span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington
Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></span></i></b></p><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nota:</span></b></p><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para acessar o livro, basta pesquisar pelo título (An
elderly couple no tempo do vírus) nos sites das livrarias virtuais
(amazon.com.br: loja uiclap; amazon.com; amazon.co.uk e as amazon de outros países).
Para facilitar, informo abaixo alguns links para acesso direto.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">No
Brasil:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Na amazon.com.br:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.com.br/s?k=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1M7EB1FPD657E&sprefix=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus%2Caps%2C237&ref=nb_sb_noss">https://www.amazon.com.br/s?k=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1M7EB1FPD657E&sprefix=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus%2Caps%2C237&ref=nb_sb_noss</a>
<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Na Loja Uiclap:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;"><a href="https://loja.uiclap.com/?s=An+elderly+couple+no+tempo+do+virus&post_type=product">https://loja.uiclap.com/?s=An+elderly+couple+no+tempo+do+virus&post_type=product</a>
<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">Nos
Estados Unidos:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.com/s?k=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=KA73PPOKULDI&sprefix=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus%2Caps%2C225&ref=nb_sb_noss">https://www.amazon.com/s?k=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=KA73PPOKULDI&sprefix=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus%2Caps%2C225&ref=nb_sb_noss</a>
<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">No Reino
Unido:<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.co.uk/s?k=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus&i=stripbooks&crid=1M7WUPKSM4Q06&sprefix=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus%2Cstripbooks%2C271&ref=nb_sb_noss">https://www.amazon.co.uk/s?k=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus&i=stripbooks&crid=1M7WUPKSM4Q06&sprefix=an+elderly+couple+no+tempo+do+virus%2Cstripbooks%2C271&ref=nb_sb_noss</a>
<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b><span style="font-family: verdana;"> <o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
</p><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><br /></i></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-79362806984854965402023-12-23T13:35:00.000-08:002023-12-23T13:35:58.272-08:00Mensagem de Final de Ano<p><span style="font-family: verdana;">Dentre meus amigos leitores, vários recebem habitualmente
minha carta de final de ano, cuja história contei na crônica “A História de
Minha Carta de Natal”, publicada em dezembro de 2012.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Iniciei a carta deste ano com a mensagem
que envio, agora, a todos que me honram com sua visita ao blog:</span></p>
<p align="left" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b><i><span style="font-family: verdana;">"Caríssimos:<o:p></o:p></span></i></b></p>
<p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><i><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;">Boas Festas!<o:p></o:p></span></span></i></b></p>
<p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><i><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;">Feliz Natal e
um Ano Novo melhor.<o:p></o:p></span></span></i></b></p>
<p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><i><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;">Como faziam, antigamente,
na chegada do novo ano, vamos cantar:<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><i><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;">Boa noite, Ano
Velho!<o:p></o:p></span></span></i></b></p>
<p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><i><span style="color: red;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></span></i></b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qLDabOfSrmQIa1Q4gBR6pkuPYxkDEgY8jZZHaIDU3Es1evpOE1Yvh98vqhcp4pTIvC6KymQay77GwmLZKTc6o_IuqEwnDbKWNPqrCtQEFl926FurfH3sOcYt9DlDXgNtsOGqPMPfZo-Ldco-kH97aMtIwXLTKRSvf0lSTbMU9Q62O7wUOPHnEQGf-0BK/s1430/PorDoSolReduzido_F.jpg" imageanchor="1" style="font-family: verdana; font-style: italic; font-weight: bold; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="698" data-original-width="1430" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qLDabOfSrmQIa1Q4gBR6pkuPYxkDEgY8jZZHaIDU3Es1evpOE1Yvh98vqhcp4pTIvC6KymQay77GwmLZKTc6o_IuqEwnDbKWNPqrCtQEFl926FurfH3sOcYt9DlDXgNtsOGqPMPfZo-Ldco-kH97aMtIwXLTKRSvf0lSTbMU9Q62O7wUOPHnEQGf-0BK/s320/PorDoSolReduzido_F.jpg" width="320" /></a><b><i><span style="color: red;"><o:p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></o:p></span></i></b><b><i><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></i></b></p><p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><i><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;">Bom dia, Ano
Novo!</span></span></i></b></p><p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><i><span style="color: red;"><o:p><span style="font-family: verdana;"></span></o:p></span></i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGe8ucPlgbk1fhkqO7IZBatE89aQc_b40T0CnH9YWp8EkZoUUbjsxbvLEPIdD65YPyHU36ydzPzRzflzE_dIeUIjyMusGgVZC8Qw2zcFIF2LNQfZPz2DK39ZeA0SFKgOPBk944DOKseOyu1piGPJuwvMQbXdAaG7XVN9JpJdRj_yL0GjWw9tajHh74_hSV/s1426/NascerrDoSolReduzido_F.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="697" data-original-width="1426" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGe8ucPlgbk1fhkqO7IZBatE89aQc_b40T0CnH9YWp8EkZoUUbjsxbvLEPIdD65YPyHU36ydzPzRzflzE_dIeUIjyMusGgVZC8Qw2zcFIF2LNQfZPz2DK39ZeA0SFKgOPBk944DOKseOyu1piGPJuwvMQbXdAaG7XVN9JpJdRj_yL0GjWw9tajHh74_hSV/s320/NascerrDoSolReduzido_F.jpg" width="320" /></a></span></i></b></div><p></p><p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><i><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;">Desejando que
todos tenhamos, em 2024, muitos momentos felizes e que os possíveis
aborrecimentos sejam poucos e insignificantes, lhes enviamos nosso abraço de
final do ano.</span></span></i><span style="color: #501549; font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><i><span style="color: #501549;"><span style="font-family: verdana;">Washington e Leilah"</span></span></i></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><span style="font-family: verdana;">
</span></span></b></div>
<p class="MsoNormalCxSpLast"><span style="font-family: verdana;"><b><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"><i>Washington Luiz Bastos Conceição</i></span></b></span></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;"><b><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></b></div><p class="MsoNormalCxSpLast"><span style="font-family: verdana;"><b><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;">Notas:</span></b><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;"> </span></span></p><p class="MsoNormalCxSpLast"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #501549; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;">1. O link para ler a crônica mencionada é:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoListParagraph"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://washingtonconceicao.blogspot.com/2012/12/a-historia-de-minha-carta-de-natal.html">https://washingtonconceicao.blogspot.com/2012/12/a-historia-de-minha-carta-de-natal.html</a>
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><o:p></o:p></p><p class="MsoListParagraph"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-spacerun: yes;">2. A foto do por do sol foi recebida por WhatsApp.</span></span></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-32513928876993486552023-11-17T06:47:00.000-08:002023-11-17T07:07:01.998-08:00Um casal de idosos e a operação doméstica – Segunda parte<p style="text-align: justify;"><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Senhora leitora ou senhor leitor:</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Leilah e eu sentimos o avançar da idade (em maio próximo a soma de
nossas idades será 180 anos), fazemos o possível para permanecer neste
mundo, apesar do desgaste físico, e costumamos dizer que estamos relativamente
bem. As observações dos amigos nos encorajam.<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Transmitir nossa experiência de vida é a razão de eu vir lhes descrever,
minuciosamente, atividades domésticas do casal, atividades comuns que todas as famílias
praticam e, provavelmente, nos ajudam a continuar ativos.<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Na primeira parte desta crônica, fiz uma introdução sobre o novo enfoque
de vida dos idosos que, aposentados, têm ainda pela frente, além de outras
atividades, as tarefas da operação doméstica. Também resumi o currículo do
casal quanto às atividades dessa natureza e passei a descrever como Leilah e eu
fazemos nosso trabalho de planejamento e controle financeiro e de compras. No
final prometi descrever, nesta segunda parte, “várias outras tarefas
domésticas, como aquelas que envolvem cozinha e a manutenção da casa, que ocupam
bastante nosso tempo.” É o que vou fazer agora.</span></span></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Atendendo a manutenção da casa
e dos equipamentos<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Gostamos muito de nosso apartamento – é um relacionamento que vai
completar 54 anos em janeiro próximo – e sentimos que ele continua sendo o
ideal para nós. O Meia Lua (apelido do edifício) tem cerca de 100 unidades, o
que lhe dá escala para manter uma equipe de serviços que nos atende muito bem.
Sua localização é excelente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Como é muito comum em edifícios construídos há anos, os apartamentos do
nosso prédio requerem serviços de manutenção, especialmente das tubulações de
água. As reparações em nosso apartamento se tornam pequenas reformas, que
exigem do casal as providências necessárias e muita paciência. Atuamos de comum
acordo; ambos se envolvem, mas eu assumo o acompanhamento dos serviços e Leilah
faz a avaliação e a aceitação, ou seja, faz o papel de cliente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Quanto aos equipamentos: são vários eletrodomésticos e eletrônicos de
uso corrente em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>residências; frequentemente,
algum deles apresenta defeito, quebra ou simplesmente para de funcionar. Raramente
consigo consertar algum aparelho ou objeto (precisa ser algo muito simples e
que não exija ferramenta específica), de modo que temos de recorrer a um
técnico (caso dos computadores, por exemplo), mas sempre procuramos entender o
defeito e saber como está sendo corrigido.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Rotinas diárias<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">A limpeza e arrumação da casa é gerenciada pela Leilah, que é muito mais
observadora do que eu. Ela orienta e acompanha o trabalho das diaristas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Outra atividade diária da Leilah é a lavagem de roupa. Embora pouco
saiamos de casa, há roupa para lavar todo dia. Logo de manhã, ao se levantar,
ela se encaminha à área de serviço sobraçando uma pilha de roupa que leva à
máquina de lavar e põe esta a funcionar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Na atividade de estender a roupa lavada nos varais da área de serviço e
de, mais tarde, recolher a roupa seca, eu sou o auxiliar. Não deixa de ser um
exercício físico.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Outras rotinas diárias, que fazemos quase automaticamente) são: lavar e
guardar a louça, guardar roupa nos armários (nesta, sou muito relapso), “fechar
a casa” à noite (portas, janelas, cortinas)... <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Observação importante: como meu automatismo aumentou com a idade, nas
atividades rotineiras preciso me manter focado para não trocar as bolas.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">As atividades culinárias –
forno e fogão<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Estas são, talvez, das atividades domésticas, aquelas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que dão mais satisfação à Leilah. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Como já contei, ela, quando mocinha, aprendeu a cozinhar com a mãe, durante
as férias escolares. Depois de casada, trabalhando fora, tinha a ajuda de
empregada, principalmente quando vieram os filhos. Porém, não deixou de
cozinhar. Eu me encarregava apenas dos churrascos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Hoje, Leilah providencia os mantimentos, orienta a diarista cozinheira
que, em um dia, prepara a comida básica para a semana (usamos o freezer).
Leilah também prepara algumas refeições especiais para variarmos o cardápio,
como um bom bacalhau, peixe assado, risoto de camarão, filé grelhado,
strogonoff, “spaghettini”, “linguini”...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">É oportuno observar que cozinhar é uma tarefa cansativa para os idosos.
Ficar de pé muito tempo, lidar com o fogão e o forno, com panelas, talheres e
louça e ir aos armários e à geladeira constituem um exercício intenso. No caso
da Leilah, o marcapasso está colaborando bastante.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Os extras, as novidades, são um capítulo à parte. Já escrevi sobre o
bolo de fubá e a máquina de macarrão no tempo da pandemia. Mais recentemente,
Leilah resolveu fazer pão – pão sem glúten – usado em minha dieta. Foi à
Internet, assistiu a alguns vídeos e resolveu experimentar. Ficou ótimo e,
agora, entrou em produção regular, e é o pão de nosso café da manhã.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Quando estivemos em São Paulo em julho, Leilah aprendeu a fazer iogurte,
que ela usa em seu café da manhã. Passou a fazer regularmente e é mais gostoso
do que aquele que ela comprava no supermercado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Quanto a minhas atividades na cozinha, sou responsável pelo café da
manhã, nosso “breakfast”. Faço o café, preparo meus ovos quentes e as torradas
de pão de glúten, sirvo a mesa para a Leilah, o que inclui levar, da geladeira,
mamão, ameixas pretas em sua água e iogurte; na segunda fase, tomamos café com
leite e comemos o pão sem glúten, com manteiga. É, também, um trabalho de
garçom, de forma que tenho de combinar fazer minha refeição com o serviço à
Leilah (o que não é fácil, pois, em geral, os garçons comem antes dos
clientes).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Sou também responsável pelo congelamento de comida preparada e dos
insumos por cozinhar, faço a etiquetagem das vasilhas (tupperware) e controlo
as entradas e saídas do freezer. Ou seja, tenho a função de almoxarife.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Tenho outras tarefas de auxiliar, como por e tirar a mesa às refeições e
ajudar na preparação do pão.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Enfim, a cozinha para nós é um tanto divertida, é uma espécie de
playground de idosos.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">É importante comentar que, como em todas as atividades, temos de ser
extremamente cuidadosos ao realizar as tarefas domésticas – temos de nos
movimentar com cuidado, evitando o desequilíbrio, não devemos tentar carregar
objetos pesados, prestar muita atenção ao lidar com comida e bebida quentes.
Enfim, não podemos abusar de nossa atual capacidade física e devemos, sempre, evitar riscos de acidentes.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></span></span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b style="font-family: verdana; text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;">Nota</span></b><span style="color: #002060; font-family: verdana; text-align: justify;">:</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Quanto às diaristas: somos atendidos por duas; cada uma delas, uma
vez por semana.</span><o:p></o:p></span></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-54424639349391727812023-11-08T05:05:00.003-08:002023-11-08T05:07:49.131-08:00Um casal de idosos e a operação doméstica - Primeira parte<p style="text-align: justify;"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Depois de uma vida inteira com preocupações de estudo, trabalho,
atividades sociais, cuidados com a família e cuidados pessoais, os idosos
voltam a sentir a importância das necessidades básicas da vida e seu foco se
torna a sobrevivência. Aposentados, em sua grande maioria, passam a maior parte
do tempo em casa, redobrando a preocupação e os cuidados com a saúde – do corpo
e da mente – e, em geral, assumem algumas atividades domésticas; no mínimo, acompanham
e supervisionam os trabalhos. No nosso caso, do casal Leilah e Washington, bem
mais do que isso. Temos de pôr “a mão na massa”, na medida de nossas
possibilidades, física e financeira. Em consequência, a operação doméstica requer
muita atenção, esforço e tempo nossos, a ponto de termos de usar a experiência
e recursos semelhantes àqueles de nossa atividade profissional pregressa.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Chamo, aqui, “operação doméstica” as atividades de planejamento e controle financeiro
do casal; a programação e a realização das compras (de
mantimentos e medicamentos, principalmente); o acompanhamento dos pedidos e a recepção de
mercadorias; a preparação dos alimentos e sua conservação na geladeira e
congelador, a limpeza, a arrumação e a manutenção da casa (apartamento, no
nosso caso); a gerência das auxiliares e a interação com o pessoal do
condomínio. Não estão incluídas nossas outras atividades, como os exames,
consultas e tratamentos médicos; a comunicação e reuniões com a família e
amigos; a leitura, meus escritos e nosso lazer.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Minha impressão, com base em observação pessoal, é de que os idosos que
conhecemos vivem situações semelhantes, diferentes apenas em detalhes de saúde,
preferências pessoais e recursos. Por essa razão tenho a pretensão de considerar válida
minha iniciativa de escrever sobre nossa experiência, esperando que seja útil
para os leitores esta minha narração de como enfrentamos e continuamos a enfrentar
as dificuldades trazidas pela idade avançada, mantendo-nos no estado que chamo
“relativamente bem”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Observação aos leitores: quem imagina que a aposentadoria é apenas descanso ("sombra e
água fresca") deve se preparar para as atividades que, pessoalmente, ainda terá
pela frente.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Antecedentes de Leilah e
Washington<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Antes da aposentadoria, Leilah e eu trabalhávamos fora de casa. Nos
últimos anos, como consultores; antes, durante muitos anos, como empregados; no
meu caso, principalmente na IBM (24 anos) e a Leilah em uma empresa industrial
cliente da IBM. Nossa formação universitária e início de trabalho em Engenharia
(eu) e Arquitetura (Leilah) nos deram base para uma carreira profissional que
nos possibilitou construir a família e preparar e encaminhar os quatro filhos. </span></span><span style="color: #002060; font-family: verdana;">Hoje, procurando nos adaptar a esta fase da vida, utilizamos nas ações e
tarefas diárias o que aprendemos em casa, na convivência social e no trabalho
em empresas – nestas, as técnicas utilizadas e o relacionamento com as pessoas.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Em casa, na infância e juventude, aprendemos com os pais e empregados a
executar tarefas domésticas, conforme as necessidades e critérios daquele
tempo. Por exemplo, Leilah aprendeu a cozinhar com sua mãe, nas férias
escolares; eu aprendi a fazer o café da manhã e, auxiliando minha mãe quando
estávamos sem empregada doméstica, a varrer a casa e tirar o pó dos móveis.
Também era incumbido de fazer compras na padaria, no armazém de secos e
molhados e na quitanda (um pequeno mercado hortifruti) quase diariamente, pois
no tempo da segunda guerra não tínhamos geladeira. Ainda não tínhamos supermercados em São Paulo – havia as feiras livres e o
grande mercado central da cidade. Meu pai fazia compras na feira livre aos domingos e
os filhos ajudavam a carregar as sacolas – e o transporte era bonde elétrico.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Quando Leilah e eu nos casamos, as tarefas domésticas continuaram
necessárias, apenas os recursos evoluíram muito. Como ambos trabalhávamos fora
de casa, ao chegarem os filhos precisamos contratar uma empregada doméstica
capaz de atender a casa e os meninos – e a Leilah supervisionava toda a
operação doméstica. Minha atuação principal era junto às crianças. Dávamos
conta do recado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Este esquema durou até os filhos, já adultos, saírem de casa, com exceção de nossa
temporada de um ano e meio nos Estados Unidos, quando a Leilah, sem empregada,
fazia todo o serviço doméstico e cuidava dos três meninos (a filha veio
depois). Eu a auxiliava nos fins de semana e, de segunda a sexta-feira, apenas
a partir das sete horas da noite.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Quando, muitos anos depois, os filhos se mudaram, a necessidade de
auxílio doméstico diminuiu e passamos a usar a solução de diaristas domésticas
– o que acontece até hoje.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Cara leitora ou prezado leitor: </span></span></i><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Depois dessa apresentação resumida de nosso longo currículo vitae, passo
à descrição de nossas atividades atuais.</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Planejamento e controle financeiro.<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Leilah se encarrega de fazer, há já muitos anos, as operações fundamentais
de controle financeiro do casal. Cuida de nossa principal conta bancária, o que
envolve pagamentos, inclusive débitos automáticos, verificação dos lançamentos
e, sempre que necessário, comunicação com o gerente da conta no banco. É uma
atividade diária que requer muita atenção. Faz o controle financeiro utilizando
uma planilha Excel que preparei há já alguns anos, lançando as receitas e
despesas devidamente codificadas, como se faz nas empresas. A planilha é
semelhante às planilhas manuais que eu usava no planejamento operacional dos setores que
gerenciei na IBM. A codificação dos lançamentos foi estabelecida pela Leilah,
de forma análoga àquelas que ela usava quando gerente e consultora de
informática nas empresas em que trabalhou. Entre parênteses: nas empresas que
atendíamos, era comum pessoas pensarem que ela, arquiteta, era formada em
finanças e contabilidade.</span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; font-family: verdana;">Com esse trabalho, temos os valores dos rendimentos e das despesas por
tipo ao longo do ano. Periodicamente, fazemos, em conjunto, análises dos
números e algumas previsões. Esse controle é muito importante para nosso plano
de vida, para saber “a quanto andamos” e que ações tomar para mantermos o rumo
do barco.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">A tarefa anual da declaração do imposto de renda é de minha incumbência.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">As compras do dia a dia.<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #002060;">Outras atividades rotineiras
de suma importância, essenciais para a</span><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"> sobrevivência, são as compras de supermercado e de
drogaria. Até 2019, antes da pandemia Covid-19, o casal de octogenários fazia
suas compras presencialmente. Já não usávamos automóvel próprio, recorríamos a
taxis e Uber; compras por internet eram exceções. Durante a pandemia, só
fizemos compras para entrega em domicílio; hoje, no “novo normal”, continuamos
recorrendo à internet e ao telefone; pequenas compras presenciais são exceções.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">A atividade de compra requer a criação de um sistema – cada pessoa tem o
seu, mesmo que não haja nenhum roteiro escrito. Em nosso caso, nas compras de
supermercado, em intervalos pré-estabelecidos, usamos uma lista básica de
itens, cujo estoque levantamos e, com base na experiência de consumo, anotamos
quais teremos de comprar e quanto de cada um. Leilah vai ao computador e, ao
entrar no site de nosso fornecedor habitual, faz todo o processo de pesquisar
marcas e preços, usar promoções e os descontos de fidelidade. O site apresenta
dificuldades, pois não é muito amigável e sofre alterações frequentes, de modo
que a operação da Leilah se torna cansativa e, às vezes, enervante. Algumas
vezes, há necessidade de interromper o trabalho e telefonar para o suporte do site para
conseguir a correção necessária. Finalizada a compra e estabelecida a data e
horário de entrega, Leilah descansa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">O recebimento da compra é minha tarefa – são caixas e sacolas
depositadas na área de serviço, que eu abro uma a uma, verifico o estado dos
itens e já os coloco nos locais habituais do armário da despensa, da geladeira
ou do congelador, dando a informação das entradas à Leilah, que anota em sua
lista do pedido (impressa no computador) e verifica a nota fiscal. Quando tenho dificuldade com o peso
das sacolas, peço ajuda à diarista. Esta operação dura umas duas horas e me
deixa cansado, mas continuo a enfrentá-la sem problemas. Nos casos de erros na
entrega, Leilah cumpre a rotina de reclamar por telefone e o supermercado traz no
dia seguinte o item faltante ou faz a troca necessária.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">O sistema tem funcionado bem.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;"><i>Cara leitora ou prezado leitor:</i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;"><i>Sei que você tem seus próprios métodos, mais sofisticados
talvez, pois as operações domésticas
variam com o tipo de vida, as necessidades e recursos de cada um. Como de
hábito, procuro descrever o comportamento do casal frente ao avançar da idade,
buscando sempre se manter em atividade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;"><i>Várias outras tarefas domésticas, como aquelas que envolvem cozinha e a
manutenção da casa, ocupam bastante nosso tempo. Para você descansar, deixo
para descrevê-las na próxima crônica.</i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></i></b><span style="color: #002060;"><o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">
</span><hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-54874844619132604702023-10-11T14:41:00.001-07:002023-10-11T14:44:39.809-07:00“O casal de idosos” em edição bilingue<p style="text-align: justify;"> <span style="font-family: verdana;">Cara leitora ou prezado leitor:</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Venho anunciar nova publicação, um livro digital
com título curioso: "An elderly couple<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>no tempo do vírus". Foi um jeito de apresentá-lo como bilíngue.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A história é a seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Depois de haver publicado, em 2022, “Um casal de
idosos no tempo do vírus” e sua versão em Inglês “An elderly couple in the time
of the vírus”, lembrei-me de meus estudos de Inglês, quando exercitava a
leitura desse idioma em livros didáticos sem ter, porém, lido antes os textos
correspondentes em Português. Isto, certamente, facilitaria a compreensão da
leitura. Pareceu-me, portanto, que, com as duas publicações, pessoas que,
entendendo Português, quisessem exercitar sua leitura em Inglês, poderiam ler,
crônica por crônica, primeiro no livro em Português e, a seguir, no livro em
Inglês. E vice-versa, aquelas que entendessem Inglês poderiam exercitar sua leitura em
Português com procedimento semelhante.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Considerando o inconveniente da pessoa ter de mudar de livro com
frequência, decidi reuni-los em uma só publicação, intercalando as crônicas
correspondentes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É importante considerar que o assunto do livro, a
vida de pessoas durante a terrível pandemia que assolou o mundo todo, é de
interesse geral e tem valor histórico. Apresentei o livro assim:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Quando o Covid19 atacou a humanidade, Leilah e
Washington, octogenários, tiveram de se recolher ao isolamento social. Nessa
condição inédita, vivida no mundo todo, o casal brasileiro, residente no Rio de
Janeiro, sobreviveu à fase mais grave da pandemia. O livro registra o dia a dia
dos dois no período de março de 2020 a março de 2022, as dificuldades, sua
forma de enfrentá-las, suas atividades e seu controle pessoal para não se
deixarem abater. Nos tempos mais difíceis, analisavam aquela situação
esdrúxula, estapafúrdia mesmo, que estavam vivendo, sentindo-se infelizes por
estarem privados de ver os filhos e netos, de estarem com os amigos, de
passearem livremente pela cidade maravilhosa. A pergunta se repetia: “Até
quando?”.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">A expectativa do autor é que os fatos aqui
narrados venham a ser de interesse para nossos pósteros e que, para os
sobreviventes da pandemia, sirvam de lembrança da luta insólita nesse tempo
sombrio. Sim, <b>para que não esqueçamos</b>.”</span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O prazer de quem escreve é ser lido. Se este livro
bilingue interessar a empresas e escolas de
idiomas, por exemplo, </span><span style="font-family: verdana;">além dos meus leitores habituais,</span><span style="font-family: verdana;"> </span><span style="font-family: verdana;"> ficarei muito satisfeito.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A versão e-book apresenta as vantagens conhecidas
de preço (neste caso, o equivalente a quatro dólares); entrega imediata sem custo de frete; cada
“exemplar” fica disponível em celular, tablet e computador; há um dicionário
embutido no aplicativo Kindle; as imagens podem ser coloridas; não requer <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>espaço em estante e é incorporado à biblioteca
digital de cada dispositivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Considerando aquelas pessoas que preferem a versão
impressa, vou aguardar a oportunidade de um projeto com alguma instituição que
se interesse pela publicação.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: right;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington
Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nota:</span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Verifiquei que o e-book está disponível nos links:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No Brasil:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.com.br/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=3P0U4HD8R751U&keywords=washington+luiz+bastos+concei%C3%A7%C3%A3o&qid=1697034711&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C309&sr=8-1">https://www.amazon.com.br/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=3P0U4HD8R751U&keywords=washington+luiz+bastos+concei%C3%A7%C3%A3o&qid=1697034711&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C309&sr=8-1</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Nos Estados Unidos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.com/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_2?crid=2PRWRY7234ZI7&keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1697034847&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C405&sr=8-2">https://www.amazon.com/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_2?crid=2PRWRY7234ZI7&keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1697034847&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C405&sr=8-2</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Na França:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.fr/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_2?__mk_fr_FR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=HJKH7Y425IRM&keywords=washington+bastos+conceicao&qid=1697035393&s=books&sprefix=washington+bastos+conceicao%2Cstripbooks%2C271&sr=1-2">https://www.amazon.fr/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_2?__mk_fr_FR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=HJKH7Y425IRM&keywords=washington+bastos+conceicao&qid=1697035393&s=books&sprefix=washington+bastos+conceicao%2Cstripbooks%2C271&sr=1-2</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Na Alemanha:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.de/-/en/Washington-Luiz-Bastos-Concei%C3%A7%C3%A3o-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_1?keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1697035630&sr=8-1">https://www.amazon.de/-/en/Washington-Luiz-Bastos-Concei%C3%A7%C3%A3o-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_1?keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1697035630&sr=8-1</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Na Inglaterra:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.co.uk/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_9?crid=3FVXURU3TTZ75&keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1697035855&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C287&sr=8-9">https://www.amazon.co.uk/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_9?crid=3FVXURU3TTZ75&keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1697035855&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C287&sr=8-9</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Na Espanha:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.es/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_7?__mk_es_ES=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=17IM0N4X75HKQ&keywords=washington+baston+conceicao&qid=1697036151&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C268&sr=8-7">https://www.amazon.es/elderly-couple-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0CKS4B6CP/ref=sr_1_7?__mk_es_ES=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=17IM0N4X75HKQ&keywords=washington+baston+conceicao&qid=1697036151&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Caps%2C268&sr=8-7</a>
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><o:p> </o:p></p>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</div>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-59205261972923771112023-09-01T12:44:00.004-07:002023-09-04T05:28:47.455-07:00Por falar em casamento...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um amigo de há muitos anos, menos idoso do que eu
mas já octogenário, tem ótimas recordações de sua infância e juventude em
Ipanema e de sua atividade profissional no Rio de Janeiro. Ele compara as
condições de vida, (como segurança, por exemplo) e as manifestações artísticas
e culturais (como cinema por exemplo) de anos atrás e as de hoje. E acha estas
muito piores. Repete uma frase, que ele mesmo afirma que não é
originalmente sua: “Meu mundo me deixou!”.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Confesso que faço um esforço para não sentir o
mesmo porque vejo que, realmente, o mundo mudou muito – e sinto que, em muitos
aspectos, não foi para melhor. Porém, considero que a tendência das
pessoas é esquecer as dificuldades e tristezas do passado, recordando-se melhor
das coisas boas que lhes aconteceram. Além do fato básico: a idade nos traz
muitas limitações, tornando nossa vida, hoje, mais difícil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Prefiro observar que, durante todos meus longos
anos, as modificações foram muitas, não só dos avanços tecnológicos como dos
costumes (uns muito ligados aos outros). Minha frase seria: “O mundo mudou
muito e está difícil me adaptar às mudanças todas”. Acompanhar a vida de meus
filhos e de meus netos me ajuda muito no esforço, embora eu não pretenda
abandonar minhas convicções fundamentais.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dentre os costumes que mudaram desde nossa
juventude, um assunto de que, curiosamente, não tratamos foi a instituição do
casamento – que sofreu mudanças muito importantes desde nossa geração. É o
assunto desta crônica.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No tempo de meu casamento, este era considerado uma
união em que os noivos assumiam o compromisso de se manterem unidos “até que a
morte os separasse”; o noivo passava a ser o provedor da família, ou seja, o
responsável pelo sustento da esposa e filhos. Era esperado – e até uma questão
de honra – que a noiva se casasse virgem, embora não se exigisse o mesmo do
noivo.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando a união não resultava feliz e se tornava
insuportável, as separações eram resolvidas por um processo doloroso chamado
desquite (não havia, ainda, o divórcio no Brasil). Os desquitados não podiam se
casar novamente <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(era comum casarem-se no
exterior, no Uruguai, por exemplo) e, de certa forma, ficavam marcados
socialmente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com a ascensão das mulheres mediante novas
atividades de trabalho fora de casa, sua liberação mediante o uso de anticoncepcionais,
e com a instituição do divórcio no Brasil, o matrimônio ganhou, de forma
gradativa, características diferentes. Os namoros firmes se tornaram íntimos,
de forma a servirem de teste para uma união definitiva, que poderia levar ao
casamento. Não posso evitar a comparação dessa experiência com os testes a que
os softwares da IBM eram submetidos antes de serem oferecidos aos clientes – o
alfa teste, para dar prosseguimento ao projeto, e o beta teste, para anunciar o
produto. No caso dos namorados, o alfa teste seria o relacionamento íntimo e o
beta teste a experiência de morarem juntos, antes de decidirem sobre o
casamento. </span><span style="font-family: verdana;">Mais recentemente, foi instituído o casamento para
pessoas do mesmo sexo.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ou seja, as normas sociais relativas ao casamento mudaram
profundamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Agora, a questão: mudaram para soluções piores?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Apesar de sentir uma certa tristeza romântica,
tenho de reconhecer que não, quando me lembro quanto sofreram casais cujo
enlace não teve sucesso, alguns causando uma infelicidade profunda; e que não
puderam se separar por pressão da família e mesmo social, muitas vezes para não
prejudicar os filhos que, afinal, também sofriam com a situação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Observo, hoje, que as separações de casais, nem
sempre amigáveis, são aceitas como solução pelos parentes, amigos e até pelos
filhos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O divórcio substituiu com muita vantagem o
desquite e o compromisso de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>união
estável resolveu muito bem os casos de segundo casamento e aqueles em que o
casal tem dúvida quanto ao compromisso firme do casamento propriamente dito. E
há, ainda, o caso daqueles que, felizes com sua união informal, não se
preocupam com alterar seus status; e alguns<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>decidem se unir firmemente, mas, por circunstâncias, continuam morando
cada um em sua casa.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E, felizmente, o casamento continua sendo motivo
para comemorações tão festivas quanto as famílias queiram e as possam realizar.
