sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

“Um casal de idosos e a longevidade” em versão impressa

 Cara leitora ou prezado leitor:

Venho anunciar a publicação da versão impressa de meu livro “Um casal de idosos e a longevidade”. A versão digital (e-book) já estava disponível.


Algum tempo atrás, um amigo me perguntou a qual fórmula recorri para chegar aos 90 anos em estado de saúde relativamente bom. Não tenho conhecimento de uma fórmula, propriamente dita, mas tenho histórias, experiências vividas por mim e Leilah, minha esposa, com informações que poderão ser proveitosas para o amigo e meus leitores. Decidi, então, reuni-las neste livro.

O fato de sobrevivermos está ligado à atitude do casal e da família nos momentos difíceis, como acidentes e cirurgias; momentos prazerosos, como as comemorações em família e viagens; atividades mentais, como administração financeira, leitura e escrita; e atividades físicas adequadas, como fisioterapia e trabalhos domésticos. Ao publicar este livro, destaco que a  soma das idades do casal que, em dezembro último, celebrou 65 anos de casamento, é 181 anos.

Capas

O livro inclui crônicas que publiquei no meu blog, a partir de 2012. Nelas conto, com detalhes, ocorrências na vida do casal Leilah e Washington e faço comentários sobre a situação dos idosos de uma forma geral.

Como já entramos idosos neste século, introduzi um resumo dos fatos relevantes da vida do casal nos anos 2000 a 2011, que precederam a publicação das crônicas.

É importante mencionar que uma seção do livro contém, inteiramente, o texto do meu livro, já publicado, “Um casal de idosos no tempo do vírus”. Sem esta inserção, ficariam faltando crônicas que são parte essencial da sequência total do que escrevi sobre a vida do casal de idosos e sua forma de levar adiante a longevidade.


Tenho a pretensão de considerar que o livro poderá ser de utilidade para pessoas de uma larga faixa de idade, não só porque a população idosa está crescendo, mas também porque os mais jovens estão mais atentos ao avançar da idade e, mais, poderão auxiliar os parentes mais velhos a enfrentar as dificuldades trazidas pela nova fase da vida.

Washington Luiz Bastos Conceição


Disponibilidade:

No Brasil, o livro, em versão impressa, por encomenda, está disponível na Loja Uiclap. O “link” é:

https://loja.uiclap.com/titulo/ua77783/ ;

e, nas versões e-book e impressa, na Amazon.com.br. O “link” é:

https://www.amazon.com.br/casal-idosos-longevidade-experi%C3%AAncia-enfrentar-ebook/dp/B0DPVTS726/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2YDUVKBNCT457&dib=eyJ2IjoiMSJ9.J6qIZV0XboqThQHdFlYyVzsOb01xtOyGuwQjNzSQtU_GLeTBznpG4ZzmjeVlg8fXk2w5a0yKbJoZs5apA2gsPw.i5rDaK0w8ZtT2pEs0Rh57JMxxyQb-mjP7VoRrMdnMNg&dib_tag=se&keywords=um+casal+de+idosos+e+a+longevidade&qid=1738253439&s=digital-text&sprefix=um+casal+de+idosos+e+a+longevidade%2Cdigital-text%2C562&sr=1-1

Fora do Brasil, estão disponíveis ambas as versões do livro em lojas Amazon de vários países e na Amazon.com. Nesta, o “link” é:

https://www.amazon.com/-/pt/dp/B0DPVTS726/ref=sr_1_1?crid=2Y8YEYXEPBU56&dib=eyJ2IjoiMSJ9.lnLQLQiAmDQ-82gDsp7yOP-O7nNit-TZa1q1hc83YWkpMU882AGol8yyYfoFrEXaJhvNWFMlpk2tyMpaooPywx2Qj3Ttdlf1Jx1Hn6yXt2A174uP5ppOCoUkHiOF1AjyE2gueu8lDcoQQ3kENG8gHCkG9g-uJRaguM-xutUoUAkXLVrKZzMZHYtnNFk-ip_s9UsmR4Y0JKT7SDtuyxPsMV_RI3oGdLe5ND9s5oRp0xA.rKtrtwOiQz5omcu_S6J6kBfLJa2p29I976l8ry2tWgI&dib_tag=se&keywords=um+casal+de+idosos+e+a+longevidade&qid=1738252910&sprefix=%2Caps%2C196&sr=8-1

Observação: No Brasil, os preços do livro impresso na Uiclap e na Amazon podem ser diferentes.

