segunda-feira, 16 de setembro de 2024

O velho escritor revisita seus livros

Foi muito grande a satisfação do velho escritor por vencer o desafio de escrever e publicar seu primeiro livro. Saiu como ele queria, vários amigos leram suas histórias, seu objetivo foi atingido. Como alguém vaticinou, ele não ficou no primeiro, tinha mais histórias para contar. De 2009 para cá escreveu e publicou vários livros e, a partir de 2012, muitas crônicas; uma parte destas, convertida em livros.

Esta é minha jornada como escritor independente que, desde o início, sabia que não produziria “best sellers” e que estava escrevendo para os amigos, no seu estilo de conversar com os leitores.

Este ano, quinze anos depois do primeiro livro, resolvi rever meu trabalho, relendo parte de alguns livros. Como a ideia de livros bilíngues levou à necessidade de uma divulgação mais ampla, pensei, pela primeira vez, em fazer um catálogo – e me surpreendi com a quantidade de publicações, mesmo considerando que os bilíngues acrescentaram três publicações da mesma história. São vinte, incluindo um pequeno e-book com três contos.

Ao estimar, entretanto, quantos seriam, aproximadamente, os leitores de meus livros, minha conclusão foi que o número é menor do que os habituais leitores das crônicas do blog.

As razões para essa estimativa são várias: para começar, a leitura de livros em geral e daqueles de lazer em particular, enfrenta, no mundo todo, a forte concorrência no tempo das pessoas. Além do trabalho em si, as atividades sociais e de lazer (os programas todos da televisão, cinemas, teatros, espetáculos musicais e esportivos) e a atenção contínua ao telefone celular não deixam muito tempo para a leitura de livros. Este tempo reduzido é, principalmente, dedicado a publicações científicas, técnicas e profissionais; a livros de pessoas famosas na vida pública, artística e profissional e de escritores renomados (neste caso, com forte preferência por ficção). Pouquíssimo tempo dos leitores há de sobrar para a leitura de livros de um escritor, desconhecido como tal, e não ficcionista. Quanto aos leitores de outros países, há a dificuldade adicional do desconhecimento do idioma Português. Portanto, continuo contando com os amigos.

Uma boa notícia tive de meu amigo Carlos Gentil Vieira, que tem um site dedicado a escritores independentes: ele me informou que, quando anuncia e comenta livros, tem recebido um número significativo de visitantes no site - e mencionou bons números de livros meus.

Pensei no que eu poderia fazer para contar com mais leitores.

Em particular, considerando que os livros bilíngues serão úteis para o exercício de leitura em Inglês, Espanhol e Português, estou iniciando uma divulgação dirigida.

Outra ação minha está sendo passar a reunir, em livros, crônicas por assunto, em vez de reuni-las cronologicamente, com assuntos variados, como eu vinha fazendo. Acontece que, quando se trata de assuntos variados, o que atrai o leitor é o autor conhecido, especialmente aquele que é colunista em periódicos. Daí minha publicação do “Falando de Pessoas” (com índice na capa) e “Falando de Futebol”, que poderão interessar pelos respectivos assuntos. Estou avaliando selecionar mais alguns temas.


Como consequência dessa revisão dos meus trabalhos, resolvi organizar um catálogo dos livros impressos e e-books, que está muito bem apresentado no site do Gentil (vececom.com). Para vê-lo, basta clicar no link:

https://www.vececom.com/p/catalogo-dos-livros-de-washington.html

Quanto ao interesse por livros em geral, os jornais dão a notícia: a Bienal do Livro de São Paulo, que se encerrou no domingo, dia 15 de setembro, foi um sucesso, superando significativamente as anteriores. 


Washington Luiz Bastos Conceição

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