E foi, justamente, um evento muito agradável que me levou a comentar o assunto.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Muitos dos amigos de meus filhos se tornaram
nossos amigos (do casal Leilah e Washington). A maioria deles é de amigos de
infância e juventude, do bairro e das escolas. Frequentaram nossa casa,
especialmente nos aniversários e nas transmissões de jogos da copa do mundo, e
hoje dão muita atenção aos velhinhos.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um deles, com quem temos tido contato frequente,
convidou nossa família, no mês passado, para a cerimônia e a comemoração do
casamento de sua filha, que seriam realizadas em sua casa, situada em um bairro
afastado do Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como o convite foi feito aos meus três filhos que
moram no Rio e respectivos cônjuges, além do neto carioca e do casal idoso
(éramos nove pessoas), decidimos fretar uma van. O motorista recolheu os passageiros
nas respectivas residências, nos levou ao local da festa (foi uma longa viagem)
e passou a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>esperar para nos trazer de
volta.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O local do evento é uma propriedade que consta de
um terreno com a extensão de um sítio, com um grande jardim gramado e
arborizado, e as casas da família.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A cerimônia propriamente dita foi realizada ao ar
livre, com cadeiras e corredor central sobre gramado, organizados à semelhança
de uma igreja. No final do corredor, uma mesa (na posição que corresponderia ao
altar) que aguardava a juíza de paz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando chegamos, já havia muitos convidados.
Leilah e eu nos sentamos e os “meninos” passaram a circular conversando com os
amigos. Os noivos e os pais estavam
se preparando para a cerimônia. </span><span style="font-family: verdana;">O tempo estava nublado, ameaçando chuva.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com a chegada da juíza, iniciou-se a cerimônia: exatamente o ritual de entrada na igreja – os padrinhos com as mães dos noivos, duas meninas levando flores
e, no final, nosso amigo conduzindo a filha em seu belo vestido de noiva. O
noivo os esperava em frente à mesa da juíza. Todo esse movimento foi
acompanhado de música ao vivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A juíza conduziu a cerimônia, discursou. De
início, apesar da ameaça de chuva, anunciou que não iria chover (e acertou);
depois, historiou o relacionamento dos noivos, dando ênfase à legalização dos
casamentos. Passou ao diálogo de praxe com os noivos e os declarou casados.
Ao colher no livro as assinaturas das testemunhas, uma nota de emoção: os avós da noiva
foram chamados para assinar também.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Após a cerimônia, encerrada com nova fala da
juíza, os convidados se dirigiram à casa central para os comes e bebes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Havia acomodação em mesas para todos os convidados
(não sou bom avaliador de quantidade de pessoas em reuniões; achei que eram, no mínimo,
duzentos os convidados, mas o DJ falou em trezentos). As comidinhas e bebidas foram muito bem servidas, a música bastante apreciada por todos e a pista de dança foi devidamente utilizada. Em resumo,
um ”festão” para ninguém botar defeito.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A van nos trouxe de volta, casa por casa, com um
serviço muito bom do motorista que até ajudou no embarque e desembarque dos
idosos. Durante a viagem, comentamos, satisfeitos, a excelência da festa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em particular, destacamos a emoção do pai da
noiva, pessoa sempre muito animada, que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>chegou ao pranto, e a confraternização dos
colegas da Escola Americana do Rio de Janeiro.</span></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pensei: se me perguntarem “Então Washington,
você pensa que a instituição do casamento está morrendo?”, minha resposta será:
“Não, penso que apenas mudou de características. Contudo, a comemoração
continua emocionante para a família e agradabilíssima para os amigos.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Viva o casamento, em todas as suas modalidades!</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington
Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Notas:</span></b></p><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"></p><ol><li><span style="font-family: verdana;">Leilah e Washington estão casados há 63 anos e 8 meses.</span></li><li><span style="font-family: verdana;"><em><span style="background: white; color: #5f6368; font-style: normal;">Meu
amigo disse que a frase “Meu mundo me deixou.” é de François</span></em><span style="background: white; color: #4d5156; mso-bidi-font-family: Arial;">-</span><em><span style="background: white; color: #5f6368; font-style: normal;">René</span></em><span style="background: white; color: #4d5156; mso-bidi-font-family: Arial;">, Visconde de </span><em><span style="background: white; color: #5f6368; font-style: normal;">Chateaubriand, em seu livro “Memórias do
Além-Túmulo”.</span></em></span></li><li><em><span style="background: white; color: #5f6368; font-style: normal;"><span style="font-family: verdana;">A
juíza de paz, uma senhora experiente, muito atuante no Rio, já era conhecida</span></span><span face=""Verdana",sans-serif" style="background: white; color: #5f6368; font-style: normal; mso-bidi-font-family: Arial;">
nossa de outros casamentos.</span></em></li></ol><p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-list: Ignore;">·L</span></span></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-17192913312449883222023-08-05T12:35:00.004-07:002023-08-05T12:37:58.875-07:00A importância de seu idioma<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Prezada leitora, ou caro leitor:</span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Por favor, responda mentalmente às perguntas
que faço abaixo:<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Você percebe que, em igualdade de outras aptidões,
quem escreve ou fala melhor tem melhores posições no mercado de trabalho?<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- No seu trabalho, você pensa que usar o idioma
corretamente ajuda na obtenção de resultados ou na qualificação de seu
desempenho?<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Você se preocupa em falar corretamente, ou
seja, segundo as regras gramaticais estabelecidas?<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Você se preocupa em escrever corretamente, ou
seja, segundo as regras gramaticais estabelecidas?<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Você rejeita a incorporação desnecessária de
palavras de idiomas estrangeiros ao seu idioma?<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">- Você gostaria de que seus filhos e netos
falassem e escrevessem bem em seu idioma?</span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Se respondeu positivamente a uma dessas
perguntas e se usar o idioma Português, provavelmente se interessará em ler esta
crônica.<o:p></o:p></span></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estimulado, principalmente por meu pai, a falar e
escrever corretamente em Português (minha língua pátria) desde criança, venho
tendo esse cuidado ao longo da vida. Transmiti essa preocupação a meus filhos.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Neste blog, tratei do assunto em algumas crônicas,
mas permaneço desencantado com o descaso, incompetência e desrespeito com que
nosso idioma vem sendo tratado, especialmente por profissionais e políticos,
seja por falta de educação, ou por necessidade de desconstrução dos costumes ou
de apresentar e forçar novidades desnecessárias, inconvenientes, que não
constituem evolução linguística e não melhoram a comunicação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Então, penso: “Será que estou dando importância
exagerada ao assunto?”. Exagerada, no caso, em relação à importância que as
pessoas, jovens e maduras, profissionais da comunicação ou não, dão ao uso
correto do idioma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Resolvi, portanto, discutir essa minha preocupação
com alguns de meus filhos que, já adultos maduros com estudo e grande
experiência de trabalho, escrevem bem textos de apresentações, relatórios,
documentos, mas, também, usam a linguagem abreviada das mensagens digitais e
expressões coloquiais. Eles demonstram se importar com o assunto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Outro dia, tive o seguinte diálogo com Jurema, minha filha:</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Pai, não aguento ouvir as pessoas usando “aonde”
e “haverão” <span style="color: red;"> </span>erradamente.
Por exemplo: “Aonde você está?” em lugar de “Onde você está?” e “Haverão
distúrbios” em vez de “Haverá distúrbios”. E, muitas, são pessoas de curso
superior, como jornalistas e advogados por exemplo...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Respondi:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Pois é, minha filha. Usar “haverão” no sentido
de “existirão” é um erro antigo, pois o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal,
não tem sujeito determinado e é conjugado na terceira pessoa do singular. A
palavra “haverão” é usada quando “haver” tem outros significados ou é verbo
auxiliar. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O uso equivocado de “aonde”, intensificado mais
recentemente, de certa forma, virou moda. E é tão fácil observar que “aonde” é
“a” mais “onde” e indica movimento. “Onde” indica um lugar (parado). <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Também me incomodam erros de concordância de gênero
e número e algumas expressões como “Você quer que eu pego?”, por exemplo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Continuam cometendo, além dos erros clássicos de
concordância, aqueles de regência de verbos, como: “Prefiro caminhar <u>do que</u>
correr.” em vez de “Prefiro caminhar <u>a</u> correr.”; “Você vai assistir <u>o</u>
jogo hoje?” em vez de “Você vai assistir <u>ao</u> jogo hoje?”. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Bem, filha, há, claro, muitos outros exemplos de
incorreções, especialmente se considerarmos, também, erros de ortografia; esta
nossa conversa iria muito longe. É importante lembrar que estamos tratando de
fala e escrita formais, de trabalho, e não do Português coloquial que usamos
todos nós; e que, também, mandamos mensagens informais e abreviadas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Minhas mensagens no WhatsApp têm de ser rápidas
e eu uso muito as abreviações convencionais; mas me faço entender.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Tenho de comentar que não me considero professor
ou “autoridade” no assunto. Considero-me um bom aluno que procura ajudar com
seu conhecimento. Como nosso idioma é muito complexo, estamos sujeitos a alguns
deslizes. Por exemplo, até outro dia eu falava “octagenário” para me referir a
um homem na década dos 80 anos de idade. Na escrita, o corretor acusou erro – e
aprendi que o correto é “octogenário”. E veja bem como somos induzidos a erro:
o indivíduo na década de sessenta é “sexagenário”, na de setenta é
“septuagenário” (ou “setuagenário”) e o de noventa é “nonagenário”. É fogo, não
é?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Sim, pai, bem complicado...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Penso que as pessoas que precisam falar e ou escrever
corretamente podem usar a ajuda de um livro de gramática. Estes livros,
entretanto, são organizados em tópicos para estudo, de modo que consultas
específicas são trabalhosas e, muitas vezes, o tempo é curto. Neste caso, a
versão digital dos livros (e-book) é bastante conveniente, porque o programa
Kindle oferece pesquisa automática de palavras. Testei e gostei.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Pai, seria interessante o senhor escrever uma
crônica sobre o assunto.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">― Fico satisfeito por saber que você se preocupa
com o uso de nosso idioma, o que acontece também com seus irmãos; eles, de vez
em quando, me consultam para resolver alguma dúvida. Sim, minha filha, vou
escrever nova crônica sobre o tema – e vai ser baseada em nosso diálogo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Complementos:<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">Excerto
da crônica “Da Taquigrafia Eletrônica”, publicada em janeiro de 2015.</span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Nada tenho contra a escrita abreviada de e-mails e
mensagens, desde que o texto cumpra seu objetivo de comunicar – mas ela não
deve ser considerada substituta da redação completa e correta em nosso idioma,
não só quanto à ortografia como – e principalmente – quanto à concordância e ao
uso apropriado das palavras.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Uma coisa é uma comunicação escrita rápida,
informal, outra muito diferente é o texto de uma proposta de negócios, um
relatório técnico, uma crônica, uma notícia de jornal, um comentário político,
enfim, uma comunicação formal. Este tipo de comunicação requer uma redação que se
enquadre nas regras do idioma. Por esta razão, todo profissional, mesmo que não
tenha grau universitário, precisa saber escrever corretamente.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Em minha longa vida de trabalho, observei que os
profissionais que se expressavam corretamente por escrito levavam vantagem
sobre colegas que, embora no mesmo nível técnico, não tinham essa habilidade.
As atividades normais do trabalho, até as científicas, requerem competência
redacional para a elaboração de apresentações, relatórios, propostas comerciais
e planos empresariais.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Em suma, a comunicação eficaz, hoje em dia, requer
o uso de mensagens eletrônicas informais, com abreviações ou não, por sua
agilidade, rapidez, e por poder ser feita mediante dispositivos portáteis. Por
outro lado, quando formal, a comunicação eficaz requer o uso de textos técnicos
ou de negócios redigidos corretamente.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Dentre os profissionais igualmente competentes no
que fazem, aqueles que têm boa redação valem mais.<o:p></o:p></i></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Excerto da crônica “O que que há?”, publicada
em dezembro de 2016</span></b><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Nestes tempos em que a comunicação, escrita e
falada, vem se tornando cada vez mais intensa, a importância dos idiomas é cada
vez maior. No Brasil, como estamos usando nosso idioma?<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>De uma forma geral, para escrever, usamos o
Português procurando seguir as regras gramaticais e ortográficas.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Para falar usamos o Português coloquial, ou seja,
procuramos falar o mais corretamente possível, mas, por hábito, empregamos
expressões que, embora incorretas, são de uso geral e corrente. Por exemplo, no
dia a dia, empregamos: o verbo “ter” em vez de “haver” (“Tem louça na
máquina?); não respeitamos concordâncias (“Você veio no teu carro?”); e muitos
ainda cometem erros daqueles bem conhecidos (“haverão” no sentido de existirão,
“fui na casa dele”, e outros). Usamos esse mesmo Português coloquial ao
trocarmos mensagens por telefone celular, “tablet”, ou computador, recorrendo
intensamente a abreviações.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Há, ainda, aquelas pessoas que não tiveram
oportunidade de estudar, muitas analfabetas ou quase, que erram muito ao falar,
ofendendo grosseiramente a gramática elementar e, faltando-lhes vocabulário,
recorrem à gíria (sempre renovada) e ao jargão de suas atividades específicas.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Meus parentes e amigos, bem como os meus outros
leitores mais antigos, já sabem de minha preocupação com o Português. Hoje,
volto com mais considerações sobre o assunto porque, mesmo aturdido pelo
horrível noticiário da televisão nestes dias tão agitados, não consigo deixar
de reparar em algumas impropriedades na linguagem utilizada repetidamente pelos
repórteres e comentaristas, jornalistas competentes em seu trabalho, que se
expressam muito bem e têm bom vocabulário. Penso, então, que estamos em crise
também no uso do Português.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>...<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Reconheço, aqui, que estou fazendo o papel do
brasileiro escolarizado, com a melhor das intenções, altamente preocupado com
os comunicadores que falam em público, especialmente na televisão, que poderiam
cuidar de passar um “sermo urbanus” de melhor qualidade ao espectador. Na
televisão, já corrigiram o “Boa noite a todos que estão nos assistindo!”,
passando simplesmente a dizer “Boa noite a todos!”, mas, por exemplo, poderiam
passar a usar: “O que está acontecendo?” em vez de “O que é que está
acontecendo?”; “onde está” em vez de “aonde está”; “quando se tornou” em vez de
“quando tornou-se”; “prefiro este àquele” em vez de “prefiro este do que
aquele”.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Destaco aqui a televisão porque, além de realizar
papel importantíssimo na unificação do uso do idioma em todo o País, poderá
contribuir mais para o aprimoramento desse uso, independentemente de programas
educacionais específicos.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>O caro leitor ou a prezada leitora poderá
reclamar: “Washington, não dá para falar tudo certinho o tempo todo, ficaria
até chato!” Concordo, devemos nos esforçar para falar melhor usando o bom senso,
ou seja, comunicando-nos da forma mais apropriada a cada ambiente e situação.
Por exemplo, “O que é que há?” é perfeitamente adequado a uma comunicação
informal. D. Ivone Lara usou essa expressão muito bem e podemos cantar com ela:
“Foram me chamar, eu estou aqui, o que é que há...”.</i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>Ou seja, tudo tem seu lugar e sua hora.<o:p></o:p></i></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Nota:</span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para o leitor ou leitora que se interesse em ler estas duas crônicas por completo, informo os respectivos links:<b><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></b></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="http://washingtonconceicao.blogspot.com/2015/01/da-taquigrafia-eletronica-e-da-escrita.html"><b>http://washingtonconceicao.blogspot.com/2015/01/da-taquigrafia-eletronica-e-da-escrita.html</b></a><b><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></b></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">e<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><a href="http://washingtonconceicao.blogspot.com/2016/12/o-que-que-ha.html"><b><span style="font-family: verdana;">http://washingtonconceicao.blogspot.com/2016/12/o-que-que-ha.html</span></b></a><b><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></b></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-42011616189804522872023-07-18T11:29:00.003-07:002023-07-18T11:37:02.505-07:00O casal de idosos volta a voar<p></p><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"><i>Cara leitora ou prezado leitor: Mais uma vez,
relato uma experiência vivida pelo casal, com o duplo objetivo de contar um
causo e de transmitir uma experiência nossa. Neste caso, não deverá haver
novidade para a maioria dos leitores, mas se servir de dica para alguém já me
darei por satisfeito.<o:p></o:p></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: red;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">O casal de idosos (Leilah, minha esposa, e eu)
após a pandemia Covid-19, está vivendo nas condições do que se chamou “novo
normal”. Em nosso caso, não muito diferente do isolamento social, por causa de
nossas dificuldades de locomoção e necessidade de acompanhamento em locais
públicos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Quanto a viagens, a última que havíamos feito foi
para Franca, estado de São Paulo, em 2019.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Este ano, contudo, tínhamos o importante
compromisso de participar da comemoração, em São Paulo, do octogésimo
aniversário da irmã da Leilah. Foi um projeto um tanto complexo para nós, que
envolveu a preciosa ajuda de Jurema, minha filha, e Alexandre, seu marido, que
foram nossos acompanhantes, ou seja, nos levaram com eles.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Houve momentos de incerteza quanto à realização da
viagem, porque Leilah teve de receber seu marcapasso antes de viajar e, na
semana anterior à data da viagem, o casal teve um forte resfriado. Vencidos os
obstáculos, voamos para a cidade em que Leilah nasceu e na qual me criei.<o:p></o:p></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: red;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Era 5 de julho de 2023. Leilah e eu descemos às
onze e meia para a portaria de nosso edifício e chamamos o Uber. Jurema e
Alexandre saíram da casa deles e nos esperaram no embarque do aeroporto Santos
Dumont. Chegamos ao meio-dia e meia. O encontro deu certo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Eu estreei o uso da cadeira de rodas no saguão do
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Ao meu lado, Leilah, em outra
cadeira de rodas, já tinha essa experiência.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Observando o intenso movimento de pessoas no
aeroporto, a maioria dos passageiros empurrando malas de quatro rodas, alguns
com carrinhos cheios de malas, quase todos usando roupas esportivas e tênis, com
o celular na mão, pareceu-me que, em relação à nossa última viagem o ambiente
todo não estava muito diferente. Talvez, apenas, mais uso do celular e os
códigos QR para providências como imprimir cartões de embarque.</p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: red;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Jurema e Alexandre fizeram o check-in e o despacho
das malas, enquanto Leilah e eu esperávamos nas respectivas cadeiras de rodas,
trazidas por uma acompanhante da Latam.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Para o embarque, tivemos de aguardar os condutores
das cadeiras que iriam nos levar ao embarque e até o avião, passando pela
revista da polícia. Demorou algum tempo, mas tínhamos chegado com antecedência
– o embarque estava marcado para a uma e meia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Para mim foi uma sensação diferente ser conduzido
pelo aeroporto, entrando e saindo de elevador. Na hora da revista, tivemos de
passar pela porta lateral, evitando o controle eletrônico, pois os dois temos
marcapasso implantado; tivemos de nos submeter à revista manual, tirando os
sapatos. Sempre com a assistência de Jurema e Alexandre, foi passada nossa
bagagem de mão, celulares e casacos. Não houve problema, fomos tratados com
atenção. Conduzidos ao portão de embarque, esperamos algum tempo mas fomos os
primeiros a entrar no avião e nele devidamente acomodados.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Dentro do avião, as novidades foram: a capacidade
maior dos compartimentos de bagagem (havia passageiros com malas nada pequenas
que foram devidamente acomodadas); a substituição do lanche rápido da ponte
aérea Rio-São Paulo por um copo d’água com alguns poucos gramas de “chips” de
batata doce; a permissão para uso do celular (no modo avião) e as tomadas na
frente das poltronas para os carregadores de celular.</p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">O voo foi de curta duração (uns quarenta e cinco
minutos) tranquilo, sem turbulências, e o pouso no aeroporto de Congonhas foi
normal. Como não havia “finger” disponível, o desembarque dos passageiros foi
feito por escada e transporte por ônibus, mas nós, Leilah, eu e nossos
acompanhantes, baixamos do avião por um “ambulift” e fomos transportados até a
área de desembarque.</p><p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFpUnQHR0bmBVjiDKfAvxzMrapUPnoUD1kmYW0xzzFXunJ2RBQKUwNNlNdtGTmRVxEdIaZWjZcLh80gKvxZQ5v3t_8ezDa7DPXQ4T306kGbXdwBZUBOafODfS-kX1S5AXj6XwzG1ok7XFVCTWJEslSdJgPQ3mOHveXHXigLxt8rYuOCBON1v1OIYMq8WhW/s287/OAmbulift.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="207" data-original-width="287" height="289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFpUnQHR0bmBVjiDKfAvxzMrapUPnoUD1kmYW0xzzFXunJ2RBQKUwNNlNdtGTmRVxEdIaZWjZcLh80gKvxZQ5v3t_8ezDa7DPXQ4T306kGbXdwBZUBOafODfS-kX1S5AXj6XwzG1ok7XFVCTWJEslSdJgPQ3mOHveXHXigLxt8rYuOCBON1v1OIYMq8WhW/w400-h289/OAmbulift.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><p class="MsoCaption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: verdana;">Um ambulift (fonte: Google)</span><o:p></o:p></span></b></p></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">De lá, fomos conduzidos, novamente em cadeiras de
rodas, até o Uber que Jurema tinha reservado desde o Rio de Janeiro. Chegamos
muito bem à residência dos grandes e velhos amigos, também um casal idoso, que
nos hospedaram regiamente até a segunda-feira, quando regressamos ao Rio.</div><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">A viagem de volta foi feita nos mesmos moldes e,
também, foi tranquila.<o:p></o:p></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: red;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Foi, para mim, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quase uma aventura, uma situação diferente de
minhas viagens anteriores e me fez lembrar, comparando, as viagens frequentes
que eu fazia, a trabalho ou de férias, principalmente para o exterior, quando
os sistemas e serviços do aeroporto e das companhias aéreas eram muito
diferentes do que temos hoje. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Planejamos nova viagem para São Paulo, ainda este
ano, por motivo semelhante. Pelo sucesso da experiência, estamos confiantes.</p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i>Washington Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-23506248648413240882023-06-29T13:06:00.001-07:002023-06-29T13:06:25.127-07:00National Language<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para escrever no meu computador pessoal eu costumo
usar o processador de texto Word, que vem sendo aperfeiçoado ao longo dos anos.