***

domingo, 19 de janeiro de 2025

Onde estamos? Aonde vamos?

Cara leitora ou prezado leitor:

Tenho de lhe contar! Não sei se é coisa ligada à idade avançada. Saiba o que me aconteceu:

Resolvi escrever uma nova crônica sobre erros comuns de Português que venho observando na comunicação escrita e falada, principalmente da mídia,  e que vêm me incomodando há já algum tempo.

Preparei o rascunho e fiz a revisão, mas, antes de publicá-la, resolvi reler as crônicas que publicara anteriormente no blog, sobre o uso de nosso idioma. Surpresa: vários dos casos que mencionei na nova crônica eu já havia mencionado naquela que publiquei em 2023! Como se dizia antigamente, “caí do cavalo”; desisti da publicação da nova crônica.

Contudo, em minhas elucubrações noturnas, pensei: se eu nem Leilah, que colabora na revisão, não nos lembrávamos daquela crônica, quantos de meus leitores, dentre aqueles que a leram, se lembrariam dos casos comentados? Só para estes a nova crônica traria repetições, o que poderia até servir de recapitulação.

Considerando que a nova publicação poderá ser de interesse para você, desisti de desistir. Ei-la:

“Onde estamos? Aonde vamos?”

Cara leitora ou prezado leitor:

Volto hoje a um assunto que me preocupa e que, talvez, também preocupe meus leitores: o uso correto de nosso idioma. Ao longo destes treze anos de blog, já foi  tema de crônicas, mas sinto que tenho de recapitular alguns casos. Desta vez, para agilizar a leitura, criei uma conversa em uma reunião minha com amigos; fictícia, portanto, mas tão realista quanto possível.


Comecei:

Washington ― Amigos, obrigado por toparem fazer esta reunião comigo. Fico satisfeito por vocês se interessarem pela correção no uso do Português. Nossa conversa vai ser a base para a  próxima crônica que vou escrever e publicar no blog.

Proponho que comentemos erros de linguagem, escrita e falada, que temos observado na mídia e na comunicação direta com pessoas. Para não estendermos demais a conversa, não vamos tratar de erros de ortografia. Vamos fazer uma espécie de revisão, cada um de nós trazendo suas observações ou dúvidas. De acordo?

Os participantes passaram a se manifestar:

Participante1 ― Acho que falo por todos: estamos interessados e será um prazer participar da reunião.

W ― O título da crônica será: “Onde estamos? Aonde vamos?”

P2 ― Por que esse título?

W ― Porque o uso equivocado de “aonde” em vez de “onde”, até por profissionais do jornalismo falado e escrito, vem me incomodando já há algum tempo. E é uma forma de chamar a atenção do leitor em potencial.

Podemos começar com esse caso. Muita gente está sendo levada a cometer esse erro, dizendo “Aonde estamos?”, em vez de “Onde estamos”. O lugar “em que” alguém ou algo se encontra é indicado por “onde”. Aonde indica movimento (a+onde). Exemplo: “Aonde vamos?”. Suspeito que o uso indevido de “aonde” seja causado por uma intenção de dar ênfase.

P3 ― Eu não estava prestando muita atenção na diferença. Vou me cuidar...

P2 ― Eu observo que muitas pessoas, mesmo aquelas com formação universitária, falam – talvez escrevam - “assisti esse filme” em vez de “assisti a esse filme”.

P1 ― Também noto isso. Assistir, como verbo transitivo, significa “ajudar”, daí a função do “assistente” de um gerente, por exemplo.

W ― Essas observações levantam a questão da chamada regência dos verbos. Um erro comum é “preferir alguma coisa do que a outra”, que fica gritante quando um colunista qualificado comete. O correto é “preferir alguma coisa a outra”.