Ele oferece muitos recursos e eu aproveito vários deles, incluindo ditado,
tradução e edição de textos em diferentes idiomas. A qualidade da tradução, que
não pode ser perfeita, é semelhante à do tradutor do Google (pelo menos para
inglês e espanhol, idiomas em que posso fazer essa comparação). A edição
melhora a redação.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A lista de idiomas disponíveis para tradução (no
meu tempo de escola, quando a tradução era do Português para outra língua,
chamava-se versão) é enorme; contei 114, do Africâner ao Zulu, incluindo
algumas variações, como Chinês Literário, Chinês Simplificado e Chinês Tradicional,
por exemplo.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para ilustrar, mostro abaixo, sem editar, a versão
para o Inglês do primeiro parágrafo acima.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; mso-bookmark: _Hlk138799483;"><i><span lang="EN-US" style="color: #002060; mso-ansi-language: EN-US;">To write on my
personal computer I usually use the Word word processor, which has been
perfected over the years. It offers many features and I take advantage of
several of them, including dictation, translation and editing of texts in
different languages. The quality of the translation, which cannot be perfect,
is similar to that of Google's translator (for English and Spanish at least,
languages in which I can make this comparison). </span><span style="color: #002060;">Editing
improves the wording.</span></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por outro lado, meu blog oferece a tradução das crônicas,
do Português para 130 idiomas; meus leitores estrangeiros têm utilizado o
recurso. Para ilustrar, a</span><span style="font-family: verdana;">s imagens do início de uma crônica no blog, em Português e Espanhol:</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBC8vKj5ZDKEtL3Q8M3d69Y9FZJ0CNZ2wu-4joJXzrYt3CdhEtzy3tQVIqw3VMevHtnW6uNL61hmp3vm-eJbGGJYOHXCh0I3vjv1ucEBDPlcCzRrRhfwpk_9kNbn0zb0vH7T7PVLhGWhgZWzrS4VJLz6RjbeDSoiUSqpxef0SbLz5SHydc30gKsA_0WxnK/s610/BlogPortugu%C3%AAs.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="493" data-original-width="610" height="323" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBC8vKj5ZDKEtL3Q8M3d69Y9FZJ0CNZ2wu-4joJXzrYt3CdhEtzy3tQVIqw3VMevHtnW6uNL61hmp3vm-eJbGGJYOHXCh0I3vjv1ucEBDPlcCzRrRhfwpk_9kNbn0zb0vH7T7PVLhGWhgZWzrS4VJLz6RjbeDSoiUSqpxef0SbLz5SHydc30gKsA_0WxnK/w400-h323/BlogPortugu%C3%AAs.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-2vBUYBypIfRsGwrFC6tLpuxXwS__LzKhez9AJ3jGFU6ir9RnsIvpbQ7m-Czze0wKpnoLP6ScSuVdqRjzrvrI9chIw695F0pR_0uc0FtEbZ2X1397JLYbfMeUyJ_1J6zV-gM31TDbZDcKfZIJQ6s_2hBz6QD758jrZ5eeDQmtiAXGSRz_Gk22Uol42na/s628/BlogEspanhol.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="493" data-original-width="628" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-2vBUYBypIfRsGwrFC6tLpuxXwS__LzKhez9AJ3jGFU6ir9RnsIvpbQ7m-Czze0wKpnoLP6ScSuVdqRjzrvrI9chIw695F0pR_0uc0FtEbZ2X1397JLYbfMeUyJ_1J6zV-gM31TDbZDcKfZIJQ6s_2hBz6QD758jrZ5eeDQmtiAXGSRz_Gk22Uol42na/w400-h314/BlogEspanhol.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"></p><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Esse extraordinário estímulo à comunicação entre pessoas me faz
lembrar, frequentemente, da evolução dos softwares nessa área e, especialmente,
de um dos projetos mais interessantes de que participei e gerenciei em meu
trabalho na IBM do Brasil: o projeto internacional denominado “National
Language”, que aconteceu no início da década de 1980.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No início de sua história, os computadores, todos de
grande porte e alto preço, eram utilizados nas organizações maiores (órgãos de
governo e grandes empresas) com o mesmo conceito das máquinas eletromecânicas
que os precederam, ou seja, de forma centralizada, mediante um departamento
chamado Centro de Processamento de Dados (o CPD). Este recebia informações dos diversos
setores da organização (por exemplo, o Departamento de Pessoal), documentos e
relatórios manuscritos ou datilografados, processava os sistemas respectivos
(por exemplo o da folha de pagamento) e entregava os resultados (por exemplo, contracheques
de pagamento e relatórios da folha). Quem lidava com os computadores eram os
funcionários do CPD: analistas de sistema, programadores, operadores das
máquinas e perfuradores de cartões. Assim como as mensagens e telas dos softwares,
os manuais e “newsletters” disponíveis estavam em Inglês, de sorte que os
profissionais precisavam ter o conhecimento desse idioma.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando os sistemas evoluíram para o uso de
terminais nos departamentos clientes do CPD, ou seja, quando os computadores
passaram a ter “usuários finais” nos demais departamentos de cada organização, surgiu
a necessidade de que as telas e as mensagens operacionais do sistema, além dos
manuais de instruções, estivessem no idioma dos usuários.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Daí o projeto “National Language”, que teve como
objetivo produzir, para os muitos países em que a IBM atuava, software e
manuais nos respectivos idiomas – em sua língua nacional.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Minha designação para o projeto me levou a
trabalhar na implantação do Departamento de National Language no Brasil e a
participar do grupo internacional da IBM World Trade, formado pelos gerentes de
projeto dos vários países envolvidos. Havia reuniões periódicas nos escritórios
da Empresa no </span><span style="font-family: verdana;">Estado de Nova York, para discussão do progresso
das atividades, para apresentações de diretrizes e para sessões de trabalho
(workshops). Além das reuniões, visitávamos fábricas e centros de desenvolvimento em várias cidades, para sermos informados sobre novos produtos,
hardware e software.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por necessidades específicas, o Canadá (pelo uso
do idioma Francês do Quebec) e o Japão (com seus “alfabetos” especiais) estavam
adiantados nas atividades de tradução, com departamentos bem estruturados,
razão pela qual, no início do projeto, estendi minha viagem aos Estados Unidos
para Montreal e Tóquio. De ambos eu trouxe informações sobre a missão e
organização dos respectivos departamentos responsáveis pelas traduções,
estruturados já havia algum tempo. No Japão, tive a oportunidade de admirar a
criatividade dos analistas ao lidar, nos computadores, com os ideogramas. Haviam
começado com o Hiragana e o Katakana, linguagens escritas simplificadas, e evoluíram
para o Kanji (deste, lembro de falarem em trabalhar com 4000 ideogramas).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nas reuniões do grupo do projeto, tomávamos
conhecimento das necessidades de cada país, casos de países com dois idiomas
além do Canadá (como o da Bélgica, que eu desconhecia), variantes do mesmo
idioma em países diferentes (por exemplo, Francês da França e do Canadá), e a
necessidade, em alguns países, de traduzirem até as placas identificadoras das
máquinas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nessas reuniões, eram apresentados, também,
produtos novos, alguns antes do anúncio pela Empresa, que iriam requerer nosso
trabalho de traduções (nessas apresentações, como a IBM não podia fazer
pré-anúncios, assinávamos compromissos de confidencialidade). Por exemplo,
guardo a lembrança de uma incrível demonstração do futuro Personal Computer (o
PC) dramatizada pelo funcionamento da máquina até com seus componentes
desmontados, fora da caixa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Houve, também, uma apresentação de software que já
era classificado como<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Inteligência
Artificial”. Era um programa de perguntas e respostas, semelhante, no conceito,
ao sistema do Google. Não me lembro de sua abrangência, se era limitado por assuntos,
por exemplo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As visitas aos centros de desenvolvimento de
software e às fábricas também eram muito interessantes para orientação ao grupo
na produção de seus módulos de software e de seus manuais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por exemplo, em uma das fábricas, tomamos conhecimento
do procedimento que a IBM chamava de “Human Factors”, que era uma pesquisa do
comportamento das pessoas com capacidade de operar um certo equipamento, mas
necessitavam de treinamento para um novo produto. Por exemplo, quando foi
introduzido o disquete flexível (o floppy disk), fizeram a pesquisa pondo as
pessoas em uma sala fechada frente ao equipamento e dando, sem instrução prévia,
um disquete para introduzir na máquina e
digitar um documento. As reações das pessoas, observadas pelos técnicos fora da
sala, eram as mais variadas e indicavam que tipo de treinamento e informação
eram necessários para o bom uso do produto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nos centros de desenvolvimento de software, éramos
informados, sempre nos comprometendo com a confidencialidade, sobre as
características dos produtos em desenvolvimento que teríamos de traduzir. O
Centro de Desenvolvimento de software de Santa Teresa, na Califórnia, próximo a
San José, impressionava os visitantes por ser um edifício moderno construído em
um terreno de fazenda, bucólico, com o objetivo de proporcionar aos
profissionais de desenvolvimento de software um ambiente tranquilo para seu
trabalho.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De início, a tradução de programas, era muito
difícil porque os textos das telas e mensagens em Inglês estavam inseridos na
sequência das instruções e precisavam ser pesquisados nos programas, geralmente
muito grandes e complexos. Um dos analistas de meu departamento foi aos Estados
Unidos trabalhar em um projeto desse tipo, enfrentando a dificuldade enorme do
processo. Experiências desse tipo levaram a IBM a mudar a arquitetura dos
programas, mediante a inclusão de um módulo de tradução que cada país líder do
idioma passou a preparar para introdução no software respectivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span>Alguns anos depois de minha saída da IBM, minha empresa de assessoria e consultoria </span>prestou à IBM serviços de análise de sistemas e tradução na produção dos módulos de “National Language” para vários softwares de mainframes.</span></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pelo que comentei de início quanto aos recursos de
tradução do Word e do Blogger (programa do blog), percebe-se que dou muito
valor ao recurso de tradução disponível, hoje em dia, nos aplicativos e
software em geral. Dou valor, não somente por ter participado de um trabalho pioneiro tão
interessante e importante no processo de globalização da Informática, como também e principalmente, porque a tradução facilita enormemente a comunicação entre
pessoas no mundo todo, cada vez mais necessária hoje em dia.</span></p><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Notas:</span></b></p><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;"></p><ul><li><span style="font-family: verdana; text-indent: -18pt;">Em uma das reuniões do grupo de National Language reencontrei
Hiroaki Fujita, o colega japonês com quem trabalhei no Projeto 3.7 da IBM, em
Chicago, em 1968 e 1969.</span></li><li><span style="font-family: verdana;">Dentre os módulos que minha empresa traduziu para
a IBM, destacaram-se o Db2 Query Management Facility (QMF), o Cross System
Product (CSP) e o OfficeVision/VM.</span></li></ul><!--[if !supportLists]--><p></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-85460144220796140632023-06-16T19:21:00.007-07:002023-06-17T07:17:23.537-07:00Viagem de Final de Curso<p style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Nesta semana, faleceu um colega de minha turma
de Engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, colega que se
tornou um grande amigo, o engenheiro e professor Eluízio de Queiroz Orsini.
Casado com Laïs, também colega de turma, o casal manteve, comigo e Leilah, minha esposa, um
forte laço de amizade, da juventude à idade avançada.</span></i></p><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">A triste notícia me trouxe à lembrança um
acontecimento que nos aproximou, a mim e ao Eluízio, tornando-nos, além de colegas de classe,
grandes amigos. Esse acontecimento foi uma viagem que fizemos, em grupo, no
último ano de nosso curso.</span></i></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Transcrevo a seguir, de meu primeiro livro (o
“Histórias do Terceiro Tempo”, publicado em 2009) a narração dessa viagem. <o:p></o:p></span></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoSubtitleCxSpFirst" style="text-align: center;"><span style="color: red; font-size: 14pt;"><b><span style="font-family: verdana;">A lo mejor me deportan..</span></b>.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Passei um sufoco em La Paz em um ensolarado
domingo de julho. Julho de 1955.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Era meu último ano de Engenharia e eu estava na
Bolívia, com um grupo de colegas, em uma viagem de final de curso. Embora
tivesse levado dinheiro acima do valor orçado (42% a mais) a viagem não ocorreu
conforme as previsões do grupo, quanto aos meios de transporte e quanto à ajuda
de hospedagem por parte das autoridades locais, em cada cidade que íamos
visitar. As despesas reais estavam bem maiores do que as planejadas. Eu corria
o risco de não ter dinheiro suficiente para voltar ao Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Viagem de estudante daquele tempo era fogo! Nada
de Europa, Estados Unidos e outros lugares do Primeiro Mundo. E, também, não
podia ser muito longe, porque viajar de avião era para gente rica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Havia, porém, a tradição de, no fim do curso, os
universitários fazerem uma viagem, supostamente relacionada com os estudos,
para as quais conseguiam algumas vantagens e favorecimentos nos preços de
passagens e hospedagens.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Formamos um grupo de oito estudantes da Poli, a
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e de três da Pauli, a
Escola Paulista de Medicina, para fazermos uma viagem à Bolívia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A iniciativa e a<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>organização foram de meu colega, Eluízio Orsini, o Zico, e seu amigo
Ciro, também politécnico. Em memorável reunião, temperada pela fumaça dos
cachimbos dos dois, eles nos descreveram o programa: de São Paulo a Bauru por
trem da Sorocabana ou da Companhia Paulista; de Bauru para Corumbá, pela
Estrada de Ferro Noroeste. Então, teríamos a oportunidade ímpar de conhecer a
Estrada de Ferro Brasil-Bolívia, recém-inaugurada pelo Presidente Café Filho,
vice-presidente que assumiu o governo após o suicídio de Getúlio Vargas. Essa
etapa nos levaria de Corumbá a Santa Cruz de La Sierra. A seguir, Cochabamba,
La Paz e, se possível, chegaríamos ao Peru pelo lago Titicaca. Conseguiríamos
as passagens de trem e, quanto às despesas de hospedagem, a expectativa, nada
modesta, era de que os prefeitos e outras autoridades de cada cidade se
sentiriam honrados em pagá-las por nós. A partir dessas premissas, foi feito o
orçamento per capita. Compras e extras ficariam por conta de cada um.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em matéria de aprendizado, faríamos uma enorme
quilometragem de estrada de ferro e, em termos de aventura, a viagem seria um
prato cheio. Nada melhor para jovens de vinte e poucos anos que iriam cair na
vida dura em seis meses!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De posse das passagens de trem para a ida e a
volta no percurso São Paulo – Corumbá, saímos de São Paulo no início de julho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De São Paulo a Bauru, tudo muito bem – o trem era
confortável, a viagem foi muito boa. Chegamos à tarde e, à noite, embarcamos
para Corumbá. O trem já não era tão bom, mas conseguimos leitos, muito
importantes porque a viagem iria durar uns três dias. Depois de um bom trecho
ainda no estado de São Paulo, cruzamos o rio Paraná, entramos em Mato Grosso
(hoje, do Sul), passamos sucessivamente por Três Lagoas, Campo Grande,
Aquidauana, com algumas paradas imprevistas por problemas na ferrovia, até
chegarmos a Corumbá. Como “estudo”, tivemos a experiência de usuário da
ferrovia em si e o conhecimento de algumas pontes importantes (embora não
parássemos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para observá-las melhor, pois
estávamos em um trem comum de passageiros).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em Corumbá, onde tivemos dificuldade para
conseguir hotel, fomos acomodados em um salão grande do Hotel Venizelos, como
se estivéssemos em um alojamento militar – e pagamos bem. Lá constatamos que,
além do nosso grupo, mais uns dez grupos estavam indo para a Bolívia, entre os
quais um da Faculdade de Arquitetura da USP, outro de Ciências Sociais, outro
da Faculdade de Odontologia de Alfenas, Minas Gerais. Iríamos encontrar
estudantes brasileiros ao longo de toda a viagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ao tentar programar a viagem de trem para Santa
Cruz, constatamos que o trem utilizado para a inauguração da Brasil-Bolívia era
especial, não circulava normalmente; a viagem teria de ser feita num trem misto
(passageiros e carga) em condições totalmente inadequadas. Entre desistir da
viagem e prosseguir de outra forma, optamos por fretar um avião, juntamente com
os colegas da Arquitetura, para o trecho Puerto Suarez – Santa Cruz. Puerto
Suarez fica na Bolívia, do outro lado do Rio Paraguai, em frente a Corumbá.
Cruzamos a fronteira, jantamos e dormimos em Puerto Suarez e embarcamos na
manhã seguinte. Das acomodações dessa noite, não me lembro, mas do jantar, cujo
prato principal era uma espécie de sopa de fubá, sim. Para horror do Sérgio
Bastos, que era um bocado enjoado com comida, experimentei a gororoba – eu era
bom garfo e corajoso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ao mencionar o Sérgio Bastos, meu colega e amigo
desde o primeiro científico, primo da Leilah, lembrei-me de que ainda não
contei quem participou desta aventura. Da Politécnica: além de nós dois,
Eluízio Orsini, um dos organizadores já mencionados, colega que conheci melhor
na viagem e com quem mantenho grande amizade; agora somos velhos amigos velhos;
o Ciro, o outro organizador, amigo do Zico; o Sérgio Cataldi, outro grande
amigo meu até hoje, com quem o Bastos e eu formamos uma “panelinha” para
revezamento em algumas aulas teóricas (a “Panela de Ouro”, nome inspirado no
papel amarelo que usávamos para nossas anotações); Antoninho Mellone, embora da
nossa idade, primo do pai da Leilah; Olympio Pereira de Sousa, um dos goleiros
do nosso time de várzea, o “ijk”; Airton Bassani, colega sério e compenetrado;
Eduardo Buenaventura de Bello Pedreschi, o Bello, grande panamenho, bolsista,
ele e eu servimos de intérpretes para o grupo, quando surgia na comunicação
alguma dificuldade com o Espanhol. Da Paulista: o Emílio, o Junqueira e o Lima,
dos quais só me lembro do nome de guerra, embora me recorde muito bem deles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Deu onze? Então relacionei todos.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhckPfneDcZDomf5_zyJsUxnpnI9k6iPm0GhhoXqxnj4ni3DOow77KLNVyeTbbibi3eIQZrspZJ5s8T_Vwpho5sufRC_O1UFVcmA7WlQofkEXKu4KhU4vv7r8jTiEN6i80gwvTqsV8sU6LV8ZPTubsVX0l3bn_hyIkA4U7Pv_2ztrC-mfm8kTfxKJOzPg/s3126/FotoGripoViagem.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2208" data-original-width="3126" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhckPfneDcZDomf5_zyJsUxnpnI9k6iPm0GhhoXqxnj4ni3DOow77KLNVyeTbbibi3eIQZrspZJ5s8T_Vwpho5sufRC_O1UFVcmA7WlQofkEXKu4KhU4vv7r8jTiEN6i80gwvTqsV8sU6LV8ZPTubsVX0l3bn_hyIkA4U7Pv_2ztrC-mfm8kTfxKJOzPg/w400-h283/FotoGripoViagem.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 10pt; line-height: 125%;">O grupo: aproveitamos uma parada
forçada do trem<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p><span style="font-family: verdana;">Na manhã seguinte, lá estava, no aeroporto de
Puerto Suarez, um belo DC3 esperando por nós.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O DC3 foi, por muito tempo, o avião mais usado no
Brasil e, provavelmente, nos países vizinhos, nas décadas de 50 e 60 do século
passado. Era um bimotor, a hélice, motor de explosão, asa baixa, relativamente
seguro; seu trem de aterragem era composto de duas rodas sob a asa,
complementado com uma na cauda. Não me lembro de grandes problemas com esse
tipo de avião.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Embarcamos, o nosso grupo e o da Arquitetura, do
qual participava um conhecido meu, o Roberto Frioli, namorado (depois noivo e
marido) da Isabel, colega de turma e amiga da Leilah. Como os arquitetos eram
dez, o avião estava levando 21 passageiros, todos estudantes na casa dos vinte
e poucos anos, cheios de energia e animados com a viagem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A grande emoção do voo aconteceu quando organizaram
um programa de visitas à cabine dos pilotos, três ou quatro visitantes de cada
vez. Na minha vez, um coleguinha perguntou ao comandante sobre a potência do
avião, se era adequada àquela rota. O comandante respondeu algo como: “Claro,
esta aeronave voa com apenas um dos motores! Quer ver?” e desacelerou (ou terá
mesmo desligado?) um dos motores. Até hoje me lembro do frio que senti na
barriga!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A menos da demonstração do piloto, a viagem foi
normal e chegamos bem a Santa Cruz de La Sierra.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Santa Cruz, em nosso plano de viagem, era apenas
uma parada, não tínhamos planejado nenhuma excursão ou visita especial.
Limitamo-nos a conhecer o centro da cidade, sua praça principal, onde fica a
Catedral. Chamou-me atenção, além da arquitetura pesada da Igreja, a elevação
das calçadas, de cerca de meio metro acima do nível da rua. Fomos visitar a
prefeitura para pedir ajuda na hospedagem e no transporte para Cochabamba, mas
não conseguimos nada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Novamente, tivemos de viajar de avião, por nossa
conta. Era um avião de carreira, um quadrimotor, provavelmente um DC4. O avião
tinha uma configuração padrão de assentos; a única coisa diferente era um
grande tubo de oxigênio no fundo, junto ao posto da aeromoça (comissária de
bordo). Durante o voo, ficamos sabendo para que servia o tubo: como estávamos
subindo para o altiplano (de 400 a 2500 metros de altitude, em números
redondos) e a aeronave não era equipada com máscaras de oxigênio como nos
aviões de hoje, a aeromoça tinha de injetar, intermitentemente, oxigênio na cabine.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lembro-me que Cochabamba nos pareceu uma cidade
agradável e que ficamos num bom hotel, conseguindo desconto mediante o
alojamento de três ou quatro por apartamento.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De Cochabamba a La Paz, um dia de trem, mais ou
menos. Os carros eram relativamente confortáveis e, à noite, em Oruro, passamos
a um carro com cabines. Conseguimos, porém, apenas nove leitos para os onze
passageiros; dois tinham de ficar de fora e dormir nas poltronas do carro
comum. Decidimos driblar os fiscais do trem e fomos os onze para as cabines,
sorteando duas duplas. Fui sorteado, tive de dormir com o Cataldi; ele não era
lá muito magro, mas eu era. Não houve problema, apenas o suspense da visita do
chefe de trem que foi examinar as cabines com uma lanterna. Escondemo-nos bem e
passamos no exame.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Chegamos a La Paz no dia seguinte, à tarde. Como a
cidade fica numa espécie de cratera, a última etapa da viagem foi a descida do
trem para a estação, que deve ter durado mais de meia hora. Estávamos descendo
de uns 4000 e poucos metros de altitude para apenas 3660!</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tínhamos cumprido, então, o seguinte roteiro:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0SC_eQk103WfhjZYqO6c2I5RiFU05j6Nb8E6LjoEOQNaS4_rmmu9QAE6F8ZwD0_iu_S0F_mEpdmbwnVmdTSvPkiS3IEHbuWBda-QL5wX3NNnnQd140zj-Kn-lcHHEVRZkZZPsRYKltJySbWOjKetOP4AkWoiD_YVeECxvSjUlaCrXuD-m0dA92KJVNQ/s3951/RoteiroViagem.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1542" data-original-width="3951" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0SC_eQk103WfhjZYqO6c2I5RiFU05j6Nb8E6LjoEOQNaS4_rmmu9QAE6F8ZwD0_iu_S0F_mEpdmbwnVmdTSvPkiS3IEHbuWBda-QL5wX3NNnnQd140zj-Kn-lcHHEVRZkZZPsRYKltJySbWOjKetOP4AkWoiD_YVeECxvSjUlaCrXuD-m0dA92KJVNQ/w400-h156/RoteiroViagem.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-size: 10pt;">Desenho sobre o mapa do Google</span></b></div><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A essa altura da guerra, já não tínhamos mais
ilusão de conseguir qualquer desconto de hospedagem, de forma que optamos pelo
Itália, hotel relativamente afastado do centro, um prédio antigo e simples,
porém confortável, com uma quadra de bola ao cesto (basquete). Ficamos todos
animados; na mesma tarde de nossa chegada, decidimos nos exercitar. Alguns, que
trocaram logo de roupa e chegaram antes à quadra, jogaram uns minutos de
basquete, mas depois armamos um racha (pelada) de futebol de salão. Então, meus
caros leitores, a experiência inesquecível: aqueles garotos, em plena forma
física, praticantes de futebol e outros esportes, em quinze minutos estavam de
língua de fora! Por isso, sempre que assisto, pela televisão, a jogos de algum
time de fora naquela cidade, lembro-me de nossa surpresa e entendo muito bem a
dificuldade dos jogadores.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em La Paz até que passeamos um pouco: conhecemos,
e lá fomos várias vezes, a praça central, em frente ao Palácio do Governo. Na
praça, como informação turística, mostraram-nos o poste onde um presidente
deposto (Villaroel) tinha sido enforcado depois de assassinado no Palácio.
Fomos ao mercado, onde fizemos pequenas compras, como meias de lã e gorros (os
“pasamontañas”, aqueles gorros coloridos que cobrem as orelhas) mas eu nem
tentei comprar a estola de pele que tinha planejado levar ao Brasil, pois já
sabia que o dinheiro estava ficando curto. Visitamos também a Universidad Mayor
de San Andrés, onde encontramos um estudante falando um português perfeito e
sem sotaque espanhol; todos pensamos que ele fosse brasileiro, mas era um
boliviano que tinha morado no Brasil. Fora do comum para nós, o prédio da
Universidade era um edifício bem alto no centro da cidade.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nossa possível viagem ao Peru, através do
Titicaca, foi descartada por falta geral de recursos, mas quisemos conhecer o
lago navegável mais alto do mundo. Tomamos um trem para o porto de Guaqui,
aonde chegamos depois de umas quatro horas. Era um vilarejo à beira do lago,
largas ruas não pavimentadas, não vimos nada de interessante, apenas conhecemos
o lago e o porto. Nada de mais a não ser o registro de que estivemos lá.
Alojamo-nos numa espécie de pensão, uma casa bem grande de dois andares, mas
que não estava em condições de hospedar o grupo devidamente. O jantar, um
macarrão aguado e sem graça, foi improvisado e foram colocadas camas em quartos
bem grandes no andar de cima. A perspectiva era triste: uma noite naquele lugar
ermo, sem nada que fazer. Mas daí, alguém, tentado pelo demônio, descobriu e
comprou umas garrafas de pisco num armazém próximo e resolvemos provar.
Primeira impressão: “Bebida fraca, não se compara com a cachaça.”;</span><span style="font-family: verdana;"> </span><span style="font-family: verdana;">depois: “Já bebi duas doses e não sinto
nada.”; e assim foi até que, um a um, ficamos todos de porre, o maior porre
coletivo que presenciei na vida. À medida que um deles ficava ruim, os outros
ajudavam, levavam-no para tomar ar na rua, mas todos acabaram sucumbindo. O
Antoninho e eu estávamos aguentando bem, eu estava todo senhor de mim,
apreciando pela janela do quarto o céu mais estrelado que vi em minha vida.
Então, o Antoninho me ofereceu um cigarro (eu não fumava e, acho, ele também
não). Comecei a fumar, sem tragar. De repente, o bicho pegou – tive de descer
ao banheiro às pressas e vomitar a alma. O Antoninho também capotou.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No dia seguinte, ao embarcarmos no trem, de volta
para La Paz, estava todo mundo meio zumbi, quieto, curtindo a ressaca.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A excursão a Guaqui foi dramaticamente
inesquecível. Para a dona da pensão também, que disse que nunca mais iria
hospedar brasileiros!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O que vimos de interessante em La Paz foi a festa
tradicional dos índios, realizada em julho, a “Diablada”. Assistimos, no
Estádio de Futebol de La Paz, ao espetáculo dos grupos de várias cidades, numa
organização semelhante ao desfile de escolas de samba. Os participantes se
fantasiavam de “diablos”, pintados e com chifres; tocavam flautas longas,
acompanhadas por tambores. O colorido das roupas, não só dos artistas como da
própria audiência, era muito bonito e as danças bem movimentadas. Para mim,
entretanto, depois de ver umas três diabladas (a mais famosa era a de Oruro) já
tinha visto tudo, pois parecia uma repetição infindável. Assim mesmo, parece-me,
assistimos a todo o espetáculo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De qualquer forma, valeu a pena.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Meus companheiros foram ainda a Chacaltaya, pico
da Cordilheira dos Andes perto de La Paz, mas eu não pude ir porque tive de
antecipar a viagem.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para que não ficasse sem dinheiro para voltar ao
Brasil, problema que estudantes de outras faculdades já estavam tendo,
antecipei minha data de volta. Meus colegas iam voltar na terça ou quarta e eu
programei voltar no domingo para aproveitar, em Santa Cruz, uma carona com os
cariocas da Escola Nacional de Engenharia, que tinham conseguido o transporte por trem
especial de Santa Cruz de La Sierra para Corumbá.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Eu tinha, então, de providenciar, junto à Polícia,
em La Paz, minha documentação de volta, uma espécie de salvo-conduto, exigência
do governo deles daquele tempo. Tudo isso, em pleno domingo!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fui ao quartel da Polícia. Dei sorte, porque o
oficial que me atendeu, todo galã, estava com a noiva. Talvez por estar com
ela, foi muito cordial, me atendeu muito bem e preparou o documento. Só que eu
tinha de conseguir também a assinatura de uma autoridade de outro órgão do
governo, que não funcionava aos domingos. Como eu tinha de tomar o avião
naquela tarde, o oficial me deu o endereço da casa da pessoa – e para lá fui.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Encontrei a casa do homem. Por sorte ele estava,
me atendeu muito bem e, afinal, consegui sua assinatura no documento.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Do aeroporto de La Paz, voei para Santa Cruz,
encontrei os cariocas, me juntei a eles e fomos de trem para Corumbá, o que
levou uns três dias de viagem, pois à noite o trem ficava parado para o
maquinista dormir. As estações também fechavam à noite, de modo que não
podíamos comprar comida para jantar – eta viagem boa! As dificuldades foram
compensadas pela alegria e cordialidade da turma. Afinal, chegamos de volta ao
Brasil.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em Corumbá, juntei-me novamente ao meu grupo, que
voltou da Bolívia de avião. Finalmente, tomamos o trem de volta para São Paulo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não posso me esquecer, contudo, da sorte que tive
naquele último domingo em La Paz, e, especialmente, da atenção do homem que
assinou o meu salvo-conduto. Funcionário de um governo forte, num país com
histórico de várias revoluções, ele me disse algo que me calou fundo e que
gravei na memória. Quando agradeci a gentileza dele e lhe dei um cartão com meu
endereço, dizendo para me procurar se algum dia fosse a São Paulo, ele tomou o
cartão, um pouco hesitante, fez uma cara um tanto desanimada e falou: “Está
bien, a lo mejor me deportan...”.</span></p><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sei de cinco companheiros do grupo
que nos deixaram a</span><span style="font-family: verdana;">ntes do Zico</span><span style="font-family: verdana;">; dos outros, não tive notícia. Contudo, durante muito tempo,
essa viagem de jovens estudantes foi uma alegre recordação para nós, por tudo que vimos e passamos. Para mim, hoje, carregada de forte emoção.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i><b>Washington Luiz Bastos Conceição</b><o:p></o:p></i></span></p><div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-82488274539742784762023-05-27T16:21:00.003-07:002023-06-20T10:37:13.482-07:00Bota mulher na parada<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Entre um procedimento cirúrgico e outro aqui do
casal de idosos, que comentarei brevemente, continuo me distraindo com a
transmissão de jogos de futebol na televisão. Minha preferência, em função da
oferta dos canais, continua sendo pelos jogos na Europa.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A novidade é que, embora eu continue a assistir
aos jogos dos marmanjos, estou apreciando mais o futebol feminino, mais
perecido com o futebol de algum tempo atrás, em que não se tratava de luta livre pela posse da bola ou, mesmo, pelo próprio alcance da mesma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nos jogos masculinos, não me conformo com a
tolerância dos árbitros, apoiados por novas instruções da FIFA, com os
empurrões, agarrões, puxões de camisa e reclamações infundadas e grosseiras dos
jogadores. Como é falado nos próprios anúncios que, hoje, ocupam todo o tempo
do intervalo entre as duas fases das partidas, “o futebol hoje é outro”... E,
mesmo com a benevolência dos árbitros, cartões amarelos e vermelhos são muito
utilizados. Realmente, não é o esporte em que a habilidade do jogador é sua
principal qualidade (embora tenha havido muito progresso nesse item) mas sim a
força e a resistência física.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando afirmo que as partidas das moças são mais
parecidas com o que eu entendo como futebol (e não rugby, por exemplo)
considero que elas progrediram muito em quesitos como matada e controle de
bola, finalizações a gol, cabeçadas e obediência a táticas. Lutam pela posse de
bola, fazem suas faltas, mas não se envolvem em luta livre. É um espetáculo
agradável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O que é importante: estão ganhando popularidade,
as plateias na Europa estão crescendo significativamente. A partida final da
Copa Feminina da Inglaterra, disputada no Estádio de Wembley, em Londres, teve 77.390
espectadores. A equipe do Chelsea, de Londres, se tornou campeã da Copa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Hoje, tornou-se também campeã da Premier League
feminina da temporada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Assisti aos jogos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O duplo sucesso das moças do Chelsea foi um
consolo para mim, pois a equipe masculina do mesmo clube, da qual sou torcedor
há anos, teve nesta temporada um triste desempenho.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></b></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No Brasil, apesar dos esforços dos organizadores,
observo que o futebol feminino ainda requer muito investimento. Nossa seleção nacional
se mantém competitiva porque inclui várias atletas que jogam em clubes do
exterior. Torcerei muito por nossa seleção na copa do mundo que vai se realizar
em julho. Sei que nossas jogadoras lutarão com muitas dificuldades na
competição, mas espero que elas se destaquem com desempenho heroico.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></b></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Continuarei a assistir a jogos de futebol
feminino, apreciando sua evolução. Analisando este meu novo interesse, lembrei-me, no sossego de meus noventa anos, do samba que cantava o
Miltinho, “Eu vou de mulher”, especialmente dos versos abaixo:</span></p><p align="left" class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;">“Eu admiro uma parada<br />E um desfile militar<br />Forças armadas, coloridas<br /> E os tambores a rufar<br /> Mas se quiserem estragar meu feriado<br /> É só me carregar pra ver soldado<br /><br />Ai, ai, ai meu capitão<br /> Bota mulher na parada<br /> E me chama pra empurrar canhão”<br /></span><br /><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington
Luiz Bastos Conceição</span></i></b></p>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></b></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Nota:</span></b></p>
<p align="left" class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Se interessar à
cara leitora ou ao prezado leitor, o link abaixo leva ao áudio do samba.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.google.com/search?q=Eu+vou+de+mulher&oq=Eu+vou+de+mulher&aqs=chrome..69i57j33i160l2j33i21j33i22i29i30l2.19187j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8#fpstate=ive&vld=cid:17b2010d,vid:zAgkoBJE27g">https://www.google.com/search?q=Eu+vou+de+mulher&oq=Eu+vou+de+mulher&aqs=chrome..69i57j33i160l2j33i21j33i22i29i30l2.19187j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8#fpstate=ive&vld=cid:17b2010d,vid:zAgkoBJE27g</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"> <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><br /><p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-22107051796717618612023-04-20T06:48:00.002-07:002023-04-21T18:55:09.672-07:00Tempo de Leitura – Dan Brown e Alexandre Dumas<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O título acima deve parecer estranho; a atenciosa
leitora ou o amigo leitor pode estar pensando: “O Washington, aos noventa anos,
parece que está um tanto excêntrico; o que um escritor tem a ver com o outro?”</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">E terá motivo para isso, mas posso explicar: li,
nestas últimas semanas, dois livros que me impressionaram sobremaneira e decidi
comentar minhas impressões com os caros leitores deste blog, sem pretensão
alguma de fazer análise literária.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Meu amigo Gentil me enviou uma mensagem gravada há
algumas semanas contando: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Acabei de ler
um livro do Dan Brown; achei fantástico! O autor é um fenômeno, consegue manter
sua atenção, você pensa que ele vai para um caminho, ele passa para outro e o
final é totalmente inusitado... o título é O Símbolo Perdido."<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Falei à Leilah, minha esposa, sobre o livro e o comentário do
Gentil. Ela, ávida leitora, estava para começar novo livro; interessou-se,
lembrando que Dan Brown é o autor do Código da Vinci. Antes que eu comprasse o
e-book, o Gentil me emprestou sua versão impressa. Leilah começou a ler
imediatamente e não largou mais do livro. À medida que lia, comentava comigo o
que estava encontrando: a impressão que teve de se tratar de uma espécie de
ficção científica e, principalmente, a descrição dos edifícios e monumentos em
Washington, cidade onde estivemos há mais de 50 anos. Ficou com muita vontade
de revê-la e, em especial, de visitar o Capitólio.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Quando ela liberou o livro, chegou a minha vez de lê-lo.
Pude então sentir que é muito diferente de outros que tenho lido recentemente. É
um livro de muita ação e suspense constante, no qual o autor joga com ações concomitantes em alguns locais diferentes, com pessoas que se
relacionam na história. Sua técnica é suspender a narrativa em um ponto </span></span><span style="font-family: verdana;">crítico</span><span style="font-family: verdana;"> </span><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">e passar para os
acontecimentos que se desenrolam em outro local, com </span></span><span style="font-family: verdana;">outras pessoas, o que
mantém o leitor em suspense.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Quanto aos temas centrais da história, fiquei realmente
humilhado por verificar o desconhecimento que tenho de mitologias, de pessoas
mencionadas,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da Maçonaria e dos símbolos
usados pelas diferentes culturas. De qualquer forma, como aconteceu com a Leilah,
fiquei agarrado ao livro até o final.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Quando concluí a leitura do O Símbolo Perdido,
busquei na minha biblioteca digital Kindle, como faço de vez em quando, algum
e-book que ainda não tivesse lido. Encontrei uma publicação do O Conde de Monte
Cristo, de Alexandre Dumas, em Espanhol, que comprei há tempo aproveitando uma
promoção, mas ainda não tinha lido. Como tenho feito com outros e-books, decidi
ler a história tão mencionada, conhecida até através de filmes, mas da qual eu
tinha, apenas, um vago conhecimento. Para minha surpresa, considerando
tratar-se de um romance de aventura do século XIX, senti que ele, além
de muita intriga, muita ação, tem a característica de suspense, o que me
manteve preso à sua leitura. Sempre curioso pelo desenrolar da história, a
partir de certo ponto passei a achar os diálogos muito longos e a desejar chegar
logo ao final do livro. Dediquei um bom tempo, diariamente, à sua leitura e o
livro não acabava nunca (Leilah passou a se divertir com a minha
luta, minha pressa em terminar o livro e escrever esta crônica que eu já vinha
esboçando). Terminei sua leitura há poucos dias.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">A publicação em si não é, tecnicamente, das
melhores; encontrei erros de digitação, até um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>caso de inserção de texto em posição errada, e
a tradução para o Espanhol manteve o tratamento de vós nos diálogos (o que, na
conjugação dos verbos especialmente, torna a leitura mais difícil). Contudo,
serviu para meu propósito, que era conhecer a história original, detalhada e
completa.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; line-height: 125%;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7iHVTb-EdyYKUxFy_4_CBhv-PisATIdJKfkpXuubvr_RU8BSGjGzdWpq1coUO0NTFlFH842fsZjGp6S-4N07ey5xMxEOtH2TaWDeZxlUxZoixs-n_cmrt9sx7FcyApH6PyzQxC5v6MC_ZkYTXQRLtOMqQMcLFCPErhZuOEUD1hYbBAKyFkjFXRKNwtg/s2327/FotoLivrosBrownDumas.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1647" data-original-width="2327" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7iHVTb-EdyYKUxFy_4_CBhv-PisATIdJKfkpXuubvr_RU8BSGjGzdWpq1coUO0NTFlFH842fsZjGp6S-4N07ey5xMxEOtH2TaWDeZxlUxZoixs-n_cmrt9sx7FcyApH6PyzQxC5v6MC_ZkYTXQRLtOMqQMcLFCPErhZuOEUD1hYbBAKyFkjFXRKNwtg/s320/FotoLivrosBrownDumas.png" width="320" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>Capas dos livros (copiadas de amazon.com.br)</b></span></td></tr></tbody></table><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span><p></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Por quê, então, reuni dois escritores tão distantes
no tempo e na tecnologia, nesta crônica? A razão está no meu hábito, quase
segunda natureza, de relacionar fatores e encontrar analogias.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="text-align: left;">Observei que o livro de Dan Brown e o de Dumas guardam
certas semelhanças. Como se dizia antigamente, “senão vejamos”: primeiro, ambos
são histórias fantásticas, parecendo a mim fortemente irreais; além disso,
também mencionam citações de pessoas célebres, deuses, mitologia e fatos históricos;
apresentam aspectos de cidades (no caso de Dumas, uma descrição turística de
Roma e um pouco de Marselha e Paris, destacando nesta o tipo de vida dos
personagens, em meados do século XIX); no caso de Brown, Washington, a capital
dos Estados Unidos, nos dias de hoje, destacando o Capitólio e monumentos; em
ambos os livros, os respectivos personagens centrais são, igualmente, uma
espécie de super-homens que, após terem sofrido alterações físicas, encontram </span><span style="text-align: left;"> </span><span style="text-align: left;">pessoas que conviveram intimamente com eles e
não são reconhecidos por elas, o que é deveras difícil de acreditar. </span></span><span style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Há,
também, em cada história, o caso de uma personagem ressuscitada após a
descrição detalhada de sua morte.</span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Claro, há diferenças enormes nas histórias,
separadas por dois séculos e, em termos de tecnologia, por uma
distância muito maior. Por exemplo: no livro de Dumas, as viagens são por
navio, carruagens ou simplesmente a cavalo, a comunicação é por carta, as armas
são pistolas e punhais e pessoas são envenenadas; os personagens de Brown se
deslocam por aviões a jato, automóveis, helicópteros e metrô; a comunicação é por
telefones celulares com recursos muito avançados (alguns usados na perseguição
de pessoas); as armas de fogo têm comando eletrônico, disparadas até de
helicóptero com precisão extraordinária, e as chamadas armas brancas têm uso
simbólico.</span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Reconheço que encontrei em Dan Brown um extraordinário mestre
do suspense (eu tinha, apenas, assistido ao filme Código da Vinci, baseado em seu livro). Leitor
assíduo de John Grisham, outro mestre, vou ficar também freguês do Brown.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">E depois de ler o Conde de Monte Cristo, estou
certo de que há, desde muitos anos, mais escritores que consigam nos prender às
suas histórias e que nos deleitem com elas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Vamos ler mais?<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></span></i></b></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 125%; mso-fareast-language: PT-BR;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>Nota:</b> Meu amigo Gentil é Carlos Gentil Vieira; fomos colegas na IBM. Autor de vários livros, começou a escrever antes de mim. Seu site, vececom.com, é d<span style="background-color: white; color: #4d5156; text-align: left;">edicado a autores e leitores independentes.</span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;">
</span></div>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-82493533700184540202023-03-22T12:12:00.004-07:002023-08-08T13:52:26.015-07:00O cinema em casa - o casal de idosos e a tecnologia<p><span style="font-family: verdana;"> P<i><span style="color: #002060;">rezada leitora ou caro
leitor:</span></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><i><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Quando escrevi a
crônica “Cinema em Casa”, que foi bastante lida e recebeu vários comentários,
eu acrescentei uma observação em que dizia que pretendia escrever outra crônica,
dessa vez<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>comentando como nós, um casal
idoso, havíamos lidado com a tecnologia de reprodução de filmes.<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><i><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">É o que venho fazer
agora. <o:p></o:p></span></span></i></p>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Quando Leilah e eu,
estimulados principalmente pelos filhos, decidimos aderir aos streamings de
filmes, iniciando pela Netflix, verificamos que nossa televisão, embora ótima, “high
definition”, de tamanho adequado à nossa saleta aconchegante, não era uma
“smart TV”. Ela requeria a instalação de um aparelho chamado Apple TV.