P2 ― A gente também chega “a algum lugar” e não “em algum lugar”; um rapaz namora “uma garota” e não “com uma garota”...

P3 ― E implicar, no sentido de “ter consequência”? É muito comum ouvir  ou ler “Casamento implica em maior responsabilidade” quando o correto é “Casamento implica maior responsabilidade”.

W ― Quanto ao verbo visar: no sentido de pretender, o correto é usar “visar ao sucesso do projeto” e não “visar o sucesso...”. Confesso que, em alguns casos, quando a ideia é buscar alguma coisa, não uso a preposição (faço analogia com o uso de uma luneta).

W ― Os verbos irregulares também pegam muita gente, acho que o campeão é o verbo haver, que também é um verbo auxiliar. No sentido de existir, o sujeito é indeterminado e é conjugado na terceira pessoa do singular. “Haverá aumentos de preços”. e não “Haverão aumentos de preços.”. “Os homens honrados haverão de lutar” está correto porque o verbo haver aqui é auxiliar.

P1 ― Lembrei-me do “Fazem cinco anos que estive lá.” É outro caso de sujeito indeterminado. O correto é “Faz três anos...”. A expressão equivalente é “Há três anos”, cuidando para não escrever “Há três anos atrás”, porque o atrás é desnecessário.

P2 ― Lembrei-me de minhas aulas de Português! É o chamado pleonasmo.

P3 ― É. E na hora de escrever, pode surgir a dúvida: “É ‘há’ ou ‘a’ três anos que fizemos aquele passeio?”;  é “há”; a preposição “a” indica futuro: “Daqui a três anos”.

P2 ― Não vamos falar da crase? Não é apenas uma questão de ortografia.

P1 ― Observo que é algo que muita gente com estudo superior ainda tem dúvida. Em primeiro lugar, crase não é o acento grave; este indica a crase, que é, simplesmente a junção (fusão?) da preposição “a” com o artigo “a” (ou o plural “as”) ou com o “a” inicial de “aquele”, “aquela” e “aquilo”. Exemplo nada modesto: “Irei à casa do Washington e darei brilho àquela reunião”.

P2 ― Quando alguém me pergunta se em determinada sentença há a crase ou não, dou a dica: substitua a palavra feminina por masculina - se você tiver de falar ou escrever “ao”, então há crase. No exemplo anterior, substituindo “casa” por “apartamento”: “Irei ‘ao’ apartamento...”. Sobre “aquele”, etc. não fui consultado.

P3 ― Há também a colocação dos pronomes oblíquos na sentença: antes do verbo, depois do verbo e no meio do verbo.

P1 ― Ah, Ah! São a próclise, ênclise e mesóclise... De vez em quando noto colocação equivocada em redação: “Quando levantei-me”, em vez de “Quando me levantei”, por exemplo.

W ―  Bem, acho que chegamos a tratar dos erros mais comuns, que chamam nossa atenção, o que era nosso objetivo na reunião. Livros de gramática mencionam muito mais casos, como aqueles destinados a preparar pessoas para concursos. Antes de encerrarmos, quero fazer mais dois comentários:

Há erros elementares que, comumente, cometemos ao falar, por hábito generalizado – é o nosso Português informal. Exemplos: a concordância pronominal: “Você vai levar teu casaco?”; o uso equivocado de pronomes do caso reto: “Ela encontrou ele no metrô”; o uso do “que” desnecessário: “O que que você viu lá?”. O uso de “ter” em vez de haver: “Tem arroz no freezer?”... Temos de evitá-los ao escrever.

E há, também, casos de modismo, nem sempre erros, mas que, disseminados, se tornam mal-empregados. Pode ser implicância minha, mas “desde sempre” é equivocado, porque “desde” indica um ponto inicial no tempo (“Desde onze horas estou esperando você.”) e “sempre” indica continuidade. E seu uso está generalizado – a expressão é original, tem seu charme. É semelhante a “a nível de” que foi intensamente utilizada há alguns anos. O uso errado de “aonde”, já comentado, também virou moda. “Empatia” tem sido usada como sinônimo de “simpatia”, mas não tem o mesmo significado. “Resistente” está sendo substituído, com muita frequência, por “resiliente”, o que não está errado, mas não deixa de ser modismo. Este caso me faz lembrar de minha mãe, quando, já nonagenária, passou a usar “diferenciado” em vez de “diferente”...