Compramos a pequena caixa preta e a instalamos. Conectada à televisão, ocupou a
segunda (e última disponível) entrada HDMI desta (o primeiro é a entrada para a rede de
canais). <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">A seguir, Leilah contratou
os serviços da Netflix e começamos a assistir a filmes e séries. Quando
quisemos ampliar o cardápio, contratamos também a Prime Video. Durante um bom
tempo, especialmente no isolamento social da pandemia, aproveitamos bastante os
streamings, assistindo a bons filmes e séries; destas, alguns destaques foram
“Downton Abbey”, “Friends”, “Mad Men”, “Dix pour-cents” e “The Crown”.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Nesta fase, tivemos problemas
operacionais, principalmente com o controle remoto do Apple TV, uma régua
minúscula (3cmX12cm) com três botões e uma coroa circular em volta do botão
principal.<o:p></o:p></span></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNumTmlfT9jMkRmxsMYBG5Sw__W0vsZjtZIuoT9g37tbE6BHlEMYds2qIrCfm_VVyaGT7uw_8RbkOUgIuEUwgpFfgOFd5uIvZqhtg0ht2pZklafBBjT9COG8so5nrAz-c3HWpKWPaaqbotCC7DoR0B2AcXLIYbhqJ4cbU88FVZWqiYr9W-FdpLlnYsGA/s1280/ControleAppleTV_f75274b6-af44-4cb2-9c8e-513f278515b6.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="622" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNumTmlfT9jMkRmxsMYBG5Sw__W0vsZjtZIuoT9g37tbE6BHlEMYds2qIrCfm_VVyaGT7uw_8RbkOUgIuEUwgpFfgOFd5uIvZqhtg0ht2pZklafBBjT9COG8so5nrAz-c3HWpKWPaaqbotCC7DoR0B2AcXLIYbhqJ4cbU88FVZWqiYr9W-FdpLlnYsGA/s320/ControleAppleTV_f75274b6-af44-4cb2-9c8e-513f278515b6.jpg" width="156" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">O controle remoto do AppleTV</span></b></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Trabalhar com ele,
especialmente quando se pesquisa um filme pelo nome, é bem difícil para mim. Quando
o comando do lado direito da coroa parou de funcionar, Leilah passou a usar o
Ipad para chamar a Netflix, o que nem sempre dava certo. Compramos, então, um
novo controle do Apple TV pela internet, o que não foi fácil. Bem recentemente,
este segundo controle também apresentou defeito – desta vez, o problema era do
lado esquerdo da coroa. Leilah foi à internet e descobriu um vídeo que nos
ensinou como abrir o controle (usando um alfinete), fazer a limpeza dos
contatos e fechar o dispositivo. Encarregado de fazer a operação, tive sucesso,
contra toda minha expectativa. Festejamos. Porém, o pequeno aparelho continua
sendo um grande desafio à minha habilidade manual.<o:p></o:p></span></span></p>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Todavia, como contei
na crônica “Cinema em Casa”, depois de algum tempo, ficou difícil achar um
filme que realmente apreciássemos. Resolvemos, então. rever nossos DVDs, entre
os quais uns de séries muito boas, mas, após algumas sessões, fomos
surpreendidos por uma dificuldade séria: nosso aparelho de DVD, relativamente
novo, que substituiu o anterior porque reproduz “blue ray”, só aceita DVDs da
Região 4. Assim, não podíamos assistir a grande parte de nossos filmes. Após
tentativas de consertar e adaptar, sem sucesso, aparelhos usados que nos deram,
recebemos de um grande amigo (que é também nosso dentista) um aparelho, de
presente, que resolveu o problema. Passamos a assistir, usando os dois
aparelhos, a todos os nossos DVDs e mais aqueles emprestados ou presenteados
pelos amigos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Quanto às condições
tecnológicas, restou a incômoda necessidade de mudar os cabos conectores dos
três aparelhos (o Apple TV e os dois de DVD) que disputam a entrada HDMI-2 da
televisão. Já compramos duas vezes cabos para compartilhamento dessa entrada,
mas não funcionaram (pois é, tentamos... sem sucesso).<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;"></span></span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Já os controles remotos
dos aparelhos de DVD e da televisão, são bastante amigáveis. Em um tamanho
adequado e com vários botões para diferentes funções, não tenho problemas com seu manejo.</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><br /></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_I_WFRZ-s61q7_feUSU1eK64QT9WJmFJpRxnhTcqZhIP1Hl8oZH4sFiSNFVwOddiWu4kpPjpNlaBlWXXN_fNf8qlapHUnn16NYu3bc_NrHGupLL8PlfY2LvYJkMQbDYsRsoesu-UgVnnCAyTxD65RBqbFjfBVf3BvtW25QL1Eox2bNOE2HEcdtfJG0Q/s350/ControlesTV&DVD%20_2_cca1be3a-1573-4cab-9c1f-146a332d1049.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="340" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_I_WFRZ-s61q7_feUSU1eK64QT9WJmFJpRxnhTcqZhIP1Hl8oZH4sFiSNFVwOddiWu4kpPjpNlaBlWXXN_fNf8qlapHUnn16NYu3bc_NrHGupLL8PlfY2LvYJkMQbDYsRsoesu-UgVnnCAyTxD65RBqbFjfBVf3BvtW25QL1Eox2bNOE2HEcdtfJG0Q/s320/ControlesTV&DVD%20_2_cca1be3a-1573-4cab-9c1f-146a332d1049.jpg" width="311" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">Controles da TV e dos aparelhos de DVD</span></b></td></tr></tbody></table><p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><br /></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;"><hr align="center" size="2" width="100%" /></span></span></div><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #002060;"></span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060; font-family: verdana;">Apesar das dificuldades de nosso relacionamento de idosos com a tecnologia, estamos sendo amplamente compensados pelos momentos altamente agradáveis dessas sessões na “happy hour”, recorrendo aos streamings e aos DVDs.</span></p><div><span style="color: #002060; font-family: verdana;">Nestas últimas
semanas, assistimos na Netflix a filmes sugeridos p</span><span style="color: #002060; font-family: verdana; mso-fareast-language: PT-BR;">or amigos e a vários clássicos
em DVDs, com destaque para aqueles que estávamos buscando nos streamings e
outros, selecionados por nossos amigos. Reencontramos atores a atrizes
excepcionais com desempenho excelente, em ótimas histórias e com direção
competente.</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Assistir aos filmes é um entretenimento precioso para o casal de idosos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><b style="font-family: verdana;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></b></p>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="color: #002060; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Observação:</span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060;"><span style="font-family: verdana;">Destaques dos filmes
clássicos a que assistimos recentemente em DVDs, alguns pela primeira vez e
outros de que não tínhamos completa lembrança: Joan of Arc, Lawrence da Arábia,
Macbeth, Noite dos Generais, O Dia do Chacal, Amar foi minha ruína, Nasce uma
estrela, O homem que não vendeu sua alma, O Retrato de Jennie, O amanhã é
eterno, O Príncipe e o Mendigo. Por quem os sinos dobram, A viúva alegre, Les
Diaboliques, Le Salaire de La Peur, Le Corbeau, Os melhores anos de nossa vida, Maria
Stuart, Os irmãos Karamazof, O incrível exército de Brancaleone.<o:p></o:p></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #002060;">⁕</span><span style="color: #002060; mso-bidi-font-family: Aharoni;"> </span><span style="color: #002060;">⁕</span><span style="color: #002060; mso-bidi-font-family: Aharoni;"> </span><span style="color: #002060;">⁕</span><span style="color: #002060;"><o:p></o:p></span></span></p><span style="color: #002060;"><br /></span><p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-91469753464389154502023-03-09T05:19:00.002-08:002023-03-09T05:57:00.323-08:00If your language is not Portuguese<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">According to records in my blog, I have readers from outside Brazil, in several countries, which gives me great satisfaction. </span></span></span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">However, I don't know if they are reading the texts in Portuguese or if they are using the automatic translation offered on the blog. </span></span></span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">This type of translation has been improving in recent years and expanding to a huge range of languages.<br /></span></span></span></span></span></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">I communicate reasonably well in English and Spanish, but I don't write well enough to publish blog posts in those and other languages without the help of translators or proofreaders. </span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Therefore, I restrict myself to Portuguese. </span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Automatic translation, it seems to me, will be enough for readers to understand the texts, despite the inevitable inaccuracies due to the particularities of each language.</span></span></span><hr align="center" size="2" style="font-family: verdana; text-align: center;" width="100%" /><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">In my blog, you may have automatic translation of the original texts into many languages through quite simple command actions. </span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">My evaluation of the English and Spanish versions is that they are not perfect, but they are quite understandable. </span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Therefore I think this resource is very useful for people who would like to know my writings but do not understand Portuguese.<br /></span></span></span><span style="font-family: verdana;">If you have comments, write them in your language and I will get the translation.<br /></span><span style="font-family: verdana;">As I have tested it on my PC and my cellphone, the way to get the translation is:</span><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: left;"><span lang="EN"><span style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> <b> </b><b>1. With the PC (Windows, Google Chrome):</b></span></span></span></span></p></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"></p><ul style="text-align: left;"><ul><li><span style="font-family: verdana;">On the blog screen click the English flag.</span></li><li><span style="font-family: verdana;">The text is translated into English and above the blog title it writes: </span><span lang="EN" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Google Translate </span></span></span></span> <span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Portuguese detected ></span></span></span></span></span><span lang="EN" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> </span></span></span></span></span><span lang="EN" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">English.</span></span></span></span></span></li></ul><ul><li><span style="font-family: verdana;">If you wish to change the language you click on English.</span></li><li><span style="font-family: verdana;">A big menu opens for you to select, for example, "Espanhol" (or “Spanish”).</span></li><li><span style="font-family: verdana;">After clicking on the selected language, you will have the desired translation.</span></li><li><span style="font-family: verdana;">You may test the translation with one of my chronicles already published. For example: </span><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><span style="font-family: verdana;">“Longevidade – A fórmula”<br /></span><span style="font-family: verdana;">Link: </span><span style="font-family: verdana;"><a href="http://washingtonconceicao.blogspot.com/search?updated-max=2023-03-02T05:44:00-08:00&max-results=1">http://washingtonconceicao.blogspot.com/search?updated-max=2023-03-02T05:44:00-08:00&max-results=1</a> </span></blockquote></li></ul></ul><p style="text-align: left;"></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span> </span><b>2. With the cellphone (Android, Google Chrome):</b></span></span></p></blockquote><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"></p><ul style="text-align: left;"><ul><li><span style="font-family: verdana;">On the blog screen, touch on the 3 dots at the top, on the right.</span></li><li><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A menu opens; </span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">touch on “Translate”/“Translate”</span></span></span></li><li><span style="font-family: verdana;">The texts are translated into English.</span></li><li><span lang="EN-US" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">If
</span></span></span></span></span><span lang="EN" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">you wish to change the language you touch on the 3 dots at the bottom of the screen, on the right.</span></span></span></span></span></li><li><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A new menu opens; </span></span></span><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">touch on “Mais idiomas” or “More languages”</span></span></span></li><li><span lang="EN-US" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A
</span></span></span></span></span><span lang="EN" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">big menu opens for you to select, for example, “Espanhol” (or “Spanish”).</span></span></span></span></span></li><li><span lang="EN-US" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">After touching </span></span></span></span></span><span lang="EN" style="font-family: verdana;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">on the selected language, you will have the desired translation.</span></span></span></span></span></li><li><span style="font-family: verdana; vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="font-family: verdana;">You may test the translation with one of my chronicles already published, which are offered on the cellphone when you open the blog. For example: </span></span></span></span></span><span style="font-family: verdana;">“Longevidade – A fórmula”.</span></li></ul></ul><span> </span><span> </span><span> </span>T<span style="font-family: verdana; text-align: justify;">hank you
for your attention.</span><br /><p style="text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span></p><p> <span> </span><span> </span><span> </span><b style="font-family: verdana;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Washington Luiz Bastos Conceicao</span></span></span></span></span></i></b></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"></blockquote><div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk129074869;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><hr align="center" size="2" width="100%" /></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bookmark: _Hlk129074869;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
</span>
</span></span></div>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-90018008351969110462023-03-02T05:44:00.001-08:002023-08-08T13:53:13.552-07:00Cinema em Casa<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O título acima era de um programa de televisão no
início de sua atividade no Brasil,
programa esse que consistia em apresentar um filme produzido originalmente para
projeção nas salas de cinema.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De alguns anos para cá, especialmente depois da
pandemia do Covid-19, há muito mais cinema em casa do que nas salas de
espetáculo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span>A evolução tecnológica nos deu os filmes em “vídeo
tapes”, substituídos depois pelos DVDs. Por sua vez, o uso destes, hoje em dia,
está sendo substituído pela transmissão na televisão das “streaming companies”,
principalmente Netflix, Prime Video e Youtube </span><span style="text-align: left;"> </span><span style="text-align: left;">(que passarei a chamar aqui de “streamings”). </span>Entretanto, ainda há vários
canais de televisão que apresentam filmes, quase que exclusivamente, com grande
variedade de reprises, mas com a desvantagem de as interrupções não serem
comandadas pelo espectador mas estabelecidas para anúncios comerciais; e nem
sempre oferecem legendas ou escolha do idioma falado.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De uma forma ou de outra, o cinema em casa é um entretenimento da maior
abrangência.</span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Estou assistindo a uma série muito boa!” é uma
frase que ouço, frequentemente, nas conversas com meus filhos e cônjuges. Sim,
eles estão comentando filmes a que assistem na televisão, usando uma das
streamings.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Contudo, Leilah e eu deixamos de acompanhar os
comentários porque, ultimamente, não temos frequentado a Netflix ou a Prime Video. Embora tenhamos,
por bastante tempo, apreciado neles bons filmes e séries, como “Friends”,
“Downton Abbey” e “The Crown”, por exemplo, aconteceu que, de um tempo para cá,
filmes e séries passaram a não nos agradar, por várias razões: histórias que simplesmente não nos interessaram desde o início, a violência
excessiva, o sexo explícito beirando a pornografia e a clara intenção de
influenciar o espectador quanto às novas formas de relacionamento entre pessoas.
Razões particularmente nossas, sem crítica a quem aprecie tais filmes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Essa insatisfação nos fez procurar, nas streamings, filmes do nosso tempo de adultos
jovens e alguns mais recentes. Tentamos, por exemplo, assistir a um daqueles de que mais gostamos na juventude, o “Por quem os sinos dobram”, baseado em
livro de Ernest Hemingway, onde pudemos apreciar o extraordinário desempenho
dos atores, com destaque para Ingrid Bergman e Gary Cooper, dirigidos por Sam
Wood. Contudo, o filme está disponível mediante pagamento de uma taxa
adicional. Como já pagamos o uso da rede, os canais Netflix e Prime Vídeo, termos
de pagar também para assistir a cada filme que conseguirmos selecionar nos
parece inaceitável.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Essa insatisfação com os filmes oferecidos nos fez
dar prioridade aos nossos DVDs, que temos em uma quantidade razoável. São
filmes isolados e séries, muitos deles adquiridos nos Estados Unidos. Assistimos novamente a vários
deles, mas sentimos falta de outros, clássicos “do nosso tempo”.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A sorte, contudo, veio em nossa ajuda. Um amigo de
há muitos anos, grande conhecedor de cinema e colecionador cioso, que tem uma
DVDteca respeitável de filmes clássicos, está nos fazendo o favor muito
especial de emprestar DVDs de filmes excelentes, principalmente das décadas de
1940 e 1950, incluindo franceses. Assistindo também a nossos DVDs, estamos
podendo apreciar ótimos filmes, com desempenho de excelentes atores, dirigidos
por famosos e competentes diretores. Por exemplo:<o:p></o:p></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi22YH_Yz5usnj9AdpIy67To4vwA-Pdv0RlbDKevzvTb_VShR_z378ny8B9xRJRgvkp5Ih1lnsDAhCfoy0nuCVmxiJpdJ1Cm1CspIzrrT-JguKXGWkawQTTld8OQCw04vJXaE4Bzvcppy1XyKvaAG4r7xT8_kjwCb6FxYX-Uit9zFuneABtwhxVhXdYnQ/s3519/Capa_4_3DVDs_45cfad85-e73c-4ebd-a795-2562f2fd0c5a.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><img border="0" data-original-height="1188" data-original-width="3519" height="135" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi22YH_Yz5usnj9AdpIy67To4vwA-Pdv0RlbDKevzvTb_VShR_z378ny8B9xRJRgvkp5Ih1lnsDAhCfoy0nuCVmxiJpdJ1Cm1CspIzrrT-JguKXGWkawQTTld8OQCw04vJXaE4Bzvcppy1XyKvaAG4r7xT8_kjwCb6FxYX-Uit9zFuneABtwhxVhXdYnQ/w400-h135/Capa_4_3DVDs_45cfad85-e73c-4ebd-a795-2562f2fd0c5a.jpg" width="400" /></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>Por quem os sinos dobram, Oliver Twist, Les Diaboliques, Clint Eastwood Collection</b></span></td></tr></tbody></table><div><span style="font-family: verdana; text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; text-align: justify;">Há ainda DVDs à venda e já compramos alguns que nos
interessaram. Não desistimos, contudo, da Netflix e da Prime Video; vamos
manter as streamings como alternativa, pois esperamos ainda encontrar no
cardápio delas alguns filmes que nos agradem.</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">É de grande importância, para este casal de
idosos, manter nossa sessão diária de cinema em casa, muito gostosa, em nossa
“happy hour”.</span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;"><b>Washington Luiz Bastos Conceição</b></span></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>Observações:</b></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: verdana;">Reconhecemos que há eventuais diferenças de nosso gosto com o dos jovens, mas não vemos problema. Como se cantava e dançava algum tempo atrás, “Cada qual no seu quadrado”.</span></li></ul><ul><li><span style="font-family: verdana;">Para</span><span style="font-family: verdana; text-indent: -18pt;"> usarmos as streamings e os DVDs tivemos algumas
dificuldades com as tecnologias, o que pretendo comentar em outra crônica.</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-44455858053876666832023-01-24T16:44:00.005-08:002023-01-25T07:30:02.786-08:00O “football business” e a FIFA<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pelo
que tenho escrito, penso que meus leitores, tão quanto meus amigos, sabem que
aprecio muito o futebol e que assisto a partidas na televisão, principalmente as
de clubes europeus. Enquanto observo os lances variados, a habilidade e o
esforço dos jogadores, até as táticas dos times, penso na abrangência da
prática do esporte que, por se tornar um espetáculo, é altamente apreciado no
mundo todo, em países das mais variadas culturas e formas de governo. Em
consequência, é hoje um grande negócio global – basta considerar as multidões
que frequentam os estádios e, mais ainda, a transmissão por televisão – ao vivo
e por vídeos – para bilhões de espectadores.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Embora
eu não tenha a mínima ideia da equação financeira dos clubes ao contratarem
jogadores por valores milionários em moedas fortes (mesmo considerando que os
contratos têm prazos de anos) é de se entender que estejam sendo feitos grandes
investimentos no futebol por pessoas e organizações bilionárias de vários
países.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Também
procuro imaginar quantas pessoas vivem do negócio futebol. Além daqueles
diretamente envolvidos – jogadores, técnicos, árbitros, médicos, dirigentes...
– os que trabalham nos estádios, na mídia em geral e na televisão em
particular, nos hotéis, nas linhas aéreas... Já é muita gente, vou parar por
aqui.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">E
observo, admirado, que a FIFA (“Fédération Internationale de Football
Association”) coordena todas essas competições globais de futebol. Com
representantes nos países membros, apoia as federações respectivas na
realização de seus campeonatos, mediante regulamento que abrange vários itens
essenciais para a realização dos jogos e a organização das competições. Inclui
as regras do esporte propriamente ditas, o estabelecimento dos locais e
cronogramas dos torneios internacionais e o controle do “fair-play” financeiro
dos clubes nas contratações de jogadores. E mais, adota medidas especiais junto
aos clubes e seleções afetadas, nos casos de conflito entre países membros.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Além
do futebol “de campo” (masculino e feminino), a ação da FIFA se estende ao
futebol “de salão” (ou futsal) e ao futebol “de praia”.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Acompanhando
o futebol de campo masculino, fico impressionado com o encaminhamento que a
FIFA deu à simetria das competições de clubes e das competições de seleções
nacionais.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Quanto
aos clubes, em cada um dos países há um campeonato e uma copa nacional, além
das competições tradicionais locais (estas, a critério de cada um; por exemplo,
o Brasil ainda tem campeonatos estaduais e a Inglaterra tem duas copas
nacionais). O campeonato e a copa de cada país servem para a classificação para
as copas regionais de clubes (exemplos destas: a “Champions League” e a “Europa
League”, na Europa, e a Libertadores e Sul Americana na América do Sul). Os
vencedores das copas principais, em cada região, se classificam para o
Campeonato Mundial de Clubes, organizado pela FIFA. Não esqueçamos: todos esses
jogos estão acontecendo no mundo inteiro! <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Ufa!
A esta altura, o caro leitor ou prezada leitora já se cansou de tanta
competição. Imagine como será orientar e programar essas atividades,
estabelecendo as chamadas datas-FIFA. E são 211 países membros!</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">E
temos, ainda, os campeonatos de seleções nacionais, que agitam, praticamente,
toda a população de cada país. Em cada uma das seis confederações (Europa; África;
América do Sul; América do Norte e Central; Ásia; e Oceania) os países competem
localmente pela classificação para a fase final da Copa do Mundo. E,
paralelamente, disputam uma copa regional (Eurocopa e Copa América, por
exemplo).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">O
principal evento internacional é a fase final da Copa do Mundo, realizada a
cada quatro anos.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Segundo
a FIFA: <i>“Em 18 de dezembro de 2022, 88.966 espectadores lotaram o Estádio
Lusail e cerca de 1,5 bilhão em todo o mundo assistiram a uma final vibrante
entre Argentina e França. Os primeiros números sugerem que cerca de 5 bilhões
de pessoas se envolveram com a Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022, acompanhando o
conteúdo do torneio em uma variedade de plataformas e dispositivos no universo
da mídia.”<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Considerando
que a população global em 2022 é estimada em oito bilhões, os números da FIFA
são fantásticos.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">E
a expectativa é, ainda, de grande crescimento, com a evolução do futebol
feminino, assim destacado no site:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">“O
futebol feminino é a maior oportunidade de crescimento no futebol hoje e
continua sendo uma prioridade para a FIFA. Embora o jogo tenha crescido
exponencialmente em todos os níveis, a paixão e a crescente popularidade do
esporte oferecem um vasto potencial inexplorado. A FIFA está investindo em
financiamento, recursos humanos e programas de desenvolvimento inovadores e
personalizados, para trazer o futebol feminino para o nível principal, onde ele
deve estar.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Por
ter assistido recentemente a várias partidas de futebol feminino, entre clubes
e seleções nacionais, vejo, também, em sua evolução, uma grande contribuição ao
“football business”.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;"><b>Washington Luiz Bastos Conceição</b><o:p></o:p></span></span></i></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 125%;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Notas:</span></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">1. A
Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023 será realizada na Austrália e na Nova
Zelândia em julho e agosto.</span></span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst">
</p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">Do
site da FIFA:<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJmahUAExqQaTP0HJA5vmiHZnj-ug3y8hs0llM3CwdNizGchqh5KU5VtUUiFum8b93LwAC2naFjFdJuYFsSzhFgIl_RTmHJ_fCoFcryUx8ZBg_Fk00ikMjBV7i6YZaZuyZS9qHkP5Qu3WMefEZtSCQxeRyomZhNBom4bxNCnYYGL9bNTPhTmmlNdf0yg/s2122/BolaCopaFeminina2023.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1515" data-original-width="2122" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJmahUAExqQaTP0HJA5vmiHZnj-ug3y8hs0llM3CwdNizGchqh5KU5VtUUiFum8b93LwAC2naFjFdJuYFsSzhFgIl_RTmHJ_fCoFcryUx8ZBg_Fk00ikMjBV7i6YZaZuyZS9qHkP5Qu3WMefEZtSCQxeRyomZhNBom4bxNCnYYGL9bNTPhTmmlNdf0yg/w400-h285/BolaCopaFeminina2023.jpg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><p class="MsoNormalCxSpFirst"><i>O horizonte de Sydney forneceu um cenário
deslumbrante para a apresentação da OCEAUNZ, bola oficial da Copa do Mundo FIFA
Feminina de 2023.</i></p><p class="MsoNormalCxSpFirst">2. Dizem as más línguas que a implantação do futebol feminino enfrentou a dificuldade inicial de colocar em campo dez mulheres vestindo roupa igual.</p></span><p></p><div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 125%;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</span></div><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"></span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"> </p><p></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></i></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></i></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></i></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></i></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 125%;"><span style="font-family: verdana;">
</span><hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-31917668005048165912022-12-23T08:41:00.004-08:002022-12-23T19:35:41.104-08:00Comandante Castro Lima – amigo de toda a vida<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nesta vida de idosos, cheia de restrições, Leilah,
minha esposa, e eu ainda pudemos viajar para São Paulo, em 2013. Fomos visitar
parentes-amigos e amigos-não-parentes.</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Uma das atividades da visita foi um almoço
memorável em um daqueles ótimos restaurantes italianos da capital paulista. Os
participantes eram de São Paulo, capital, minha sobrinha de Franca e os
cariocas que foram conosco à Pauliceia. Éramos cerca de 20 pessoas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Entre os participantes estavam Luiz Antônio Castro
Lima e sua esposa Kilza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como de hábito, na situação de visitante
prestigiado pelos amigos, fiz um breve discurso. Começando com uma situação
levemente embaraçosa (ao me levantar houve um deslizamento da calça que mostrou
rapidamente um pouco da roupa de baixo que eu usava para me preservar do frio
hibernal paulistano, o que animou o ambiente), agradeci a presença dos amigos,
mencionando os dois argentinos presentes e comentando que o outro argentino que
visitava o Brasil não pôde estar conosco por causa de seus muitos compromissos
(era o Papa Francisco). E destaquei que, de todos que ali estavam, o
Luiz Antônio era a pessoa que eu conhecia havia mais tempo, pois éramos amigos
havia mais de 70 anos!</span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2qqu_y8BNCmHDTndzQxIRTURMVrXZ9QjydOHYPdS1Hn_7jQj-GdVT-sA_0AavLCUFXfY2Ceq3-7Igh6_SlMnSlbBd6a_snvmRyJUmiYPb_Aji4xKdYrsaDFgpdEpu09I1_pSlQlFHGCbhZouFNuVHgBGiCqF5vBpR5ic-0_H9g0BoJN08E-U7mZlQ4Q/s2592/Amigos%20ha%2070%20anos_2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1944" data-original-width="2592" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2qqu_y8BNCmHDTndzQxIRTURMVrXZ9QjydOHYPdS1Hn_7jQj-GdVT-sA_0AavLCUFXfY2Ceq3-7Igh6_SlMnSlbBd6a_snvmRyJUmiYPb_Aji4xKdYrsaDFgpdEpu09I1_pSlQlFHGCbhZouFNuVHgBGiCqF5vBpR5ic-0_H9g0BoJN08E-U7mZlQ4Q/w400-h300/Amigos%20ha%2070%20anos_2.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b style="text-align: left;"><div style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: x-small;">Washington e Luiz Antônio Castro Lima no almoço de 2013</span></span></b></div></b><p style="text-align: left;"></p><div class="MsoNormalCxSpFirst"></div></td></tr></tbody></table><br /><p></p>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Depois desse agradabilíssimo evento, Leilah e eu
visitamos Luiz Antônio e Kilza, pelo menos duas vezes, em São Paulo, conversamos
por telefone de vez em quando e passamos, também, a nos comunicar por WhatsApp.
Ele vinha tendo alguns problemas de saúde que o enfraqueceram, de tal forma
que, em 29 de março de 2021, recebemos a seguinte mensagem da Kilza:</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Caríssimos Leilah e Washington, <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Lamento ter de participar a triste notícia.
Luiz Antonio nos deixou nesta sexta feira... <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Agora, são só saudades. <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Votos de saúde a todos vocês. <o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">Abraço, Kilza”</span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A tristeza em nossa família foi muito grande; além
de nós, Leilah e eu, nossos filhos gostavam muito do grande amigo. Desde então,
desejo muito escrever sobre nossa amizade e só este mês criei coragem para controlar a
emoção e publicar esta crônica.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Luiz Antônio e eu nos conhecemos porque meus pais
eram amigos de seus pais. Ele era da
mesma idade que eu – dois meses mais moço. Tornamo-nos amigos aos onze anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No livro Osmar e Jurema (sobre meus pais), conto assim:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>"Uma grande amizade de Jurema e Osmar, que
duraria a vida toda, foi a que tiveram com D. Iracema e Dr. Renato.
Conheceram-se porque ela era irmã de Dona Irene, amiga dos tempos da Pensão
Brasil. O casal tinha três filhos: Luiz Gastão, mais velho que o Túlio </i>(meu
irmão mais velho)<i> , Luiz Antônio, da minha idade e Ana Lúcia, que regulava
com a Maria da Penha </i>(minha irmã)<i>. D. Iracema era uma mulher ativa,
sociável, gostava de participar das atividades dos filhos e seus amigos, e Dr.
Renato, advogado, um senhor calmo, intelectual, não deixava transparecer que
tinha em seu currículo as atividades de delegado de polícia no interior do
Estado de São Paulo."<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É admirável que minha amizade com Luiz Antônio,
tão longa, tenha se mantido, apesar de termos seguido carreiras muito
diferentes, de termos morado, a maior parte do tempo, em distintas cidades. Ao
longo dos anos encontrávamo-nos e nos comunicávamos com alguma frequência e, em
cada oportunidade, era como se tivéssemos nos visto na véspera.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Vêm-me à lembrança os vários encontros que tivemos
durante nossa duradoura amizade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os meninos, Luiz Antônio e eu, moravam em bairros
diferentes, distantes um do outro, mas as famílias se visitavam. De vez em
quando, íamos à Vila Mariana e eles a Heliópolis (um bairro distante do centro
da cidade, tranquilo, com ares de cidade do interior).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tivemos boa convivência. Uma ocasião, quando minha
mãe teve de ir ao Paraná para ver os parentes, eu estava iniciando o curso
ginasial e já não podia ir com ela. Fiquei hospedado por cerca de um mês na
casa do Luiz Antônio. Algum tempo depois, ele passou algumas semanas de férias
comigo em Ponta Grossa, ambos hospedados por tio Lascínio e tia Jósea, irmã de
minha mãe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lá pelos nossos doze anos, ambos no ginásio, eu
ainda não pensava em carreira profissional, mas Luiz Antônio já tinha decidido
que seria oficial da Marinha. Eu relacionava essa escolha com o fato de que ele
nadava muito bem e até saltava de plataformas. Pois ele viria mesmo a fazer o curso
da Escola Naval e a carreira de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>oficial
da Marinha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Jovens, já formados (ele oficial da Marinha e eu,
engenheiro), ele morando no Rio e eu em São Paulo, nos encontrávamos
principalmente nas férias. Estivemos, mais de uma vez, com outros amigos, na
casa de praia que os pais dele tinham em São Sebastião, no litoral norte do
estado de São Paulo. Eram reuniões excelentes, de jovens adultos, gerenciadas
firmemente por D. Iracema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando entrei na IBM, uma das fases do treinamento
inicial foi feita no Rio. Nessa ocasião, Luiz Antônio, ainda solteiro, me hospedou
no apartamento dele. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Luiz Antônio e Kilza Setti se casaram algum tempo
depois de meu casamento com Leilah. Esta</span><span style="font-family: verdana;"> já conhecia </span><span style="font-family: verdana;">Kilza, musicista, compositora, porque
a irmã dela, Odileia, era sua contemporânea na Faculdade de Arquitetura da
Universidade de São Paulo.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tornamo-nos, então, casais amigos. E mais, eles também
mantiveram amizade com Maria da Penha, minha irmã, e Roberto, seu marido, em
cuja casa, em São Paulo, costumávamos nos encontrar quando, já residentes no
Rio, íamos a São Paulo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando me mudei para o Rio, Luiz Antônio
não estava morando aqui, estava servindo em outra cidade, mas, na década de 1980,
voltou ao Rio em designação temporária, instalando-se em um apartamento que tinha em Ipanema. Kilza e as
duas filhas permaneceram em São Paulo, onde ele passava os fins de semana.
Nesta fase, ele veio jantar muitas vezes conosco, tornando-se amigo também de
meus filhos. Uma das vezes que a Kilza veio ao Rio no final de semana, nos
ofereceu uma bela lasanha, por ela preparada.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Luiz Antônio, após servir a Marinha em várias
cidades, foi reformado pela idade e fixou definitivamente residência em São
Paulo. Em nossas viagens a essa cidade, nosso programa incluía um encontro com
o casal. Uma ocasião, Leilah e eu fomos, do Rio, visitá-los na casa que tinham
em Itamambuca, praia do município de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.
Mantínhamos, portanto, contato frequente com eles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando viajar, para nós, idosos, ficou difícil e,
depois, quando sobreveio a pandemia da Covid-19, nossa convivência se reduziu a
comunicações telefônicas.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na vida, amigos não contabilizam gentilezas e
atenções. Contudo, acho que fiquei devedor a ele por um grande favor, quando, conforme já mencionei, ele me hospedou no Rio em 1960.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando entrei na IBM, em São Paulo, a
primeira atividade do nosso grupo de profissionais, admitido para a
comercialização e instalação de computadores, foi um intenso treinamento
técnico, realizado parte em São Paulo e parte no Rio de Janeiro. Na fase do
Rio, recém-casado, vim com a Leilah à Cidade Maravilhosa para escolher o hotel
em que deveria me hospedar por cerca de dois meses. Embora estivéssemos
procurando um apenas confortável, nada de luxo, tivemos muita dificuldade para
encontrar aquele que satisfizesse, dentro da verba estabelecida pela IBM (condição diferente
da que tivemos depois, ao longo da carreira na empresa, quando viajávamos a
trabalho: o orçamento permitia hospedarmo-nos em hotéis muito bons). Fui, então, procurar o Luiz
Antônio que, ainda solteiro, morava em seu apartamento no bairro de
Laranjeiras. Ele me hospedou pela temporada e eu pagava apenas minhas
despesas. Em casa, tomávamos o café da manhã e fazíamos lanche à
noite. Os fins de semana eu passava em São Paulo.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Foi uma extraordinária gentileza que ele fez da
forma mais natural, simples, como era de seu feitio. Favor inesquecível!<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Meu grande amigo de infância, o garoto exemplar
que inspirou meus pais a darem o nome Luiz Antônio ao meu irmão caçula, manteve-se,
até a idade provecta, uma pessoa extremamente simpática, de convivência muito
agradável. Deixou muita saudade, sim, como disse Kilza, mas na sua lembrança
nossa amizade continua e, em 2023, completará oitenta anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-12788891721836595792022-11-03T07:21:00.002-07:002023-02-05T04:47:16.044-08:00Uma surpresa muito agradável<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Meus amigos e os leitores de meu livro “O Projeto
3.7 e Nós” (ou, em sua versão em Inglês, “The Project 3.7 and Us”) sabem que
eu, esposa e filhos moramos na área
metropolitana de Chicago por cerca de um ano e meio, no final da década
de 1960. Nessa temporada tivemos, a família, a experiência de vida naquela
região dos Estados Unidos e eu, a de trabalhar em um projeto da IBM, fazendo
parte de uma equipe internacional muito interessante.</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No livro, descrevo essa equipe assim:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Em resumo, a equipe do projeto era constituída
por dois grupos – o dos representantes da IBM Estados Unidos (chamada
“Doméstica”) e aquele formado por representantes da IBM Internacional (chamada
“World Trade”), a qual incluía as empresas IBM de todos os demais países. O
gerente geral do Programa era o Ted Armstrong e o gerente do grupo da “World
Trade” era o Fred Piethe, um dos representantes alemães. Este e todo o grupo
americano se reportavam ao Ted...”<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“No grupo americano, além dos representantes, estavam
o Especialista Administrativo, duas secretárias e o Commercial Artist,
responsável pela criação das ilustrações de nosso material de Marketing e de
Educação.”<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O “Commercial Artist” era o James Kelly, que
apresentei assim:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: verdana;">“Talvez o mais jovem do grupo dentre os homens,
muito simpático e agradável, James Kelly Jr., o Jim, era o “Commercial Artist”
do projeto. Formado em Desenho Industrial, era o responsável pelas ilustrações
do sistema e dos diagramas necessários que eram incorporados ao material de cursos
e de anúncio do sistema”... “Jim Kelly tinha uma aparência muito boa, era alto
(cerca de 1,80m), pele clara, cabelos castanhos, devia ter uns 25 anos. Gostava
de música, particularmente de bossa nova. Em nossas primeiras conversas ele fez
questão de dizer que era um fã entusiasta do Tom Jobim, que tinha muitos discos
com músicas dele, inclusive as gravações do Sinatra, do Tom com o Sinatra e
também gostava muito do Sergio Mendes. Foi ele que me indicou as gravações de
bossa nova que comprei lá.”<o:p></o:p></span></i></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No encerramento de nosso trabalho em Chicago, as
despedidas foram momentos um tanto tristes, apenas amenizados pelas
perspectivas de novos desafios de trabalho de cada um em seus país, a
satisfação de termos tido êxito em nossa empreitada e a possibilidade de nos
vermos novamente. Promessas de comunicação entre nós, até de visitas aos mais
chegados, foram feitas. De minha parte, muito poucas foram cumpridas. Na
verdade, eu viria a trocar alguma correspondência com o Juan Garcia Escribano (o
espanhol), a desencontrar-me dele quando estive em Madri, em 1972, a visitar o Emiliano
Balladore (o italiano) em Milão, no mesmo ano, e, por puro acaso, a
encontrar-me em White Plains, Nova York, com o Hiroaki Fujita (o japonês) treze anos depois (em 1982).<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando meu filho Cássio, que mora na Califórnia,
veio nos visitar em setembro, trouxe-me a notícia de que fora contatado pelo
Jim Kelly, que lhe enviou o seu endereço de e-mail. O resultado foi iniciarmos,
Jim e eu, uma comunicação por e-mail após 53 anos, ambos idosos (eu mais do que
ele) com troca de informações e fotos das famílias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Da mesma forma que eu me recordei, ao escrever o
livro, das nossas conversas sobre música brasileira, ele lembrou, agora, de que,
em uma visita a nossa casa em Prospect Heights, decidiram, ele e Chris, namorar
firme – e se casaram algum tempo depois. E Jim ainda se lembrou de que a Leilah
fez, no almoço,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um delicioso prato com
palmito (“heart of palm”, difícil de achar naquele tempo, importado do Brasil).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Continuamos nos “falando”, temos o que contar
sobre filhos e netos, temos o que falar do tempo de nosso trabalho.<o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Esse surpreendente reencontro me trouxe muita
satisfação e, especialmente, a emoção de saber de um colega-amigo de quem eu
nunca mais havia tido notícia. E me fez pensar quanto devemos ao
desenvolvimento tecnológico. Particularmente, à Internet, pois o Jim tomou
conhecimento da publicação de meus livros na Amazon, tentou me localizar e, com
a ajuda de uma de suas filhas, conseguiu se comunicar com o Cássio.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Foi, portanto, um mágico, maravilhoso,
excepcional reencontro internético.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: left;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nota:</span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Procurei a palavra “internético” no dicionário
“Aurélio on line” e não encontrei. Propus o neologismo.</span><o:p></o:p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-41349627686379994202022-10-19T13:29:00.000-07:002022-10-19T13:29:26.930-07:00Tempo de Leitura – com Érico Veríssimo<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="line-height: 135%;">Após
um período de ler, quase que exclusivamente, </span>livros e outras publicações como base para meus
escritos, voltei à leitura de lazer. Há dois meses, resolvi ler e reler obras de Érico
Veríssimo, começando com o Solo de Clarineta, seu livro de memórias, impresso,
que temos em nossa estante há anos e eu não tinha lido ainda. Paralelamente, li,
na versão e-book, os romances “Caminhos Cruzados”, “Clarissa” e “Olhai os
lírios do campo”.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Essa
curiosa forma de leitura concomitante me permitiu acompanhar as observações que
o autor fazia, na autobiografia, sobre os personagens de seus romances.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Pela
experiência que adquiri com meus escritos, ao mesmo tempo que aprecio os livros,
tenho observado a forma de escrever do autor, seus enfoques, seus “cortes” de
cenas, suas descrições dos ambientes e dos personagens, com as respectivas
características físicas e mentais.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Meu
pai tinha admiração por outros escritores, como Lígia Fagundes Teles, por
exemplo, que ele conhecia pessoalmente, mas observei que Érico Veríssimo era
seu escritor favorito, no que minha mãe o acompanhava. Daí a oportunidade que
tive de ler, na juventude, vários de seus livros, especialmente a trilogia do
Tempo e o Vento, certamente sua obra-prima. </span></span><span style="font-family: verdana;">Contudo,
embora tivesse em casa, há muitos anos, os dois volumes do “Solo de Clarineta”
(que Leilah, minha esposa, leu e apreciou muito) somente este ano lembrei-me do
livro e resolvi ler. Talvez tivesse mesmo de acontecer assim, pois estou
podendo usufruir mais do livro depois que ganhei experiência ao contar minhas
próprias histórias.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Além
de nos narrar, de forma aberta e sem autocomplacência, os fatos de sua vida,
desde a infância, ele expõe seus sentimentos e suas impressões durante as
ocorrências. Em particular, comenta como concebeu e desenvolveu seus romances,
como criou seus personagens. Muitos destes, inspirados em pessoas conhecidas
(várias de sua família), personagens que ele criava e, depois, ao longo da
história, ganhavam, segundo ele, vida própria. Exemplos são médicos que
aparecem em seus romances, dedicados e magnânimos, personagens inspirados no
avô paterno de Érico, e o Capitão Rodrigo, do Tempo e Vento, que, em parte, tinha
características do pai do autor.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Algo
que me impressionou muito foi a menção dos livros que Érico leu desde sua
juventude, não só pela quantidade, como pela variedade e importância dos
autores. Ele se valeu muito de seu conhecimento de vários idiomas,
principalmente do Francês e do Inglês, além do Português e do Espanhol. Erudito,
mencionou com frequência frases de escritores célebres. Particularmente, me
deixou envergonhado quando, ao contar sua viagem à Grécia, em que visitou
vários locais históricos, mostrou familiaridade com a mitologia grega e com filósofos,
poetas e dramaturgos da Grécia antiga, citando pronunciamentos deles. </span></span><span style="font-family: verdana;">Também
é notável sua menção frequente de obras de música clássica, em que demonstrou
conhecimento respeitável. </span><span style="font-family: verdana; line-height: 135%;">A
rica biblioteca e o gramofone de seu pai proporcionaram a Érico a oportunidade
de boa leitura e de ouvir boa música desde a infância.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">O
“Olhai os lírios do campo”, livro que impulsionou sua destacada carreira de
escritor, li ainda jovem (há mais de setenta anos) e reli agora.
Impressionou-me como eu não me lembrava nada da história, de forma que valeu
como primeira leitura. Dramático, o romance aborda assuntos delicados da
sociedade, com personagens fortes de comportamento característico e de diferentes
camadas sociais. </span></span><span style="font-family: verdana;">Nestes
dias, estou mergulhado no “O Continente”, da trilogia “O Tempo e o Vento”; já
reencontrei Ana Terra, Pedro Missioneiro e Pedro Terra e estou revendo agora um
certo Capitão Rodrigo, que surge na história ao entrar em uma venda da pequena
Santa Fé e saudar os presentes com a frase da qual jamais me esqueci. Foi
assim:</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">“Apeou
na frente da venda do Nicolau, amarrou o alazão no tronco dum cinamomo, entrou
arrastando as esporas, batendo na coxa direita com o rebenque, e foi logo
gritando, assim com ar de velho conhecido: </span></span></i><i><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">— Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de
prancha e nos grandes dou de talho!”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Tenho
vários livros por ler que ganhei recentemente, mas, no meu hábito de leituras
concomitantes de livros impressos e de e-books, sei que vou me manter na
companhia de Érico Veríssimo por mais um bom tempo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Nota:</span></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Cara leitora, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ou prezado leitor:</span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Meu hábito de leituras concomitantes foi causado
pela dificuldade que tenho em ler livros impressos na cama, ao me deitar – eles se tornaram pesados para mim, não me ajeito ao sentar-me na cama e uma iluminação
mais forte pode perturbar minha cara metade. Em consequência, essa leitura
noturna é feita em e-books, no telefone celular, onde tenho minha
biblioteca particular. Os livros impressos são lidos em poltrona da sala de
estar, onde também leio e-books (aliás, como vivo comentando, estes leio até nas salas de espera de médicos, dentistas e laboratórios clínicos).</span></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-12294785624240106012022-08-25T08:16:00.023-07:002022-08-26T04:33:04.315-07:00“Um casal de idosos no tempo do vírus” em novas versões<p style="text-align: justify;"><b>A
versão impressa</b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Em 17 de
julho, noticiei neste blog a publicação do livro<a name="_Hlk112259119"> “Um
casal de idosos no tempo do vírus” </a>em versão digital (e-book). Na ocasião,
expliquei que, como me pareceu importante publicar em livro o que um
casal idoso passou nessa temporada de isolamento social intenso, reuni nele as
crônicas sobre o assunto publicadas neste blog, mantendo as impressões e os
sentimentos vividos e comentados em cada fase da pandemia. A leitura das
crônicas, em sequência, deverá ser interessante, mesmo para aqueles que tenham
lido toda a série.<o:p></o:p></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Hoje,
venho anunciar a publicação do livro na versão impressa, que apresento com a
seguinte sinopse:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i>“Quando
o Covid19 atacou a humanidade, Leilah e Washington, octogenários, tiveram de se
recolher ao isolamento social. Nessa condição inédita, vivida no mundo todo,
sobreviveram à fase mais grave da pandemia. O livro registra o dia a dia dos
dois, no período de março de 2020 a março de 2022, as dificuldades, sua forma de
enfrentá-las, suas atividades e seu controle pessoal para não se deixarem
abater. Nos tempos mais difíceis, analisavam aquela situação esdrúxula,
estapafúrdia mesmo, que estavam vivendo, sentindo-se infelizes por estarem
privados de ver os filhos e netos, de estarem com os amigos, de passearem livremente
pela cidade maravilhosa. A pergunta se repetia: “Até quando?”.<o:p></o:p></i></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i style="text-align: left;">A
expectativa do autor é que os fatos aqui narrados venham a ser de interesse
para nossos pósteros e que, para os sobreviventes da pandemia, servirão de
lembrança. Sim, para que não esqueçamos.”</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i style="text-align: left;"><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9bjIzMA1h-ht0T5y38UgSyVmsdd_kz8DVJ1eh_5dOiwd2stPgrDcyRTTyXvkHAcNV8_RJTp9p0-yTM2ZMhoVYCb5MVm7RO5LRDJfGeh5dK55xz8z_61rTjdiRQZNYNH7iD6yS33Vju4MK8DNUpep47BC8PsSieugBihZbEroz5JomIgwgLkM7nbvJvA/s4173/Capa_UmCasalDeIdososEdi%C3%A7%C3%A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3094" data-original-width="4173" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9bjIzMA1h-ht0T5y38UgSyVmsdd_kz8DVJ1eh_5dOiwd2stPgrDcyRTTyXvkHAcNV8_RJTp9p0-yTM2ZMhoVYCb5MVm7RO5LRDJfGeh5dK55xz8z_61rTjdiRQZNYNH7iD6yS33Vju4MK8DNUpep47BC8PsSieugBihZbEroz5JomIgwgLkM7nbvJvA/w400-h296/Capa_UmCasalDeIdososEdi%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="400" /></a></div><div><p class="MsoCaption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 10pt;">As capas e lombada</span></b><b><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: justify;">Resultou um
livro de 113 páginas, no tamanho 15cm X 23cm (6pol x 9pol) com capa mole.</p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">No
Brasil, está disponível na Loja Uiclap, “link”:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><a href="https://loja.uiclap.com/titulo/ua20130/">https://loja.uiclap.com/titulo/ua20130/</a>
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">e na
Amazon.com.br, “link”:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><a href="https://www.amazon.com.br/Um-casal-idosos-tempo-v%C3%ADrus/dp/B0BBPVNR34/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=U7VYGRSHCDOH&keywords=um+casal+de+idosos+no+tempo+do+virus&qid=1661374958&sprefix=um+casal+de+idosos+no+tempo+do+virus%2Caps%2C216&sr=8-2">https://www.amazon.com.br/Um-casal-idosos-tempo-v%C3%ADrus/dp/B0BBPVNR34/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=U7VYGRSHCDOH&keywords=um+casal+de+idosos+no+tempo+do+virus&qid=1661374958&sprefix=um+casal+de+idosos+no+tempo+do+virus%2Caps%2C216&sr=8-2</a>
.<o:p></o:p></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><span lang="EN-US">O
e-book em Inglês: “An elderly couple in the time of the virus”<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Tratando-se de uma pandemia, ou seja, uma epidemia
que se estendeu por todo o globo, e sendo as medidas de prevenção e de combate
ao vírus semelhantes no mundo todo, parece-me que o depoimento contido no livro
poderá ser de interesse também no exterior. Por essa razão, embora eu tenha
perdido a prática da escrita em Inglês, ousei preparar um rascunho de versão do
texto do livro para esse idioma e pedi a meu filho Cássio que fizesse uma
revisão, corrigindo erros graves. Ele decidiu rever para valer e resultou um
texto de muito boa qualidade. Foi, portanto, com grande satisfação, que
publiquei nesta semana o e-book em Inglês.<o:p></o:p></p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWdG5GLr5BMU0347UR7A18f_UzBYKL30_f9JZz6knikAL_yymxsdnA02D0CKEyYriv4T-zRSbg31r3c2FBmWBt7vnIX9n8CL-OP_odF-2cqnpZbhpGZRVotiTcd1sHS-grwEWD_08pA1BdEEaBhaRjvM8tf8zkTBONB481doI-QH1jr91HQtPjrbtNfA/s3092/CapaEbookIngles_2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3092" data-original-width="1974" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWdG5GLr5BMU0347UR7A18f_UzBYKL30_f9JZz6knikAL_yymxsdnA02D0CKEyYriv4T-zRSbg31r3c2FBmWBt7vnIX9n8CL-OP_odF-2cqnpZbhpGZRVotiTcd1sHS-grwEWD_08pA1BdEEaBhaRjvM8tf8zkTBONB481doI-QH1jr91HQtPjrbtNfA/w255-h400/CapaEbookIngles_2.jpg" width="255" /></a></div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"></p><p class="MsoCaption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: 10pt; font-style: normal;">A capa do e-book<o:p></o:p></span></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpFirst" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b>Disponibilidade<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Em resumo, a disponibilidade das versões do livro,
hoje, é:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">No Brasil, os e-books em Português e Inglês estão
disponíveis na Amazon.com.br e o livro impresso em Português, na Loja Uiclap e
na Amazon.com.br.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">No exterior, os e-books em Português e Inglês, bem
como a versão impressa em Português, estão disponíveis nas lojas: Amazon.com
(Estados Unidos); Amazon.co.uk (Reino Unido); Amazon.de (Alemanha); Amazon.fr
(França); Amazon.in (Índia); Amazon.co.jp (Japão); Amazon.es (Espanha) e
Amazon.it (Itália). Nesses sites, basta digitar meu nome completo (Washington
Luiz Bastos Conceição), no campo de pesquisa, para abrir a página com a
descrição de meus livros.<o:p></o:p></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b>Comentário<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Embora haja essa facilidade extraordinária de
acesso aos meus livros, que são vários e têm preços convidativos, eu, como
escritor independente, tenho de tomar algumas providências para que os leitores
em potencial tenham oportunidade de adquirir aqueles que lhes interessem.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">A providência fundamental, obviamente, é a
divulgação, que venho fazendo no blog e mediante comunicação aos amigos por
WhatsApp, Facebook e e-mail; mas devo ampliá-la.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Outra ação é publicar todos os livros nas versões impressa
e digital, a primeira por causa da preferência da maioria de meus conhecidos e
a segunda porque oferece vantagens importantes que, espero, deverão fazer com
que mais pessoas experimentem os e-books e se tornem adeptos de sua leitura (As
vantagens dos e-books venho divulgando há já um bom tempo, tão insistentemente
que Leilah, minha esposa, pediu para eu dar um descanso do assunto para meus leitores
do blog).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Como, no exterior, o idioma Português restringe
muito o potencial de leitores, pretendo publicar, quando possível, edições de
livros em Inglês e outros idiomas.<o:p></o:p></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">Quanto às crônicas, prezada leitora ou caro
leitor, até a próxima!</p><p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i>Washington Luiz Bastos Conceição</i></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><br /></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-71304967775254433172022-07-12T17:59:00.004-07:002022-07-13T08:36:25.320-07:00“Um casal de idosos no tempo do vírus” - o livro<p><span style="font-family: verdana;">Acabo de publicar o e-book que reúne as crônicas da série “Um casal de idosos no tempo do vírus”</span><span style="font-family: verdana;">.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Quando, em março de 2020, a população brasileira
teve de entrar em isolamento social, Leilah, minha esposa, e eu, idosos octogenários,
estávamos relativamente bem; em atividade em casa, visitando e recebendo os
filhos, netos e amigos, fazendo os
tratamentos médicos necessários e até exercícios físicos, programados para
nossas condições específicas, na academia do clube. Enfim, estávamos levando
uma vida normal para nossa idade. O isolamento social alterou profundamente
nossa vida (como, aliás, aconteceu com todos os nossos conhecidos).</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Diante de situação tão insólita, decidi registrar
o comportamento e atividades do casal no primeiro mês, por meio de uma crônica
publicada em meu blog. Com a continuidade do isolamento, passei a publicar
crônicas sobre o assunto que acabaram formando uma série. Meus depoimentos
incluíram muita atividade doméstica, nossa visão dos acontecimentos, nossa
reação às dificuldades do isolamento social, enfim nosso tipo de vida durante a
pandemia. Imaginei que, com pequenas variações, nossa situação seria semelhante
à de outros casais idosos, classe média, aposentados, residentes em uma cidade
grande, no Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Mais do que eu esperava, as pessoas que comentaram
as crônicas diziam, com frequência, que a situação delas era semelhante (“<i>Durante
a leitura, parecia-me estar diante de um espelho a refletir a rotina daqui de
casa.</i>”, escreveu um dos meus primos do Paraná). E vários desses leitores
não tinham perfil semelhante ao nosso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="font-family: verdana;">Em março último, quando se completaram dois anos de
pandemia, escrevi a última crônica da série. Nestes três últimos meses,
constatei que entramos em uma fase cujas condições não vão se alterar tão cedo,
parecendo que este “modus vivendi” já é, por um bom tempo, o “novo normal”; pois, embora permaneça o risco da doença porque o vírus não foi neutralizado, a
vacinação prossegue, os protocolos estão menos rigorosos e as atividades das
pessoas estão sendo totalmente retomadas. Em nosso caso específico, entramos em
comportamento social prudente, menos rígido nos cuidados que tomávamos no
início do isolamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como me pareceu importante publicar em livro o que
um casal idoso passou nessa temporada de isolamento social intenso, reuni nele as crônicas, mantendo as impressões e os sentimentos vividos e
comentados em cada fase da pandemia. Parece-me que a leitura das crônicas, em
sequência, deverá ser interessante mesmo para aqueles que tenham lido toda a
série.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Decidi publicar primeiro o e-book, de forma que as
prezadas leitoras e caros leitores possam ter a conveniência de ler no seu
celular, ou tablet, ou computador, bastando para tanto baixar o aplicativo
Kindle, gratuitamente, nos seus dispositivos eletrônicos. O preço do e-book é
bem baixo e a entrega da Amazon é imediata. No Brasil, ele está disponível na amazon.com.br; link:</span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.com.br/casal-idosos-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0B69W27JC/ref=sr_1_4?crid=1W35O24HUWJ45&keywords=washington+luiz+bastos&qid=1657661817&sprefix=%2Caps%2C313&sr=8-4">https://www.amazon.com.br/casal-idosos-tempo-v%C3%ADrus-isolamento-ebook/dp/B0B69W27JC/ref=sr_1_4?crid=1W35O24HUWJ45&keywords=washington+luiz+bastos&qid=1657661817&sprefix=%2Caps%2C313&sr=8-4</a> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fora do Brasil, na amazon.com; link:</span></p><p class="MsoNormalCxSpFirst"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://www.amazon.com/-/pt/dp/B0B69W27JC/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=32FEZLWHL68UP&keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1657700824&s=digital-text&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Cdigital-text%2C209&sr=1-1">https://www.amazon.com/-/pt/dp/B0B69W27JC/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=32FEZLWHL68UP&keywords=washington+luiz+bastos+conceicao&qid=1657700824&s=digital-text&sprefix=washington+luiz+bastos+conceicao%2Cdigital-text%2C209&sr=1-1</a>