P3 ― Pela expressão dos amigos, parece que todos concordamos em ficar por aqui.

P2 – Eu estou curioso: será que os leitores vão comentar nossas observações?

P1 ― Acho que eles vão aumentar a lista de casos.

W ― Vamos aguardar. Muito obrigado a vocês pela participação.


Ao caro leitor ou prezada leitora: lembro a você que não sou professor de Português, sou apenas um cuidadoso usuário do idioma.

Washington Luiz Bastos Conceição


Nota:

Minhas crônicas sobre o tema, publicadas anteriormente, foram:

Da taquigrafia eletrônica e da escrita formal

https://washingtonconceicao.blogspot.com/2015/01/da-taquigrafia-eletronica-e-da-escrita.html 

O que é que há?

https://washingtonconceicao.blogspot.com/2016/12/o-que-que-ha.html

A importância de seu idioma

https://washingtonconceicao.blogspot.com/2023/08/a-importancia-de-seu-idioma.html

 


quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

No dealbar do novo ano

Nestes primeiros dias do ano da graça de 2025, depois de recebermos e enviarmos aos amigos mensagens de esperança de um tempo melhor,  voltamos a filosofar um pouco, a pensar no que pode nos reservar a vida; muitos talvez ainda façam aqueles planos pessoais de início de ano que dificilmente são realizados em sua plenitude.

Nesse estado de espírito, entro em considerações sobre este blog que, há treze anos, me põe em contato com meus caros e atenciosos leitores. Feliz iniciativa de meu amigo Carlos Gentil Vieira, escritor antes de mim, que o construiu e implantou, o blog me mantém na atividade contínua de escrever crônicas que, em vários casos, foram reunidas em livros.

Ao longo desses anos, em que temos tido, no país e no mundo, os mais variados acontecimentos sérios e tristes, alguns horríveis, não tem sido fácil manter meu princípio de não abordar assuntos polêmicos, especialmente ideológicos, uma vez que escrevo para amigos e sei que a diferença de opiniões tem levado a discussões estéreis que destroem amizades. É com grande satisfação que registro  sucesso nesse propósito. E foram mais de duzentas publicações.

No ano passado, os principais assuntos foram: a longevidade, relatando a experiência de vida do casal de idosos (Leilah, minha esposa, e eu); a utilidade de livros bilíngues para o exercício de leitura em diferentes idiomas; e o procedimento para a autopublicação de livros por escritor independente.

Para 2025, os principais assuntos que tenho anotados para abordar são: as experiências de vida, algumas reminiscências, a importância e cuidado com nosso idioma, o hábito da leitura, a minha história dos computadores eletrônicos e, de forma despretensiosa, a Inteligência Artificial.

Quanto a livros, além do trabalho com as versões bilíngues do “Um casal de idosos no tempo do vírus”, publiquei: o livro “Falando de Futebol”, nas versões digital (e-book) e impressa, no qual reuni o que escrevi sobre o esporte, como cronista, torcedor de copas do mundo e como praticante amador; nova edição da versão impressa do livro “Nós e a Califórnia” (Editora Uiclap) com ilustrações em preto e branco; e, no final do ano, “Um casal de idosos e a longevidade”, na versão e-book; o anúncio de sua versão impressa aguarda minha revisão do exemplar de prova que devo receber neste mês. Este último foi publicado com o objetivo de transmitir aos leitores nossa experiência de vida, ou seja, como temos enfrentado, Leilah e eu, os desafios do avançar da idade.

Capa do e-book


Em tempo:

Aos caros leitores e leitoras reproduzo a mensagem de final de ano que enviei aos amigos em dezembro último:

Caríssimos:

Que 2025 seja assim: céu azul, com poucas nuvens.

Desejando que todos tenhamos, em 2025, muitos momentos felizes e que os possíveis aborrecimentos sejam poucos e insignificantes, lhes enviamos nosso abraço de final do ano.

Washington e Leilah


Washington Luiz Bastos Conceição