<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como leitor habitual de e-books, não posso deixar
de lembrar suas vantagens, entre elas a possibilidade de podermos ler, onde
estivermos,</span><span style="font-family: verdana;"> </span><span style="font-family: verdana;">qualquer dos livros de nossa
biblioteca digital (por exemplo, na sala de espera de um médico, usando o
celular). Também podemos ter o acesso imediato a dicionários digitais e a apresentação de imagens coloridas,
algo que encarece muito o livro impresso.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Contudo, sei que muitos conhecidos meus preferem
ler livros impressos – querem senti-los fisicamente. Por essa razão estou
preparando também a versão impressa deste livro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Abaixo, a capa do e-book e a descrição, resumida,
do conteúdo livro:</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0dXi-BVsvHeRPCP6PXvz6y0LZpNQ7LTrd00wIeZVNy6q3ySqMWVcqCEIdcKFmbHRMYmPfPIl2rP6VZznATbam5VF9R-dtUsNc4zdNfr_XHwDpufFFZkQRWq67yI4UL4CiK-QMCMBFjqU3plhrJCotaKbB_OSV58v-13QKX0tw2fjbkhXLwppt9ZcaAw/s2213/CapaEbook.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2213" data-original-width="1437" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0dXi-BVsvHeRPCP6PXvz6y0LZpNQ7LTrd00wIeZVNy6q3ySqMWVcqCEIdcKFmbHRMYmPfPIl2rP6VZznATbam5VF9R-dtUsNc4zdNfr_XHwDpufFFZkQRWq67yI4UL4CiK-QMCMBFjqU3plhrJCotaKbB_OSV58v-13QKX0tw2fjbkhXLwppt9ZcaAw/s320/CapaEbook.jpg" width="208" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: justify;"><i><br /></i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; text-align: justify;"><p class="MsoNormalCxSpFirst"><i>“Quando o Covid19 atacou a humanidade, Leilah e
Washington, octogenários, tiveram de se recolher ao isolamento social. Nessa
condição inédita, vivida no mundo todo, sobreviveram à fase mais grave da
pandemia. O livro registra o dia a dia dos dois no período de março de 2020 a
março de 2022, as dificuldades, sua forma de enfrentá-las, suas atividades e
seu controle pessoal para não se deixarem abater. Nos tempos mais difíceis,
analisavam aquela situação esdrúxula, estapafúrdia mesmo, que estavam vivendo,
sentindo-se infelizes por estarem privados de ver os filhos e netos, de estarem
com os amigos, de passearem livremente pela cidade maravilhosa. A pergunta se
repetia: “Até quando?”.<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><i>A expectativa do autor é que os fatos aqui
narrados venham a ser de interesse para nossos pósteros e que, para os
sobreviventes da pandemia, servirão de lembrança. Sim, para que não
esqueçamos.”<o:p></o:p></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle"><i><span style="font-family: verdana;"><b>Washington Luiz Bastos Conceição</b></span></i></p></span></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<div align="center" class="MsoNormalCxSpLast" style="text-align: center;">
<hr align="center" size="2" width="100%" />
</div></div><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-13373924523021144262022-06-24T15:16:00.000-07:002022-06-24T15:16:27.683-07:00Os novos softwares e o velho usuário<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="line-height: 135%;">Na
crônica “Vovó Jurema vai à Europa”, que publiquei há alguns dias, conto que
minha mãe </span><span style="line-height: 135%;">registrou</span><span style="line-height: 135%;">, em um
pequeno caderno de capa preta, </span><span style="line-height: 135%;">informações diárias sobre algumas de suas
viagens ao exterior, com letra clara e bonita. Uma dessas viagens foi sua
primeira à Europa, em 1963, com anotações que me pareceram muito ilustrativas
das condições e recursos oferecidos aos turistas em um “giro” à Europa daquele
tempo.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Avaliei que essas anotações, comentadas, seriam de
interesse para a família, amigos e, em parte, para os demais leitores de minhas crônicas. Decidi
levá-las ao computador.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Acontece que sou um digitador incompetente, nunca
pratiquei datilografia, uso só os dois indicadores. Como não cogitei de
contratar alguém para o serviço, decidi ler o caderno ditando para o
computador. Eu já havia testado, como curiosidade, o ditado no Word; funcionou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Passei, então, a ler as anotações de Jurema no
livro preto, ditando para o Word. Deu certo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Resultou um texto de 9019 palavras, correspondendo
a 35 páginas de livro no tamanho 14,8cm X 21cm.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Claro, tive um bom trabalho de edição, além das
correções feitas durante o ditado.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Veterano
de Informática (atualmente, denominada "TI - Tecnologia da Informação"), desde o tempo em que era
chamada "Processamento de Dados", sou, hoje, um “usuário” de PC ("Personal Computer")
e do omnipresente telefone celular.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Como
estou me desempenhando com o celular, aparelho mágico, poderoso, que nos serve
tanto, mas também nos domina? </span></span><span style="font-family: verdana;">Tenho tirado muito proveito de sua função
original, a comunicação telefônica, de seus aplicativos de mensagens,
principalmente do WhatsApp, e da leitura de e-books. Com ele, também tiro fotos
(nada artísticas) e uso a Internet, recorrendo frequentemente ao Google para
pesquisas. Como operador, reconheço que sou primário, pois, além da dificuldade
de entrar com dados mediante toque na tela com os dedos, ainda esqueço de como
fazer algumas operações, especialmente aquelas necessárias só de</span><span style="font-family: verdana; mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-family: verdana;">vez em quando. O ponto alto de seu uso é
realmente a comunicação instantânea com pessoas de todo o planeta.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Meus
trabalhos de aposentado, principalmente de escrita, faço no PC, meu velho
conhecido, enriquecido com a ligação à Internet, usando muito as aplicações: de
processamento de textos (o Word), de produção e apresentação de “slides” (o
Powerpoint) e de planilhas eletrônicas (o Excel). No dia a dia, uso também o “e-mail”
e o software de leitura de e-books (o programa Kindle).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">A
minha longa convivência com os computadores (desde 1959, quando comecei a
trabalhar na IBM) me faz refletir sobre a evolução dos sistemas eletrônicos,
tanto do hardware como do software, e do seu progressivo relacionamento com os
sistemas de comunicação.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">No
começo da década de 1980, eu, na IBM, era um usuário indireto dos sistemas
internos da empresa. Os profissionais dos vários departamentos já
trabalhavam com terminais ligados ao computador central (o “mainframe”). Como
gerente de meu setor, eu me valia dos serviços da secretária e dos analistas de
sistema, de modo que utilizava, quando necessário, seus terminais. Por exemplo,
para me comunicar com um dos analistas que estava trabalhando temporariamente
nos Estados Unidos. Ainda não havia a Internet, mas a IBM tinha uma rede
própria internacional, mediante a qual podíamos, entre outras operações, trocar
mensagens e, mesmo, “conversar” por escrito (o que hoje se chama “chat”).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Quando
deixei a IBM, em 1983, estavam surgindo, no Brasil, os primeiros computadores
pessoais (de capacidade e desempenho limitados), de tecnologia estrangeira, mas
montados aqui, por força da reserva de mercado então estabelecida pelo
Governo. Leilah e eu havíamos conseguido comprar um CP-500, que correspondia ao
TRS-80 (da Tandy Corporation, vendido pela Radio Shack), o que nos proporcionou
a iniciação com os computadores pessoais. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">O
maior proveito que tive do CP-500 foi o aprendizado e uso de um programa de
planilhas chamado Visicalc. Leilah conseguiu uma cópia do manual do software,
eu estudei e pratiquei, achando o produto excelente. Era o bisavô do Excel,
tinha muito menos flexibilidade e recursos do que seu bisneto, mas era
fantástico quando comparado com as planilhas manuais construídas com o auxílio
de calculadoras.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Quando,
em meu trabalho individual, em casa e nos clientes, passei a usar o PC-XT, de
arquitetura IBM, fabricado no Brasil por empresas nacionais, o trabalho de planilhas
era feito com um software de mais recursos, cujo nome era muito curioso, Lotus
1-2-3; e o processamento de textos com o Wordstar, então o encanto das
secretárias, pois era uma ferramenta de muitos recursos, avançada no seu tempo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mais
alguns anos, já na década de 1990, passei a usar o Windows, sistema
operacional, o Word, o Excel e o Powerpoint, produtos da Microsoft. Estes,
aperfeiçoados em versões sucessivas, uso até hoje. Nas minhas atividades de
aposentado, são plenamente satisfatórios para mim.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">O
Powerpoint, que usei muito em apresentações a clientes, evoluiu bastante; eu o
utilizo, agora, principalmente para montagens gráficas, como, por exemplo, os
quadros de fotografias que anexo aos e-mails que envio aos amigos no final de
ano. Nesses trabalhos, corto fotos, ajusto seus tamanhos, faço os alinhamentos
necessários e acrescento textos e legendas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Continuo
usando o Excel, mas as planilhas de administração doméstica são simples,
quando comparadas com aquelas que eu fazia nos clientes, onde fiz até programação
por "macros" complicadas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Como
o que faço mais é escrever, o Word é o software que mais uso. Ele tem,
atualmente, muitos recursos; não uso todos, mas estou recorrendo agora, além do
ditado, à tradução. A versão para o Inglês, por exemplo, está bem aproveitável,
exigindo pouca revisão. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="line-height: 135%;">Mas,
realmente, o que me surpreendeu foi o recurso do ditado. Funciona bem, embora n</span><span style="line-height: 135%;">em sempre
minhas palavras sejam bem compreendidas, o que é resolvido com atenção e
revisão; também, é difícil comandar a pontuação por voz, de modo que prefiro
fazer a pontuação pelo teclado, o qual pode ser usado ao mesmo tempo que se faz
o ditado; ou seja, mesmo quando está em modo ditado (microfone ligado), o
programa recebe os sinais do teclado. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="line-height: 135%;">Durante o trabalho, aprendi a ter o cuidado de
desligar o microfone no Word quando tenho de falar alguma coisa com a Leilah ou
atender o telefone. A maior surpresa que tive ao usar o ditado foi quando, muito
admirado com o que minha mãe estava contando, usei uma exclamação imprópria: as letras da má
palavra foram convertidas em asteriscos! Morri de rir.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição<o:p></o:p></span></span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpLast" style="text-align: center;"><span style="line-height: 135%;"><span style="font-family: verdana;">
</span><hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></div>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-540913343152863259.post-46698893625061471812022-06-07T11:52:00.007-07:002022-06-09T12:19:11.752-07:00Vovó Jurema vai à Europa<p><span style="font-family: verdana; text-align: justify;">Cara
leitora, </span><span style="font-family: verdana; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: verdana; text-align: justify;">ou prezado leitor:</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Em meu
livro “Osmar e Jurema”, eu menciono que Jurema, minha mãe, gostava muito de
viajar, pelo país e pelo exterior. O que eu não sabia é que ela fez alguns
diários de viagem, muito interessantes e ilustrativos de sua época.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Inês,
esposa de meu irmão Luiz Antônio, descobriu, no ano passado, entre os guardados
de Jurema, um pequeno caderno de capa preta que fez a grande gentileza de me
enviar. Nele, minha mãe registrou várias informações sobre algumas de suas
viagens ao exterior, com minúcias sobre orçamentos, despesas, encomendas que
lhe faziam, presentes que pretendia comprar e, principalmente, suas impressões
diárias dos lugares que visitava, com letra clara e bonita. Penso que o tamanho
do caderno foi escolhido para caber em suas bolsas (11cm X 15cm), com cerca de
100 folhas.</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh72wdN8B7THIGvHDQrcwTdYReGU079mvsjPdYkWWJlsMY09zqQ8Q9WE-PzHw4K1-WNlC7NLA8jfZmkqgQIHoOw3qrYA2dLJwYB2mOkTw03ChFVJWEgZm2PEIErfANuU7qTxN8YWWzSrNf5ugxfCS-3S_JHloH2WtUSBYSU0_ui7_9FMX2lDRDsM0GULA/s508/PagDi%C3%A1rio_004.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="508" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh72wdN8B7THIGvHDQrcwTdYReGU079mvsjPdYkWWJlsMY09zqQ8Q9WE-PzHw4K1-WNlC7NLA8jfZmkqgQIHoOw3qrYA2dLJwYB2mOkTw03ChFVJWEgZm2PEIErfANuU7qTxN8YWWzSrNf5ugxfCS-3S_JHloH2WtUSBYSU0_ui7_9FMX2lDRDsM0GULA/w400-h275/PagDi%C3%A1rio_004.jpg" width="400" /></a></td></tr></tbody></table><p></p><p align="center" class="MsoCaption" style="text-align: center;"><b><span color="windowtext" style="font-size: 11pt;">Exemplo de escrita de Jurema no diário<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em meus
escritos, já comentei as viagens que ela fazia, de trem, quando, jovem esposa, já
morando em São Paulo, ia ao Paraná visitar os parentes; e quando, bem mais
tarde, visitava os filhos que moravam em Franca e minha família, no Rio de Janeiro. Também
escrevi sobre a visita que ela e Osmar, meu pai, nos fizeram (a mim, Leilah e
filhos), quando estávamos morando em Chicago, e a viagem de São Paulo à
Califórnia que dona Jurema fez, comigo e Leilah, para comparecer à cerimônia de
casamento de meu filho Cássio. Não sei se ela fez algum registro dessas
viagens, mas no caderno de capa preta encontrei os diários de duas viagens à
Europa e uma, de ônibus, ao Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Nesta
crônica, comento a viagem que ela fez, em 1963, à Europa. A viagem foi longa,
de modo que a crônica resultou extensa. Se o caro leitor ou prezada leitora não
estiver com tempo, pode ler em etapas, fazendo uma parada em Paris e outra em
Viena, por exemplo. <o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Em sua
primeira viagem à Europa, em 1963, Jurema teve a companhia da Maninha (ou seja,
Celina, sua meia-sobrinha e amiga, já viúva, aproximadamente da mesma idade).
Ambas eram avós; Jurema, então com</span></span><span style="font-family: verdana;"> 53 anos de idade,</span><span style="font-family: verdana;"> já tinha seis netos.</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Era um tempo
em que pessoas da classe média já podiam, com muito esforço, viajar à Europa, o
que, até a década anterior, era exclusividade de pessoas mais abonadas. E as
viagens, para valerem a pena, compreendiam a visita às principais<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cidades de vários países. Era diferente do
que acontece hoje em dia: na maioria dos casos, o roteiro compreende algumas
cidades e, ainda, há aqueles viajantes eméritos que preferem conhecer o mundo
todo, em viagens específicas. Por exemplo, uma para as Ilhas Maldívas e outra à
Islândia, como fez um casal muito amigo nosso.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Meu pai não
pôde acompanhá-las porque tinha compromissos de trabalho – aposentado como
advogado, voltara a dar aulas. O planejamento da viagem foi feito sob
orientação de uma agência de turismo que, além das reservas de passagens e de
hotéis, providenciou para que houvesse atendimento local às viajantes em cada
cidade que iriam visitar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Ficou estabelecido
o seguinte itinerário: São Paulo – Lisboa – Madri – Lourdes – Paris – Amsterdam
– Colônia – Frankfurt – Zurich – Lucerna – Viena – Veneza – Florença – Roma –
Nápoles – Nice – Barcelona – Lisboa – São Paulo. Em cada uma das cidades
visitadas haveria excursões por lugares próximos, além da habitual viagem de
barco pelo Reno, a partir de Colônia. Ufa! Seria uma grande prova para as
jovens vovós.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">As
viajantes chegaram a Lisboa em 15 de agosto e, daquela cidade, voltaram ao
Brasil em primeiro de outubro.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Ao longo
desta crônica, vou destacar descrições e impressões que Jurema registrou em seu
diário de viagem, que ela intitulou “Anotações de Viagem”. Realmente, sua
redação tem a forma de registro das principais atividades, com descrições dos
locais visitados, transmitindo suas impressões e sensações ao longo da viagem.
Por essa razão, há uma espécie de itemização de registros, como as
características de cada hotel, por exemplo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Normalmente,
as viagens foram aéreas, mas algumas foram de trem.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Observando
os recursos tecnológicos daquele tempo e o atendimento oferecido aos viajantes,
não pude evitar comparações com as viagens ao exterior que se fazem hoje em
dia.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Jurema
começou a fazer as anotações desde a viagem do Brasil a Portugal:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“Quase
chegando em Lisboa, estou abrindo este diário de viagem. Esta começou ontem às
15:00h quando embarcamos em São Paulo. Uma hora e dez minutos depois, estávamos
no aeroporto do Galeão para tomar este maravilhoso DC-8 da KLM. Nem sei dizer
como é extraordinário viajar desta forma, pois eu, que sempre fui tão medrosa
para avião, estou simplesmente encantada... agora às 6:20h, horário local
naturalmente, apreciamos o amanhecer mais lindo que se possa imaginar. O
horizonte é uma faixa em vermelho, laranja, amarelo e acima, então, começa um
azul encantador para o resto do céu. É quase dia e já soubemos que dentro de
poucos minutos desembarcaremos.”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Nota: O
DC-8, tão elogiado por Jurema, foi o primeiro jato comercial produzido pela
companhia norte-americana Douglas Aircraft Company.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Nessa primeira
passagem por Portugal, de três dias, além de passearem por Lisboa, as viajantes
foram, de trem, um dia para Cascais e Estoril e, em outro, para Coimbra.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Destaco o
registro:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“Saímos
logo cedo para tomar o comboio para Cascais e Estoril. Passeio agradável, muito
lindo, à beira mar. Muita fruta e, no mercado que visitamos, havia enorme
quantidade de peixes e mariscos, lagostas enormes, mas por preços enormes
também. Voltamos a tempo de almoçar no Trindade, onde comemos fabulosa
bacalhoada, regada a gostoso vinho branco. Descansamos e, depois, fomos trocar
dinheiro e comprar passagens para irmos a Coimbra amanhã. E gastamos o resto da
tarde passeando à nossa moda, isto é, muito a pé e um pouco de ônibus e de
bonde. À noite, fomos jantar num restaurante típico, com cantores de fado, danças
da terra etc. Muito animado o ambiente, porém dentro de absoluto respeito; se
houvesse menos gente e menos espera, teríamos gostado mais. Chama-se “O Faia” e
fica bem perto do hotel.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Lisboa, voaram para Madri.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Em Madri,
visitaram o Museu del Prado, o Palácio Real, passearam bastante pela cidade e foram,
uma noite, ao “Corral de La Morería”, onde assistiram a números musicais
típicos, em “bom ambiente, animado, mas respeitável.” (observação de Jurema).
Ainda fizeram uma excursão a Toledo, na qual apreciaram a viagem, a cidade
histórica em si, a catedral e o Museu El Greco.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Em Madri,
Jurema se encantou com o Palácio Real:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">”...<i>Ia
me esquecendo de anotar que o hotel fica bem defronte ao Palácio Real e que
neste momento terminou um programa de narrativa da história dos reinados da
Espanha, acompanhada de música e iluminação por refletores do Palácio,
espetáculo de grande beleza. Assistimos comodamente da janela de nosso quarto.”<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Na visita
ao palácio, comentou:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“...É
da gente se maravilhar, tal a beleza e a suntuosidade desse palácio. Nunca, em
minha vida, vi tanta coisa linda assim reunida: lustres que são verdadeiras
joias, enormes, em ouro e cristal uns, outros em primoroso trabalho de bronze,
numa orgia de faiscante cristal, sendo que o da sala do trono é em prata
cinzelada, platina, inteiramente franjado e incrustrado de cintilantes
cristais, feito por famosos artistas italianos. Engraçado, como me pus a falar
dos lustres, pois dessa parte os guias nem falam, por serem peças de segundo
plano. Por aí pode-se calcular o tesouro que existe em tapeçarias, quadros,
móveis, prataria, porcelana, mármore etc. Sei que vou ver outros palácios
igualmente ricos, ou mais até, porém tenho certeza de que não vou esquecer desse
espetáculo que foi dado aos meus olhos no dia de hoje.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De Madri
foram, de trem, para Lourdes, na França, onde estiveram no santuário,
apreciando a impressionante manifestação religiosa dos visitantes. Jurema,
entre outras observações, registrou: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“Desde
ontem, estamos compenetradas do espírito religioso que traz milhares de
peregrinos até aqui, todo mundo dando demonstração de muita fé e levando preces
e cantando hinos à virgem, o dia todo e parte da noite. Ontem, assistimos à
procissão luminosa, espetáculo grandioso e comovente. Hoje, muito cedo, já verdadeira multidão se acercava da basílica da Gruta, da cripta, enfim em toda
a parte havia muita gente para assistir à missa e comungar. Todos rezando em
voz alta, cantando, numa vibrante súplica aos céus. Nunca imaginei sentir
emoção tão grande diante de um povo curvado assim em profunda oração.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Lourdes, voaram para Paris.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Em Paris,
onde ficaram de 25 a 29 de agosto, visitaram os locais habituais de turismo, a avenida
Champs Elysées, a Notre Dame, o Louvre, a Place Vendome, as ruas do centro, as
margens do Sena e fizeram compras na Galeria Lafayette.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Encontraram
e almoçaram com Tio Pedro, tio-avô do marido da Maria da Penha, Roberto.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Jurema
foi a Versalhes e comentou:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“De lá
viemos para o hotel e, logo em seguida, saía a excursão para Versalhes. Maninha
preferiu ficar, pois já tinha feito essa visita quando aqui esteve de outra
vez. Gostei demais, somando novos tesouros na minha lembrança. Entretanto, o
que me encantou deveras foram os imensos e requintados jardins do Palácio. São
tapetes coloridos entremeados por lagos, em cujas bordas existem estátuas ou
enormes jarrões, ora em mármore, ora em bronze. Sei que valeu a pena eu ter
resolvido ir.”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">A partir
de Paris, ao longo da viagem, uma das preocupações de Jurema era com as
notícias de casa, que recebia mediante cartas (nem se cogitava tentar telefonar
para o Brasil). Quando recebia, era uma festa.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Em Paris,
ela anotou assim:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;"><i>“Mais
do que a chuva, a falta de notícias está nos aborrecendo, mas, como este dia 26
é uma data muito querida para mim, procuro dominar todos os pensamentos
negativos e dar graças a Deus por tudo.”... e no dia seguinte: “O melhor de
tudo aconteceu ao chegarmos ao hotel, pois achei cartas de casa - de Osmar, da
Penha, do Washington e da Leilah, com comovente mensagem do Gigi </i>(Luiz, neto de dois anos)<i> para a Vovó Juju. Meu coração deu pulos, tão emocionada fiquei.”<o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">A
comparação com a facilidade da comunicação de hoje é inevitável. Nestes dias,
meu neto carioca está fazendo uma viagem pela Europa e se comunica com a
família diariamente, envia fotos, usando o telefone celular com o WhatsApp.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Uma
curiosidade: constatei também que Jurema tomou, lá em Paris, conhecimento do restaurante tipo "bandejão", já em largo uso no Brasil, nas fábricas e universidades. A descrição
dela da refeição no “restaurante estilo americano” é notável.</span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De Paris,
as viajantes foram para Amsterdam, onde passaram dois dias. Passagem rápida,
fizeram excursão pela cidade. Embora o tempo estivesse bom na chegada, tiveram depois muita chuva, mas aproveitaram a visita. Jurema registra no primeiro dia:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“30 de
agosto – Amsterdam<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">A
viagem de Paris para cá foi perfeita e nós demos graças a Deus por mais um voo
sem alteração ou susto. O tempo favoreceu, com belíssimo céu e muito sol. Uma
agente estava à nossa espera, como sempre, e fomos conduzidas ao hotel em
confortável carro. A acomodação é a melhor de toda a viagem até aqui. Hotel
fino, em prédio antigo, mas todo modernizado por dentro.</span></i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"> <i>O apartamento que nos deram, no quinto
andar, é magnífico; provido de conforto, com linda vista do terraço, tudo em
ordem e muito bem atendido. E, para completar a </i>satisfação, deram-me logo à
tarde uma cartinha da Penha, chegada hoje.”<i>... “Vou contar mais um pouco
desta cidade de encanto todo especial, parecendo uma gravura dos antigos contos
de fada, onde, de repente, tivesse havido uma grande invasão de gente, de
carros, tudo muito moderno numa profusão de luzes e de luminosos multicores. É
um enorme aglomerado de prédios marrons, com alguns detalhes brancos como por
exemplo, frisos e molduras de portas e janelas. Parece, contado assim, que o
aspecto seja monótono, mas tal não acontece, porque é cidade de enorme
movimento. O povo é igualmente interessante, de aparência muito saudável, dando
a impressão de que tem tudo o que deseja. Amanhã haverá oportunidade de melhor
conhecimento, já que vamos fazer a excursão de praxe para visitar o que houver
de mais importante. Neste momento, ouvimos pelo rádio à nossa cabeceira um
programa musical transmitido em cadeia. Lembrei-me, o dia todo, do aniversário
da Márcia </i>(neta)<i>, calculando neste momento que estejam reunidos apagando
as velinhas. Mandei, ontem, de Paris, um cartão de cumprimentos.”</i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">De
Amsterdam, viajaram de avião para Dusseldorf, onde<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tomaram um taxi para Colônia. Nesta cidade,
não encontraram o agente de turismo à sua espera</span>,<span style="mso-fareast-language: PT-BR;"> mas conseguiram ir ao hotel, o que não deve ter sido fácil pela
dificuldade de comunicação. Jurema não falava alemão (nem Inglês, que poderia
ajudar); e, parece-me, era também o caso da Maninha. Aliás, essa é uma grande
vantagem dos viajantes hoje em dia – em geral, na falta do conhecimento do
idioma local, conseguem se comunicar usando o Inglês. Voltemos às anotações de
Jurema:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">”Chegando
lá e não encontrando ninguém à nossa espera, tratamos de ir para o hotel, onde
nos instalamos confortavelmente. Em seguida, almoçamos no próprio hotel, que se
chama Augustinerplatz. Tudo ótimo e perfeitamente atendido. Mesmo com a
dificuldade da língua, consegue-se viver muito bem no meio dos alemães.”... “À
tarde, demos voltas pela cidade (que não é pequena como eu pensei: 800.000
habitantes) vendo um magnífico centro comercial. Lojas lindas, como poucas que
já vi, uma ao lado da outra. tudo rico e de fino gosto. Depois, fomos à missa
na famosa catedral. Esta, imponente e grandiosa, impressiona pela marcante
austeridade. Ouvimos o órgão – maravilhoso - durante quase toda a cerimônia. De
volta, chegamos a um restaurante que servia de tudo, tomando lá gostosíssimo
chá com as celebradas tortas alemãs.”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">A razão
da falta do agente no primeiro dia foi problema de comunicação: a data de
chegada delas, 1º. de setembro, foi entendida como 10 de setembro. No segundo
dia foram atendidas e conduzidas para o embarque no vapor para a excursão no
rio Reno, sobre a qual Jurema escreveu:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">“No
fim deu tudo certo e lá </span></i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">(em
Colônia)<i> embarcamos num trem que nos traria (viagem de uma hora) até
determinado ponto de embarque deste pequeno vapor, às 11:50h. Havia quem nos
esperasse e nos conduzisse ao porto e aqui estamos nós viajando há mais de três
horas, desfrutando de panorama bonito e variado no convés do vapor repleto de
turistas, na maioria americanos do Norte, como sempre. Trens passando a todo
instante, tanto de um lado como do outro do rio, e estrada de rodagem, também,
de ambos os lados. Aldeias ou pequenas cidades se repetem como se a gente
estivesse desdobrando um álbum de postais, desses que se encontram em toda a
parte. Os morros muito verdes a fazerem aveludado fundo para a formosa
paisagem, sem contar o aparecimento, de quando em quando, de velhíssimos
castelos, imponentes, sempre nos pontos mais altos.”</i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Do Reno,
chegaram a Frankfurt, onde passaram apenas um dia; de lá seguiriam para Zurich.
Apesar do pouco tempo, passearam pela cidade.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“Frankfurt,
cidade simpática, tipo médio, aqui na Europa, agradou-nos bastante, embora Colônia
entusiasmasse mais. Penso que a diferença está no tipo de comércio de Colônia,
mais bonito, com artigos finos e de mais gosto. Frankfurt, se bem que maior,
não conta com a especialidade deste ou daquele artigo, apresentando mesmo, em
grande escala, só aparelhos como máquinas fotográficas, binóculos, rádios,
máquinas de escrever etc. Pouco tempo tivemos para ver a cidade - um dia apenas
- mas já deu para formar uma ideia das particularidades do lugar e do povo. O
que não nos agradou foi a comida, certamente porque, não conhecendo nada da
língua, não se pode pedir orientação aos garçons. O que salvou foi irmos jantar
no “Mário”, restaurante italiano onde comemos gostosos canelones.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Frankfurt, voaram para Zurich. Chegaram bem. Jurema, em toda a viagem,
comentava as instalações e serviços dos hotéis. Nessa cidade, ela anotou:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">“Felizmente,
correndo tudo bem aqui; estamos contentes em Zurich, instalados no hotel
Stoller, o melhor de todo o percurso. Fino, simpático; o apartamento que nos
deram, então, agradou em cheio. É a primeira vez que ficamos no térreo, de modo
que é mais um ponto a favor. Terraço e janela dão para o quintal, de sorte que
nem o barulho da rua vai nos incomodar. Voltando ao apartamento: um amor de
bonito e com todo o conforto. até televisão tem. O banheiro é um encanto, todo
em rosa e azul, até parece de propósito para as duas “meninas”. Almoçamos no
hotel mesmo - comida gostosa e farta. Durante a tarde repousamos, e só no fim
do dia foi que saímos para as nossas costumeiras voltinhas de reconhecimento da
cidade. Esta é bem grande, muito movimentada, aparentando ser o que é na
verdade: importante cidade de país civilizado e amigo da ordem e do bem-estar
do seu povo. Bonita, tanto na parte mais antiga como na moderna. Muitas ruas
comerciais, de lojas finíssimas, não só de moda como de joias e relógios,
especialidade que o mundo todo conhece. Amanhã teremos, às 9:00h, excursão
pelos pontos mais interessantes da cidade. Vai chegando a hora de nos
acomodarmos, de maneira que aqui encerro mais esta coleção de garranchos e
borrões.” </span></i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">(Cá entre nós,
não eram “garranchos e borrões”. Os antigos, mais velhos do que ela, usavam
esta expressão de modéstia; outra era “estas mal-traçadas linhas”).<i><o:p></o:p></i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Infelizmente,
naquela data, 4 de setembro, ocorreu um grave acidente aéreo: um avião
Caravelle da Swissair caiu logo após a decolagem do aeroporto de Zurich,
causando a morte de seus 80 ocupantes, notícia de que elas tiveram conhecimento
no dia seguinte. Foi muito difícil para Jurema, que dizia ter medo de voar.
Suas anotações do dia 6, quando já estavam em Lucerna foram:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“Deixei
de escrever ontem por ter ficado muito nervosa ao saber do grande desastre de
aviação ocorrido, anteontem, em Zurich. Foi um choque para mim e para a
Maninha, pois ambas temos feito voos sempre debaixo de grande tensão nervosa.
E, com um acidente catastrófico como esse, só podíamos ficar abaladas. Mas já
reagimos e hoje tivemos um dia calmo. Ontem, em Zurich, quase nada fizemos, não
só pelo estado nervoso, como também pelo mau tempo reinante quase que o dia
todo. Em todo o caso, desfrutamos bem do hotel que tudo indica seja o melhor do
percurso todo. O daqui de Lucerna, por exemplo, não brilha muito pelo conforto
E, em matéria de ordem, é assim-assim. Mas a cidade é o que há de engraçadinha,
muito pitoresca, tendo como maior enfeite o lago muito verde, cruzado por
pontes.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Lucerna voltaram de trem até Zurich, de onde voaram para Viena, onde chegaram
no dia 8 de setembro, à noite. Do relato de Jurema, do dia 9, destaco:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“Não
posso dizer que tivemos uma viagem maravilhosa, embora tudo corresse bem.
Acontece que estávamos sob terrível tensão motivada pelo acidente de Zurich, do
qual já falei, e, de chegada, tivemos um contratempo de não encontrar
apartamento no Hotel Madeleine, onde devíamos ficar. Visto isso, toca a rodar
outro tempão pela cidade - que é enorme - à procura de outro. e aqui estamos no
Römischer Kaiser, lindo exemplar de alguns séculos atrás”... “A chuva é que
está sendo um caso muito sério, pois não para nenhum minuto. Choveu desde que
chegamos até este momento (18:00h). Enfim, não é novidade, porque faz tempo que
não vemos sol nem sabemos o que é bom tempo. Assim mesmo, fizemos a costumeira
excursão pela cidade, logo de manhã. Com a chuva, não deu para ver grande
coisa, mas conhecemos o famoso Palácio Schönbrunn (nome que quer dizer Bela
Fontana). É tão lindo que nem se pode descrever. rico com salas e salas,
verdadeiras joias de arte e suntuosidade. É tanto ouro, tanto cristal, pinturas
de artistas célebres, trabalhos fabulosos de arte chinesa, nem sei quanta coisa
de valor incalculável. Para completar tanta beleza, lá está o jardim imenso,
numa orgia de flores e verde a se perder de vista. Será outra lembrança
preciosa que levo da Europa. Mas não falei ainda da cidade: muito grande, com
os seus 1.700.000 habitantes, tem vida intensa, vibrante, dando bastante ideia
de São Paulo, principalmente no movimento louco de veículos. A catedral de
Santo Estevão também lembra a de São Paulo: estilo gótico, penso eu, um
conjunto de verdadeiras maravilhas nos detalhes todos. A Ópera só vimos por
fora, vamos ver se amanhã damos um jeito de visitá-la. Agora à tardinha, ao
saímos para tomar um lanche, demos com a igreja de Santa Ana, quase de fronte
ao hotel. Bem antiga, relativamente pequena, mas muito bonita. Imagens e
quadros extraordinários, dourados em profusão. Na cidade, grande número de
monumentos e fontes. A curiosidade de Viena é a enorme roda gigante, a maior do
mundo, com vagões para 25 pessoas em vez dos costumeiros bancos; cada volta que
ela dá dura 15 minutos. Neste momento são 21:30h. O rádio nos faz ouvir lindas
músicas de Strauss. A Maninha acabou de se deitar, eu logo irei imitá-la. Só
não sei se durmo tão cedo, porque estou preocupadíssima com a falta de notícias
de casa. Nada mais recebi, desde o dia 30 de agosto em Amsterdam.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De Viena,
foram de trem para Veneza, porque a Alitalia estava em greve. Jurema apreciou
muito a viagem:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“A
viagem de trem de Viena para Veneza foi o que se pode chamar de maravilhosa.
Paisagem de profundo encanto e um desenrolar de quadros lindos, os mais
variados, não existindo, na minha opinião, superlativo que chegue. Vê-se de
tudo: campos, bosques, aldeias, rios, lagos e montanhas, numa sucessão
contínua. E, além de tudo, era praticamente o nosso primeiro dia inteiro de bom
tempo depois que saímos de Paris. Trem bom. A chegada a Veneza coroou o dia,
pois foi outro espetáculo empolgante. Aliás, não só a primeira impressão me
empolgou.”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">E se
entusiasmou com Veneza:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“...O
que Veneza tem de maior importância todo mundo sabe não é preciso enumerar. mas
duvido que alguém possa fazer uma ideia exata sem ter visto assim, frente a
frente. É tão forte a impressão, ao se sentir a alma de tanta beleza que a
gente chora mesmo, de emoção. A praça de São Marcos à noite é um sonho de Mil e
Uma Noites. Tudo iluminado feericamente, povo por toda a parte, e três
orquestras ótimas tocando lindas músicas, uma em seguida à outra. E a
impressionante majestade da igreja de São Marcos, ao fundo, completando o
magnífico quadro.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">A etapa
seguinte da viagem foi de trem, de Veneza a Florença.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“14 de
setembro – Florença<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Depois
de longa, mas bonita viagem, aqui chegamos às 19:00h. O trajeto é
interessantíssimo, por atravessar uma região bastante acidentada
geograficamente. Em Ravenna almoçamos, fazendo depois um giro pela cidade que é
antiquíssima. Na segunda parte da viagem, atravessamos grande zona montanhosa;
creio serem os Apeninos”... “Bem, quero falar agora de Florença, neste dia
caloroso que tivemos aqui. Cidade grande, mas não muito bonita assim à primeira
vista. É preciso visitar seus fabulosos tesouros para se avaliar a importância
do lugar. Vi pouca coisa, porque o tempo não deu mesmo, lamentavelmente.
Serviu, apenas, para fazer uma ideia de como a arte impera aqui. Hotel bom,
está satisfazendo, embora seja simples é acolhedor. Lili, filha de Ada, nos fez
uma visita no fim da tarde. Simpática, foi um prazer conhecê-la. Veio com o
filho Mário, menino alegre, muito dado. Amanhã tencionamos visitar a Ada em
Viareggio.”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Ada era
uma parente do Roberto, marido da Penha, que estivera antes em São
Paulo, onde Jurema a conheceu. Jurema e Maninha, de Florença, foram visitá-la
em Viareggio: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>“...Nossa visita a Viareggio resultou num belo
passeio, além do prazer de estar com a querida e simpática Ada.”... “Tempo bom,
mas não tão firme; não impediu, entretanto, que déssemos longo passeio com a
nossa anfitriã. Ela nos cumulou de atenções, tanto em sua casa - recanto
bonito, acolhedor - como nos passeios e no almoço que nos ofereceu fora. Enfim,
tivemos um dia diferente, recebendo carinho e convivendo com uma criatura assim
tão boa.”</i></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Florença, foram para Roma, onde permaneceram de 15 a 20 de setembro. Destaquei
do registro:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“16 de
setembro – Roma<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">... “A
vinda para Roma é um encanto de viagem, pena que estivesse fazendo tanto calor,
impedindo que a gente a apreciasse melhor. Cidades ao longo da estrada, umas
pequenas, mas outras bem interessantes e já maiores. almoçamos em Perugia,
importante centro, capital da Umbria. Visitamos, mais tarde, o santuário de São
Francisco, em Assis. Embora rapidamente, deu para apreciar o tesouro de beleza
que há nas igrejas e, sobretudo, para sentir a atmosfera profundamente
religiosa desse santo lugar. No mais, nada de tão importante para
registrar.”... “Nosso hotel aqui, Pace Elvezia, compensou a ruindade de alguns:
grande, bonito, e bastante confortável fica situado em parte muito linda de
Roma. Estamos vizinhas da praça Venezia, onde se ergue o discutido monumento de
Vítor Emanuel. Próximos desse monumento, há duas igrejas que devem ser bonitas
e, também, colunas e ruínas, se não me engano do Fórum Romano (perguntarei a alguém
para ficar sabendo). No mais, vou me deitar que não aguento mais de canseira.”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“17 de
setembro – Roma<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">...
“Dia ótimo, apesar de forte chuva que caiu de manhã e ,depois, novamente, um
pouco à tarde e outro pouco agora à noite. Mas ninguém se queixou, porque só
assim tivemos melhora na temperatura, que estava bem elevada. Estou gostando
demais de Roma. Fizemos duas excursões pela cidade, vendo as maravilhas que
permanecem nesta privilegiada cidade através dos séculos. Naturalmente, é uma
visão rápida que se tem, mas já serve. O certo era passar-se pelo menos um mês,
para ver isto de verdade. Tudo aqui é grandioso: construções lindas, ruínas
impressionantes, estátuas maravilhosas, pinturas de artistas famosos, mármores,
ouro, nem sei quantos tesouros, por todos os lados.”...<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“19 de
setembro – Roma<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Ontem
não pude escrever nada aqui, porque havia cartas para mandar, tarefas que
terminei muito tarde. Foi, porém, o dia mais importante para mim, já que recebi
a bênção do papa na basílica de São Pedro. Momento de profunda alegria foi
esse. Além da forte impressão do acontecimento, ainda havia o tocante espetáculo
daquele mundo de povo vindo de todas as partes, reunido ali naquele imponente,
belíssimo Santuário. O entusiasmo, a vibrante manifestação de todos, cantando,
dando vivas e batendo palmas, contribuiu para mais comover a gente. De maneira
que estou dando graças a Deus por me conceder tão desejada oportunidade. E tudo
o mais correu favoravelmente, pois tivemos boas notícias de casa, Maninha e
eu.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De Roma,
voaram para Nápoles, cidade que Jurema apreciou bastante:</span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;"><i>“Que espetáculo
ver esta cidade de perto, ainda mais à noite! É simplesmente linda! Não só à
parte a beira mar, que é realmente muito bonita, como principalmente o centro
da cidade. Grande, de prédios imponentes, comércio vasto e fino e de movimento
extraordinário. Para mim, foi surpresa, porque não a imaginava importante
assim.”</i><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Nápoles foram para Capri, onde ela se extasiou:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">... “<i>Passeio
lindíssimo, do qual guardarei grata lembrança. O dia ajudou muito, de sol e céu
azul desde cedo, mas os lugares que vimos são mesmo de encantar. O mar é tão
azul, naquelas bandas, que chega próximo do marinho; aliás, essa denominação
deve vir exatamente deste mar. Viagem de duas horas, com ligeira parada em
Sorrento, apenas para embarque e desembarque de passageiros. De chegada em
Capri, fomos logo visitar a célebre Gruta Azul, beleza que não se descreve – é
só vendo mesmo. De volta, tivemos o almoço em magnífico hotel, mas servido ao
ar livre, na parte bem alta, já a caminho de Anacapri e com esplendida vista do
mar. Em seguida, acabamos de subir até Anacapri, outro trecho de vista
deslumbrante e lá nós paramos bem no alto, quase junto à casa de San
Michele.”...</i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Nápoles, ainda fizeram uma excursão para Pompeia, Amalfi e Sorrento. Destaco o
que ela escreveu sobre a costa Amalfitana:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">... “A
estrada para Amalfi e Sorrento é de apaixonar qualquer um, tal a sua beleza.
Mas, ai de quem tiver medo, porque ela circunda a montanha em quase toda a sua
extensão e rente, sempre, a verdadeiros abismos de considerável altura sobre o
mar. É espetacular, impressionante, como quase tudo aqui na Itália. Cidades e
aldeias por todo o caminho; e sempre construídas sobre pedras, subindo para a
montanha, como criaturas que fossem se acomodando, umas atrás das outras, em
imensas arquibancadas, para assistir ao espetáculo daquele mar azul tão lindo.”</span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De
Nápoles, voaram para o aeroporto de Roma, de onde partiram para Nice.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Nice foi
a base de passeios delas para Mônaco, incluindo visita ao cassino de Monte
Carlo. Chegaram a Nice debaixo de chuva. Com a palavra, Jurema:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">“Viagem
não tão boa como as outras, porque enfrentamos mau tempo e o avião jogou
bastante. Mas, com a graça de Deus, aqui chegamos sãs e salvas. Descemos
debaixo de chuva, vendo a cidade da maneira menos favorável. Em todo o caso,
deu para perceber sua importância em tamanho e suas bonitas construções.
Instaladas no Hotel de La Paix, muito bom por sinal, deitamos e dormimos,
aproveitando a chuva. Ao nos levantarmos, o tempo já tinha melhorado e assim
pudemos dar uma voltinha no fim da tarde.”<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">No dia
seguinte, 23 de setembro, fizeram o tour de Nice pela manhã e foram para Mônaco
à tarde, passeio que, em parte, Jurema descreveu assim:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">... “<i>Nem
sei que adjetivos empregar para o passeio de hoje, pois parece que já usei e
abusei daqueles que conheço. O caso é que a gente vê tanta coisa linda, dentro
de pouco tempo, que acaba esgotando toda a inspiração. Porém, intimamente, o
entusiasmo se renova sempre diante de tudo o que é belo. Esta excursão a Monte
Carlo, então, dá a impressão de se estar tomando parte num desses filmes
panorâmicos, onde aparecem esses lugares famosos. Para mim, o encanto era
tamanho que mais parecia estar sonhando! Depois de passarmos por pequenos e
grandes balneários, ao longo da costa, todos encantadores, eis que chegamos a
Mônaco. A primeira parada foi no cassino e lá estávamos nós, de repente,
naquele ambiente fabuloso, aliás bem conhecido através do cinema. É coisa de
louco, pois, em plena tarde, o jogo já ia animadíssimo! Visitamos algumas
salas, admirando a riqueza do ambiente. Muito movimento, tanto dentro como
fora, ao redor do cassino e por toda a parte. De lá, fomos ao museu oceanográfico,
passando pelo Palácio do Príncipe, interessantíssimo por ser um velho castelo,
e vimos também a antiga catedral do principado, onde Grace e Renier se casaram.”...
“De maneira que estamos fechando com chave de ouro nossa passagem pela
França.”...</i></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">De Nice,
rumaram para Barcelona, onde chegaram no dia 26 e de onde partiram para Lisboa
com escala em Madri. Em Barcelona, tiveram parte do programa prejudicada, como
conta Jurema:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">... “Não
pudemos fazer a costumeira excursão porque surgiu um contratempo com os
passaportes, o que nos obrigou a ficar a maior parte da manhã de ontem –
exatamente no horário do passeio – na chefatura de polícia. A encrenca foi pelo
visto que trouxemos já ter caducado. Assim, toca a renovar tudo e, além do
tempo perdido, mais 100 pesetas de despesa. Em compensação, fomos alvo das
maiores gentilezas por parte da família Casado, a quem eu trouxe o presente que
seus parentes de São Paulo mandaram. Foram incansáveis, proporcionando passeio
de automóvel, visita e, por fim, nos ofereceram esplêndido jantar.”...<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Chegaram
a Lisboa na noite do dia 28, tendo voado em um Caravelle da TAP. Mesmo em fim
de viagem, dizendo que estavam ansiosas para voltar para casa, ainda fizeram um
bom programa em Portugal:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">“Domingo
29, saímos logo cedo para a excursão a Fátima. Tempo lindo e bom, de maneira
que a viagem resultou num grande prazer. Ao longo do caminho, sempre aldeias,
cidades e paisagens bonitas para se ver. Parada em Santarém e, no fim de três
horas, lá estávamos assistindo à missa e agradecendo à Virgem toda a proteção
que nos tem concedido. Santuário bonito, tudo moderno e muita gente em
peregrinação.”... “Depois do almoço em Fátima, seguimos até Tomar, onde existe
um convento de grande importância histórica. Com nova parada em Santarém, onde
nos foi servido lanche num estabelecimento típico, ouvimos música e assistimos
a danças regionais do Ribatejo.”</span></i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"> <o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Como eu
disse no início da crônica, é inevitável a comparação dos
recursos que têm os viajantes hoje em dia, turistas ou não. Naquele tempo, o sistema
de reserva de hotéis era totalmente dependente de agências de turismo e sujeito
a falhas. Mais de uma vez, as duas viajantes não puderam se hospedar no hotel
que lhes havia sido reservado. Elas sofreram quase toda a viagem com a falta de
notícias dos familiares – e estes, certamente, também, porque gostariam de saber
delas. Hoje, as pessoas se comunicam o tempo todo por mensagens ou chamadas via
telefone celular. Não era comum o conhecimento geral de mais de um idioma,
tanto dos visitantes como das pessoas dos países visitados. Hoje, esse
conhecimento é muito maior, de modo que a comunicação entre eles ficou mais
fácil. Jurema e Maninha tiveram de se preocupar com a troca de dólar palas
moedas locais em todos os países que visitaram. Hoje, teriam apenas de usar o
Euro, que poderiam comprar aqui no Brasil.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Os
equipamentos de transporte (aeronaves, ônibus, trens, barcos, automóveis etc.) que
elas usaram evoluíram muito em rapidez, embora nem sempre em conforto.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Por outro
lado, o atendimento pessoal que Jurema e Maninha tiveram por parte dos agentes
de turismo foi fundamental e hoje custaria muito caro.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Um
comentário final: minha mãe era católica, devota de São Judas Tadeu, passou a
frequentar regularmente a igreja após ver os filhos criados, mas fiquei
admirado quanto ela e Maninha viajaram a santuários, assistiram a missas,
visitaram igrejas e, evento notável, receberam a benção papal no Vaticano.
Certamente, tiveram proteção especial.<o:p></o:p></span></span></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">Jurema encerrou
seu diário da viagem, em primeiro de outubro, com estas anotações:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">... “Ontem,
segunda-feira, movimentamo-nos desde muito cedo. Primeiro, fomos à missa,
confessamos e comungamos. Em seguida, viemos tomar café e já saímos para
providenciar as últimas comprinhas, trocar dinheiro etc. Eu, que tinha
resolvido despachar pelo correio um pouco da roupa para desafogar a mala,
tratei logo de arrumar tudo para que desse tempo de a remessa ser feita ainda
ontem. Resolvido esse assunto, ainda restava me preparar para não assustar os
meus na chegada, tal o desarranjo de cabelo, unhas e por cima o estado de
abatimento, aliás muito natural depois de tão grande correria. O resto da tarde
e começo da noite empregamos na arrumação da bagagem. Nada mais havendo a
tratar, resolvemos ir jantar num restaurante típico chamado “Folclore”, que
fica próximo do hotel, nesta parte antiga de Lisboa, chamada a Alfama. Gostamos
demais porque, além de magnífico jantar servido, ainda assistimos ao espetáculo
mais bonito que se possa imaginar em matéria de folclore autêntico. Tudo rico,
gente bonita e boa música.<o:p></o:p></span></span></i></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;">E vou
encerrando. porque está quase na hora de sairmos para o aeroporto.”</span></i><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b><i><span style="font-family: verdana;">Washington Luiz Bastos Conceição</span></i></b></p>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;">
<hr size="2" style="text-align: center;" width="100%" />
</span></span></div>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Nota:</span></b></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;">Prezada leitora ou caro leitor:</span></span></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As anotações de Jurema nesta viagem
dariam um pequeno livro de 40 páginas no formato seis por nove polegadas. Estou
pensando em fazer uma publicação das anotações das três viagens do livro, o que
daria um livro impresso de cerca de cem páginas. É uma boa ideia?</span></p>
<p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: verdana;"> </span></span><o:p></o:p></span></p><span style="mso-fareast-language: PT-BR;"></span><p></p>Washingtonhttp://www.blogger.com/profile/11136865067993670329noreply@blogger.com4